<\/a><\/p>\nA cutia<\/i> \u00e9 um animal terrestre e crepuscular, embora mude seus h\u00e1bitos de vida em fun\u00e7\u00e3o de suas necessidades alimentares. Entoca-se em buracos no ch\u00e3o e, principalmente, em ra\u00edzes de grandes \u00e1rvores e troncos velhos. Est\u00e1 presente em todo o territ\u00f3rio nacional.<\/p>\n
Curiosamente, a cutia<\/i> apresenta um rabo diminuto, quase invis\u00edvel, muito embora exista a cutia <\/i>com rabo maior, denominada cutiara<\/i>. Como a maioria dos roedores, ela constitui um importante elo da cadeia alimentar dos animais carn\u00edvoros e do pr\u00f3prio caboclo e \u00edndio amaz\u00f4nicos.<\/p>\n
O que mais chama a aten\u00e7\u00e3o nesse animal \u00e9 a sua pelagem vari\u00e1vel do amarelo escuro ao amarelo ouro e a sua plasticidade, principalmente quando amea\u00e7ada. Ela para e p\u00f5e em a\u00e7\u00e3o a sua boa audi\u00e7\u00e3o e olfato agu\u00e7ado e, est\u00e1tica, espera o melhor momento e dire\u00e7\u00e3o para a busca de ref\u00fagio.<\/p>\n
No Parque do Museu Goeldi (Bel\u00e9m\/Par\u00e1), cutias<\/i> vivem livres em grande n\u00famero, e jamais ultrapassam a dist\u00e2ncia de seguran\u00e7a em rela\u00e7\u00e3o ao visitante, salvo casos isolados de animais criados desde filhotes, por particulares, como \u00e9 o caso de Maria Cla\u00fadia<\/i> e J\u00fanior dos Santos<\/i>, duas cutias<\/i> que foram levadas ao Parque, e passaram a fazer suas \u201crefei\u00e7\u00f5es\u201d dentro do\u00a0 Setor de Nutri\u00e7\u00e3o, sem se preocuparem com as pessoas. \u00c9 interessante notar que, quando os animais t\u00eam a sua fase de socializa\u00e7\u00e3o no conv\u00edvio humano, passam a se identificar mais com os humanos, isto na maioria dos casos.<\/p>\n
Por ter o h\u00e1bito de esconder sementes em buracos cavados no ch\u00e3o da floresta, a cutia<\/i> tem um importante papel na natureza: plantar v\u00e1rias \u00e1rvores, como castanheiras e palmeiras. A semente da castanheira fica dentro do ouri\u00e7o (inv\u00f3lucro da castanha), que por ser muito duro, poucos animais conseguem romp\u00ea-lo, dentre esses est\u00e1 a cutia<\/i>.<\/p>\n
Solit\u00e1ria ou em pequenos grupos em \u00e1reas alimentares, a cutia<\/em> \u00e9 extremamente territorial, demarcando sua \u00e1rea com urina, ou batendo com as patas nas folhas secas. Na \u00e9poca de cio, os machos disputam as f\u00eameas em grande correria, brigas e gritos, e muitos saem seriamente machucados.<\/p>\nOs filhotes nascem em n\u00famero de 1 a tr\u00eas, geneticamente programados para avaliar e fugir do perigo, pois a dist\u00e2ncia em que ficam da toca vai aumentando gradualmente, monitorados \u00e0 distancia pela m\u00e3e, que ataca todos que possam se aproximar do local onde se encontram seus filhotes. Eles j\u00e1 nascem \u201cprontos\u201d, locomovendo-se, o que \u00e9 uma arma de sobreviv\u00eancia para um animal t\u00e3o amea\u00e7ado pelos predadores.<\/p>\n
Ciente da agilidade que possui a cutia<\/i>, muitas vezes, eu brinco com as crian\u00e7as dos visitantes, oferecendo-lhes um animalzinho, mas desde que consigam peg\u00e1-lo, fato que jamais acontece em raz\u00e3o da extrema velocidade do bicho.<\/p>\n
At\u00e9 o nosso pr\u00f3ximo encontro!<\/p>\n
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Autoria de Ant\u00f4nio Messias Costa A cutia \u00e9 um animal terrestre e crepuscular, embora mude seus h\u00e1bitos de vida em fun\u00e7\u00e3o de suas necessidades alimentares. Entoca-se em buracos no ch\u00e3o e, principalmente, em ra\u00edzes de grandes \u00e1rvores e troncos velhos. Est\u00e1 presente em todo o territ\u00f3rio nacional. Curiosamente, a cutia apresenta um rabo diminuto, quase […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[15],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3374"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3374"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3374\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":22918,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3374\/revisions\/22918"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3374"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3374"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3374"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}