{"id":35121,"date":"2018-05-07T00:07:02","date_gmt":"2018-05-07T03:07:02","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=35121"},"modified":"2022-09-03T18:45:48","modified_gmt":"2022-09-03T21:45:48","slug":"renoir-banhista-com-o-cao-grifo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/renoir-banhista-com-o-cao-grifo\/","title":{"rendered":"Renoir \u2013 BANHISTA COM O C\u00c3O GRIFO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
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\"\"<\/a>
\nO pintor franc\u00eas Pierre-Auguste Renoir<\/em> (1841 \u2013 1919) alegrava-se por ter nascido num fam\u00edlia de grande talento manual, onde havia alfaiates, ourives e desenhista de modas. Para ele teria sido mais dif\u00edcil se tivesse nascido numa fam\u00edlia de intelectuais, pois teria levado muito tempo para se livrar das ideias recebidas. De origem humilde, aos 13 anos de idade Renoir<\/em> deu in\u00edcio \u00e0 sua carreira art\u00edstica, pintando porcelanas, cortinas e leques para ajudar financeiramente sua fam\u00edlia composta por mais seis irm\u00e3os. \u00c9mile Laporte\u00a0\u2013 seu colega nas aulas noturnas da Escola de Desenho e Arte Decorativa \u2013 incentivou-o a frequentar o ateli\u00ea do mestre su\u00ed\u00e7o Charles Gleye, para que pudesse depois se ingressar na Academia, o que aconteceu dois anos depois.<\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o denominada Banhista com o C\u00e3o Grifo<\/em> tamb\u00e9m conhecido como Lise \u00e0 Beira do Sena<\/em> \u00e9 obra do artista. Trata-se de um de seus primeiros nus, quando ainda se encontrava sob a \u00a0influ\u00eancia de Courbert, bem distante das famosas banhistas que viria a pintar e que lhe trariam tanta fama. Esta obra parte do acervo do MASP desde 1953.<\/p>\n

A modelo retratada nesta tela \u00e9 Lise \u2013 primeira namorada do artista \u2013 que aqui se parece com a Afrodite do grande Prax\u00edteles, um dos mais famosos escultores da Gr\u00e9cia Antiga. Ela se encontra de p\u00e9, na parte central da composi\u00e7\u00e3o, trazendo a cabe\u00e7a voltada para a esquerda e levemente inclinada para baixo. A jovem mulher segura a parte interna de suas vestes, ornada com fitas vermelhas com a m\u00e3o direita e com a esquerda tapa a sua regi\u00e3o genital.<\/p>\n

Chama \u00e0 aten\u00e7\u00e3o na pintura o belo c\u00e3ozinho de pelo escuro, elegantemente deitado sobre uma toalha, recostado no vestido listrado da jovem. Ao lado dele est\u00e1 o chap\u00e9u da mo\u00e7a. Outro ponto chamativo no quadro \u00e9 o jovem deitado na relva, \u00e0 direita, entre as \u00e1rvores, com a m\u00e3o no queixo, observando a cena, como se fosse um s\u00e1tiro a observar a deusa Diana. Um pequeno espa\u00e7o \u00e0 esquerda deixa ver as \u00e1guas azuis do rio Sena.<\/p>\n

O artista preocupou-se com a simetria e a proporcionalidade das formas. \u00c0 direita, embaixo, pode-se ver sua assinatura e a data da confec\u00e7\u00e3o da obra.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1870
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 184 x 115 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu de Arte, S\u00e3o Paulo, Brasil<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador<\/p>\n

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