{"id":35151,"date":"2018-05-10T13:48:50","date_gmt":"2018-05-10T16:48:50","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=35151"},"modified":"2022-09-03T18:44:42","modified_gmt":"2022-09-03T21:44:42","slug":"gauguin-autorretrato-perto-do-golgota","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/gauguin-autorretrato-perto-do-golgota\/","title":{"rendered":"Gauguin \u2013 AUTORRETRATO (PERTO DO G\u00d3LGOTA)"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
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\"\"<\/a><\/em><\/strong><\/p>\n

A minha energia de outrora j\u00e1 se esvai pouco a pouco. Est\u00e1 escrito que em toda a minha vida eu sou condenado a cair, levantar-me, cair de novo… Estas preocupa\u00e7\u00f5es me matam. <\/em><\/strong>Estou t\u00e3o desmoralizado, desanimado, que n\u00e3o acredito em maiores infort\u00fanios que possam ocorrer. (Paul Gauguin)<\/em><\/strong><\/p>\n

\u00a0<\/strong>O pintor, escultor e ceramista franc\u00eas Eug\u00e8ne Henri Paul Gauguin<\/em> (1848 – 1903) era filho do jornalista e cronista pol\u00edtico Clovis Gauguin e de Aline-Marie Chazal, cuja fam\u00edlia pertencia \u00e0 nobreza espanhola que se mudou para o Peru na \u00e9poca da conquista daquele pa\u00eds. Tinha uma \u00fanica irm\u00e3, dois anos mais velha do que ele. Sua origem era mesti\u00e7a (francesa, espanhola e peruana). Sua av\u00f3, militante na defesa\u00a0 dos ind\u00edgenas, era filha de um nobre peruano. O artista abandonou a vida na Fran\u00e7a e partiu para a solid\u00e3o do Taiti, uma ilha da Polin\u00e9sia, onde viveu at\u00e9 a sua morte. Buscava uma vida elementar e a natureza primitiva no contato com a gente simples do lugar. Ali viveu esquecido, atormentado pela mis\u00e9ria e doen\u00e7as que n\u00e3o se curavam. Sua carta (parte em negrito, acima) ao amigo Daniel de Monfreid justifica o t\u00edtulo desta obra.<\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o denominada Autorretrato (Perto do G\u00f3lgota) <\/em>\u00e9 uma obra do artista, encontrada entre seus objetos ap\u00f3s a sua morte, o que mostra o quanto tinha apre\u00e7o por ela, como se fosse uma prova de sua dif\u00edcil exist\u00eancia. Foi executada alguns anos antes de morrer. Gauguin, usando uma t\u00fanica branca, pinta-se como se fosse um Cristo, como mostra a fina aur\u00e9ola em volta de sua cabe\u00e7a, iluminando-a.<\/p>\n

Sua figura mostra-se carregada de dor e desespero, simbolizados pelos dois esp\u00edritos ancestrais que aparecem no fundo escuro, atr\u00e1s de sua imagem. \u00c0 direita v\u00ea-se uma taitiana de frente (a sua Maria Madalena) e \u00e0 esquerda um vulto de perfil, aparentemente um \u00eddolo.<\/p>\n

Esta obra faz parte do acervo do MASP desde 1952.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1896
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 75 x 64 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu de Arte, S\u00e3o Paulo, Brasil<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>Enciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\nhttps:\/\/plus.google.com\/114397422423346270759\/posts\/g5Hy9GKFDxd<\/p>\n

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