<\/a><\/strong><\/p>\nProfessor Herm\u00f3genes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a sa\u00fade f\u00edsica e mental.\u00a0 Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, e<\/em><\/strong>le nos ensina o que \u00e9 a verdadeira \u201cmoral\u201d. <\/strong><\/em><\/p>\nNo momento em que, no drama da cria\u00e7\u00e3o, uma forma devida, <\/em>ultrapassando o viver puramente instintivo, atingiu a capacidade de autodetermina\u00e7\u00e3o, nasceu o homem<\/em>. O at\u00e9 ent\u00e3o animal ganhou consci\u00eancia e liberdade, mas em troca comprometeu-se com a lei universal, diante da qual passou a responder por seus atos. \u00c9 ele em toda a natureza o \u00fanico ser com capacidade de op\u00e7\u00e3o, o \u00fanico a poder tra\u00e7ar seu destino e assim guiar-se ou para a luz ou para a treva, para o desastre ou para o \u00eaxito, para o sofrimento ou para a felicidade, para cima ou para baixo, para a neurose ou para a serenidade, para o medo ou para a seguran\u00e7a. O homem \u00e9, assim, o respons\u00e1vel por suas dores ou alegrias, grandezas ou indig\u00eancias. Tudo isto quer dizer que \u00e9 o \u00fanico ser capacitado para a vida moral. H\u00e1 quem diga o oposto.<\/p>\nCertas correntes de pensamento defendem para o homem inteira e irrestrita satisfa\u00e7\u00e3o a seus impulsos, necessidades, tend\u00eancias, desejos e interesses. H\u00e1 quem defenda a tese da natureza amoral do ser humano. Tais escolas que reclamam a liberdade total, afirmam que s\u00f3 assim o ser humano ser\u00e1 feliz e transcender\u00e1 seus pr\u00f3prios limites. Mas j\u00e1 se esvai o cr\u00e9dito que psicanalistas e materialistas mecanicistas puderam colher para suas absurdas conclus\u00f5es acerca da inconveni\u00eancia da chamada vida moral. Os movimentos mais avan\u00e7ados na ci\u00eancia do homem ratificam o que sempre se acreditou, isto \u00e9, que o homem distanciado do bem <\/em>adoece, fenece e perde-se em sofrimento.<\/p>\nA psicocibern\u00e9tica, encabe\u00e7ada por Maxwel Maltz, como tamb\u00e9m a moderna neurofisiologia, atrav\u00e9s de uma de suas emin\u00eancias, o Dr. Paul Chauchard, demonstram a responsabilidade <\/em>e a liberdade <\/em>do homem na constru\u00e7\u00e3o do seu destino. A neurofisiologia demonstra-o com o estudo evolutivo do c\u00e9rebro e do sistema nervoso, pois a responsabilidade e a liberdade surgiram desde que desenvolveu o c\u00e9rebro superior, ou, como diria Chardin, desde quando “o de dentro” alcan\u00e7ou a consci\u00eancia de si mesmo. A iguais conclus\u00f5es sobre a responsabilidade do homem na constru\u00e7\u00e3o de seu destino chegou a mais moderna escola de psicologia que v\u00ea a mente como primorosa e admir\u00e1vel m\u00e1quina cibern\u00e9tica a executar com fidelidade e onipot\u00eancia aquilo que moralmente o homem \u00e9 ou pensa ser.<\/p>\nO amoralismo de obsoletas e falsas bases cient\u00edficas, com tantos males j\u00e1 realizados e com tantas amea\u00e7as em potencial, deveria aperceber-se dessas mais recentes conclus\u00f5es, verdadeiramente cient\u00edficas. Poderia ser que, assim, seus iludidos sequazes reconhecessem os erros que seus dogmas os t\u00eam feito cometer. N\u00e3o se pode deixar de reconhecer que a moral tradicional, errada em suas bases e conclus\u00f5es, tem sido muito mais forte de desequil\u00edbrios e infelicidades do que o oposto.<\/p>\n
A moral frustradora, geradora de recalques e remorsos m\u00f3rbidos, tem merecido muitas das acusa\u00e7\u00f5es que lhe t\u00eam sido feitas. “A verdade, por\u00e9m, \u00e9 que a moral n\u00e3o \u00e9 desequilibrante, mas, sim, a caricatura legalista dela, que consiste em opor a Moral a falsos instintos naturais que s\u00e3o apenas preconceitos sociais. Pelo contr\u00e1rio, atualmente a Moral aparece cada vez mais como uma higiene de ordem superior, necess\u00e1ria para nosso equil\u00edbrio e garantia de um funcionamento cerebral normal, que permite assim a verdadeira liberdade e vontade” (Chauchard, Paul; O Dom\u00ednio de Si<\/em>).<\/p>\nAquela moral desequilibrante, hip\u00f3crita, desnaturada e geradora de tantos males est\u00e1 superada. Paul Chauchard fala de uma Moral nova que “n\u00e3o \u00e9 sen\u00e3o um retorno \u00e0 verdadeira Moral, a Moral do Cristo e de S. Paulo, moral dos princ\u00edpios tradicionais, mas realizada de maneira equilibrada e humanizante. E isto pela recusa em aceitar um \u201clegalismo\u201d desencarnado, repleto de proibi\u00e7\u00f5es e autoriza\u00e7\u00f5es, mas pela afirma\u00e7\u00e3o de condi\u00e7\u00f5es positivas do desdobramento humano, fora at\u00e9 de qualquer considera\u00e7\u00e3o religiosa. \u00c9 paradoxal que se caricaturize como otimismo irrealista, por ignorar a natureza, aqueles que, como Teilhard de Chardin, insistem nesta Moral Positiva\u201d.<\/p>\n
*<\/strong>O livro \u201cYoga para Nervosos\u201d encontra-se em PDF no Google.<\/p>\nNota:<\/u> Geopol\u00edtico, Crian\u00e7a Observando o Nascimento do Novo Homem, <\/em>obra de Dal\u00ed.<\/em><\/p>\nViews: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria do Prof. Herm\u00f3genes Professor Herm\u00f3genes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a sa\u00fade f\u00edsica e mental.\u00a0 Neste texto retirado de seu livro “Yoga para Nervosos”*, ele nos ensina o que \u00e9 a verdadeira \u201cmoral\u201d. No momento em que, no drama da cria\u00e7\u00e3o, uma forma devida, ultrapassando o […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[46],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35601"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=35601"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35601\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":35713,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35601\/revisions\/35713"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=35601"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=35601"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=35601"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}