conscientemente, <\/em>come\u00e7ar, acelerar, retardar, parar, recome\u00e7ar quando quiser, portanto, dirigir a a\u00e7\u00e3o. Desde que perca o controle de seus sentidos, tornando-se um sensual, o homem pode descer aos abismos da infelicidade e da degrada\u00e7\u00e3o. No controle da sensibilidade, o candidato \u00e0 felicidade deve:<\/p>\na) saber e poder escolher as impress\u00f5es que contribuam para isto e us\u00e1-las na medida certa;
\nb) reconhecer e poder obstar as impress\u00f5es adversas e delas se defender;
\nc) saber distinguir entre as ben\u00e9ficas e as que s\u00e3o somente agrad\u00e1veis;
\nd) saber discernir as que podem vir a se tornar obsessivas, a fim de evit\u00e1-las.<\/p>\n
Como se j\u00e1 n\u00e3o bastassem os dramas, sofrimentos, apreens\u00f5es, decep\u00e7\u00f5es e mesmo trag\u00e9dias que o destino semeia em cada vida e que acarretam enorme desgaste nervoso e, portanto, dist\u00farbios, a ind\u00fastria das emo\u00e7\u00f5es, atrav\u00e9s do cinema, da telenovela, do teatro, da tev\u00ea, bem como dos espet\u00e1culos desportivos violentos, como as lutas, as corridas, os campeonatos, diariamente submetem o p\u00fablico a perniciosos impactos. Tanto mais bem elaborados sejam tais espet\u00e1culos, tanto mais eficientes, e tanto mais capazes de contribuir para desordens nervosas. E o p\u00fablico, fascinado, inconscientemente, se entrega aos forjadores de emo\u00e7\u00f5es. Estas devem ser cada vez mais excitantes, profundas e dominantes.<\/p>\n
Na Roma antiga eram os gladiadores que atendiam \u00e0s necessidades mals\u00e3s do sensualismo do p\u00fablico s\u00e1dico. Hoje s\u00e3o os lutadores de “catch” que se esmeram, por todos os modos – desde os nomes (Carrasco, Dr\u00e1cula…) at\u00e9 ao aspecto f\u00edsico – para infundir terror e \u00f3dio em milh\u00f5es de inadvertidos, imaturos, e viciados espectadores. Quanto mais “proibida pela censura”, mais preferida \u00e9 a pel\u00edcula de cinema. A f\u00f3rmula de viol\u00eancia, terror e sexo \u00e9 a mais comercial e, portanto, a preferida por produtores, diretores e exibidores de filmes. As frases com que tais filmes s\u00e3o anunciados bem demonstram um clamoroso quadro de sa\u00fade mental do grande p\u00fablico. Apregoam o que o povo deseja: viol\u00eancia e erotismo. Desgra\u00e7adamente isto \u00e9 o “normal”, o mais frequente. O normal patol\u00f3gico do qual j\u00e1 temos falado.<\/p>\n
O “normal” \u00e9 isto, esta busca irracional e pat\u00e9tica de cada vez maior prazer, sensa\u00e7\u00f5es mais perturbadoras e divertimentos com alto poder estressor. Por que as pessoas pagam para se meterem numa montanha russa? Por que multid\u00f5es se alinham nas margens de uma pista de corrida de carros, esperando que um deles se despedace? Por que o teatro e a televis\u00e3o est\u00e3o cada vez mais explorando o m\u00f3rbido e o er\u00f3tico? Por que as m\u00fasicas da juventude est\u00e3o se tornando mais barulhentas, mais \u00e0 base de ritmo e mais carentes de melodia e harmonia? Por que a poesia deu lugar \u00e0 novela sexo\/policial? Por que o Carnaval, cada ano, \u00e9 mais bacanalizado? Por que at\u00e9 crian\u00e7as uivam de entusiasmo com o estrangulamento que um lutador est\u00e1 fazendo no outro? Por que os jovens com seus carros suicidamente “voam”? Por que, a cada dia, novos divertimentos s\u00e3o inventados, desencadeando sensa\u00e7\u00f5es novas, que “enlouquecem\u201d seus participantes? Por que o jovem, em todo o mundo, est\u00e1 empenhado na corrida psicod\u00e9lica?<\/p>\n
Voc\u00ea que quer ter paz; voc\u00ea que n\u00e3o deseja e nem precisa se sentir ajustado e mesmificado com esta alarmante “normalidade”, tome consci\u00eancia do fato, analise-o, com dist\u00e2ncia, e defenda-se contra a corrup\u00e7\u00e3o sensual coletiva, contra a esquizofreniza\u00e7\u00e3o da sensibilidade. Voc\u00ea n\u00e3o precisa destas sensa\u00e7\u00f5es. Deixe-as para os que n\u00e3o t\u00eam como desfrutar das suaves e sadias sensa\u00e7\u00f5es espiritualizadas, patrim\u00f4nio de quem empreende a vida redentora do Yoga.<\/p>\n
Se, por acaso, voc\u00ea j\u00e1 \u00e9 um sensual, pode come\u00e7ar a desconfiar de que seu dist\u00farbio nervoso tem ra\u00edzes nesta distor\u00e7\u00e3o est\u00e9tica, isto \u00e9, neste estado patol\u00f3gico de sua sensibilidade. Se voc\u00ea tem dado r\u00e9deas \u00e0 sua sensualidade, ou melhor, a seus jnanaindriyas <\/em>(os sentidos), comece j\u00e1 a formular um plano para corrigir-se disto que o escraviza ao mundo e o afasta de Deus. Resista \u00e0 alucinofilia crescente que est\u00e1 arrebatando os fracos de todo mundo.<\/p>\n*O livro \u201cYoga para Nervosos\u201d encontra-se em PDF no Google.<\/p>\n
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Autoria do Prof. Herm\u00f3genes O Professor Herm\u00f3genes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a sa\u00fade f\u00edsica e mental.\u00a0 Neste texto retirado de seu livro \u201cYoga para Nervosos\u201d*, ele nos ensina a trabalhar com os sentidos. O candidato \u00e0 sa\u00fade mental, \u00e0 paz e \u00e0 realiza\u00e7\u00e3o espiritual n\u00e3o pode […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[46],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35650"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=35650"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35650\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":36190,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35650\/revisions\/36190"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=35650"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=35650"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=35650"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}