O Professor Herm\u00f3genes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a sa\u00fade f\u00edsica e mental.\u00a0 Neste texto retirado de seu livro \u201cYoga para Nervosos\u201d*, ele nos alerta sobre a import\u00e2ncia daquilo que pensamos ser.
\n<\/strong><\/em><\/p>\nN\u00e3o conhe\u00e7o quem sofra pela prodigalidade da ajuda que d\u00e1. O mundo, no entanto, est\u00e1 cheio de gente que se desgra\u00e7ou por tanto pedir. Se voc\u00ea tem cometido o erro de reconhecer-se vazio de muitas coisas e, no sentido de preench\u00ea-las, vive a solicitar do mundo e dos outros que lhe concedam favores, que lhe atendam os rogos, voc\u00ea dificilmente ser\u00e1 feliz.<\/p>\n
O mundo e as pessoas n\u00e3o gostam de atender os vazios, os dependentes, os que se reconhecem fracos, incompletos, carentes de respeito, desamados, incompreendidos, necessitados, deserdados. . . Voc\u00ea est\u00e1 se enterrando na infelicidade ainda mais, pelo fato de reconhecer-se carente, deca\u00eddo, necessitado, fraco, incapaz, miser\u00e1vel e por estar criando um autorretrato negativo e m\u00f3rbido. Voc\u00ea j\u00e1 sabe que o subconsciente \u00e9 um “servomecanismo”.<\/p>\n
O “servomecanismo” \u00e9 uma m\u00e1quina cibern\u00e9tica (no estilo do c\u00e9rebro eletr\u00f4nico) que funciona de forma que, ao receber uma n\u00edtida miss\u00e3o a cumprir, exata e fielmente a cumpre. Assim s\u00e3o os torpedos e os foguetes autodirigidos que, em hip\u00f3tese alguma, erram o alvo. Pois bem, o “servomecanismo” de seu subconsciente, a toda hora recebe a miss\u00e3o que voc\u00ea lhe d\u00e1 atrav\u00e9s da imagem que faz de si mesmo (autorretrato). Cega e fatalmente cumpre a miss\u00e3o, isto \u00e9, com seu tremendo poder faz de voc\u00ea o que voc\u00ea tem imaginado ser.<\/p>\n
Se voc\u00ea se v\u00ea como um desgra\u00e7ado despojado de paz, for\u00e7a, sa\u00fade, amor, compreens\u00e3o, respeito, finalmente de tudo que ainda anda mendigando, ent\u00e3o, a toda hora a m\u00e1quina cibern\u00e9tica de seu subconsciente est\u00e1 fazendo do desgra\u00e7ado que voc\u00ea imagina ser, um desgra\u00e7ado real. Mas, quando em vez de pedir ajuda, voc\u00ea passa a dar, est\u00e1, pelas mesmas raz\u00f5es e segundo as mesmas leis, aumentando sua capacidade de ajudar. Se em vez de pedir que o amem, voc\u00ea ama sem se ressentir com a n\u00e3o reciprocidade; se voc\u00ea ama incondicionalmente, se “ama por amor ao amor”, ent\u00e3o, recebe o amor. N\u00e3o por pedir. Mas em virtude de lei universal. Se voc\u00ea aprende a dar de si, ver\u00e1 aumentar a fortuna daquilo que aos outros tem dado.<\/p>\n
Se voc\u00ea \u00e9 positivo, emitindo, distribuindo, ofertando, ajudando, compreendendo, estimulando, criando, irradiando, se fez um autorretrato positivo, ser\u00e1 cada vez maior sua riqueza, maior a expans\u00e3o de si mesmo, maiores os transbordamentos sobre os limites prec\u00e1rios do humano ser “normal”. Se voc\u00ea, esquecido das incompreens\u00f5es de que tem sido v\u00edtima, gosta de dar compreens\u00e3o a todos, vir\u00e1 a vencer tamb\u00e9m neste aspecto da vida. Quem pede, est\u00e1 vazio. Quem oferta, tem para dar. Quem se lamenta, atrai maiores raz\u00f5es para mais se lamentar.<\/p>\n
Chegou a hora, meu amigo, de pensar em viver \u00e0 sua pr\u00f3pria custa, com seus recursos, com o pouco que possa ter, contentar-se com o que tem, de recusar-se a mendigar, a depender do que lhe concederem.\u00a0 N\u00e3o por orgulho ou vaidade, mas por medida profil\u00e1tica, isto \u00e9, para evitar afundar-se nos escuros dom\u00ednios da indig\u00eancia material, ps\u00edquica e espiritual.<\/p>\n
Se voc\u00ea se lembrar que o “Reino de Deus” est\u00e1 dentro de voc\u00ea e \u00e9 um tesouro de felicidade, ent\u00e3o, n\u00e3o na condi\u00e7\u00e3o de mendigo, mas de h\u00e1bil e confiante garimpeiro, dele retirar\u00e1 aquilo de que necessita para si e ainda mais para dar aos outros. D\u00ea sem ligar se o tesouro vai se exaurir e acabar-se. Os bens materiais podem, materialmente, <\/em>diminuir, na medida em que os esbanjamos. Os bens espirituais, ao contr\u00e1rio, crescem na propor\u00e7\u00e3o em que com ele beneficiamos os outros.<\/p>\nSe at\u00e9 hoje, por palavras, gestos de des\u00e2nimo, olhar indigente, gemidos e mesmo atrav\u00e9s das descri\u00e7\u00f5es de seus sintomas, comportou-se como algu\u00e9m que mendiga piedade, simpatia, palavras de caridade ou qualquer forma de ajuda, agora mesmo assuma o compromisso de evitar que os outros tenham “peninha” de voc\u00ea. Erga a cabe\u00e7a, mesmo que a dor o queira vencer. Brilhem seus olhos. Sorriam sempre seus l\u00e1bios. Substitua seus ais pelas notas de qualquer musiquinha animada.<\/p>\n
N\u00e3o pe\u00e7a. Ofere\u00e7a. N\u00e3o capitule diante do velho h\u00e1bito de posar de \u201ccoitadinho\u201d. Mesmo que voc\u00ea esteja em sofrimento, no ch\u00e3o, em peda\u00e7os, quando algu\u00e9m lhe dirigir o convencional “Como vai?”, responda-lhe sorrindo: “Vou bem. N\u00e3o vou melhor para n\u00e3o fazer inveja!”. Experimente este miraculoso tratamento. Abaixo as lam\u00farias! Nunca mais a autopiedade nem a piedade dos outros!<\/p>\n
*O livro \u201cYoga para Nervosos\u201d encontra-se em PDF no Google.<\/p>\n
Nota:<\/u> Gato Azul com Vaso de Flores<\/em>, Aldemir Martins<\/p>\nViews: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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