sama bhava <\/em>ou equanimidade; vai triunfando sobre a dan\u00e7a das circunst\u00e2ncias externas e ficando invulner\u00e1vel, imperturb\u00e1vel, independente, incondicionado aos acontecimentos que lhe escapam ao controle.<\/p>\nO homem vulgar, em sua imaturidade, adoece dos nervos porque \u00e9 extremado tanto no sofrimento como no gozo. Quando as coisas lhe s\u00e3o favor\u00e1veis, o sol brilha, o mundo sorri, os amigos estimam-no, h\u00e1 aplausos, lucros, sa\u00fade, tudo vai de “vento \u00e0 fei\u00e7\u00e3o”, ele exulta, goza, festeja, dan\u00e7a, ri e chega at\u00e9 ficar generoso e confiante. Quando, no entanto, sobrev\u00e9m o desfavor da sorte, quando h\u00e1 chuva mi\u00fada ou cerra\u00e7\u00e3o escondendo o sol, se os amigos afastam-se ou falham, quando recebe cr\u00edticas e censuras e sabe de cal\u00fanias, se o filho vai mal na escola ou o movimento da bolsa \u00e9 ruim, entrega-se ou ao abatimento ou \u00e0 revolta; o desalento ent\u00e3o cava-lhe rugas na testa e “brechas na alma”.<\/p>\n
A personalidade imatura n\u00e3o conhece meio-termo entre gargalhadas e l\u00e1grimas, desvarios de prazer e gemidos de dor, satisfa\u00e7\u00f5es de orgasmo e pranto de desespero. Pessoas, assim, levadas ao sabor das tempestades emocionais, precisam aprender a equanimidade dos s\u00e1bios que n\u00e3o se perturbam quando o destino lhes tira dos l\u00e1bios a ta\u00e7a de mel e, em troca, d\u00e1 uma de fel. O s\u00e1bio sabe que na vida h\u00e1 noites frias e quentes, dias tr\u00e1gicos e venturosos, sins e n\u00e3os, saciedades e fomes, ber\u00e7os e esquifes, vit\u00f3rias e derrotas, lucros e perdas, portas que se fecham e portas que se abrem. O s\u00e1bio n\u00e3o se deixa perturbar nem pelo dul\u00e7or nem pelo amargor dos frutos que lhe s\u00e3o dados. N\u00e3o chora demais nem ri sem medidas. \u00c9 sereno. \u00c9 equ\u00e2nime. \u00c9 igual. \u00c9 invulner\u00e1vel aos opostos.<\/p>\n
O ca\u00e7ador de prazeres, de compensa\u00e7\u00f5es, de fortuna, de posi\u00e7\u00f5es, de aplausos, de lucros, de tudo que julga desej\u00e1vel \u00e9, em geral, um d\u00e9bil, pois na mesma medida com que se alegra com a conquista daquilo que busca, desespera-se, sente-se desamparado e perdido diante dos menores vetos e negativas que o destino lhe imp\u00f5e. Quase sempre sente medo de perder o que tem ou o que pensa que \u00e9, e adoece de medo diante das amea\u00e7as a ele ou a seu patrim\u00f4nio. Ao primeiro prenuncio de dor de cabe\u00e7a, ele se acovarda e, assim, agrava-a.<\/p>\n
Quem faz da equanimidade sua fortaleza interna \u00e9 inexpugn\u00e1vel. N\u00e3o teme perder nem se perturba na ansiedade de conquistar. Equ\u00e2nime n\u00e3o \u00e9 a pessoa fria, indiferente e inconsequente. Embora se apercebendo da significa\u00e7\u00e3o de ser favorecido ou desfavorecido, embora participe ativamente dos fatos, consegue um sadio isolamento emocional, colocando-se acima deles. Na estratosfera do Esp\u00edrito reside sua tranquilidade.<\/p>\n
Tuf\u00f5es e muita chuva s\u00f3 perturbam as camadas inferiores da atmosfera da mente e da mat\u00e9ria. Aprenda a ser equ\u00e2nime, amigo e torne-se invenc\u00edvel. Para isto, procure fazer uma no\u00e7\u00e3o exata do mundo que o cerca. Aprenda a tomar as coisas como v\u00eam. Liberte-se dos \u00f3culos escuros do pessimismo e igualmente dos \u00f3culos azuis do otimismo. Contemple com isen\u00e7\u00e3o os dois polos perenes da realidade. V\u00edcio e virtude, bom e mau, bem e mal, f\u00e1cil e dif\u00edcil, verso e reverso, jun\u00e7\u00f5es e separa\u00e7\u00f5es, queda e ascens\u00e3o estiveram e sempre estar\u00e3o em toda a parte, quer voc\u00ea goste, quer n\u00e3o, quer lucre ou perca, sofra ou goze.<\/p>\n
Na obra do Absoluto “tudo \u00e9 necess\u00e1rio” e em nossa vida “nada \u00e9 imprescind\u00edvel” a n\u00e3o ser o amor de Deus. Aprenda a aceitar com equanimidade o que a vida lhe der. S\u00f3 assim poder\u00e1 seguir o que o s\u00e1bio Ep\u00edteto ensinou: “N\u00e3o fa\u00e7a sua felicidade depender daquilo que n\u00e3o depende de voc\u00ea”. Quando a ansiedade lhe impedir o sono ou estiver querendo impacientar-se na fila de atendimento; quando o patr\u00e3o disser que n\u00e3o lhe vai conceder o aumento ou a chuva estragar seu domingo na praia; quando sua \u00falcera come\u00e7ar a dar sinais; quando sentir \u00edmpetos de desespero, de des\u00e2nimo ou outra emo\u00e7\u00e3o perniciosa, diga a si mesmo: “Devo aproveitar esta oportunidade que a vida me apresenta e aprender a ser equ\u00e2nime\u201d.<\/p>\n
O livro \u201cYoga para Nervosos\u201d encontra-se em PDF no Google.<\/p>\n
Nota:<\/u> imagem copiada de Mulher Portuguesa<\/em><\/p>\nViews: 2<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria do Prof. Herm\u00f3genes O Professor Herm\u00f3genes, um dos precursores da ioga no Brasil, escreveu mais de 30 livros sobre a sa\u00fade f\u00edsica e mental.\u00a0 Neste texto retirado de seu livro \u201cYoga para Nervosos\u201d*, ele nos ensina como lidar com as diferen\u00e7as. Algu\u00e9m que diga que n\u00e3o pode passar sem isto e que tem horror […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[46],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35808"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=35808"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35808\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":36060,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/35808\/revisions\/36060"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=35808"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=35808"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=35808"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}