{"id":36711,"date":"2019-01-13T13:41:07","date_gmt":"2019-01-13T15:41:07","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=36711"},"modified":"2019-01-13T13:41:24","modified_gmt":"2019-01-13T15:41:24","slug":"hals-a-bruxa-de-haarlem","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/hals-a-bruxa-de-haarlem\/","title":{"rendered":"Hals \u2013 A BRUXA DE HAARLEM"},"content":{"rendered":"

Autoria de LuDiasBH<\/strong><\/p>\n

\"\"<\/a><\/strong><\/p>\n

O pintor Frans Hals (c. 1583 \u2013 1666) nasceu provavelmente na Antu\u00e9rpia, quando as prov\u00edncias holandesas e Flandres (atual B\u00e9lgica) ainda pertenciam \u00e0 Casa Real espanhola. Seu pai Franchoys era um mestre tecel\u00e3o. Sua fam\u00edlia mudou logo a seguir para Haarlem, onde ele passou a maior parte de sua vida. As informa\u00e7\u00f5es sobre sua vida at\u00e9 os 25 anos s\u00e3o bem escassas, embora se saiba que estudou pintura na Academia de Haarlem com o pintor e escritor Karel van Mander \u2013 cujos escritos s\u00e3o uma conhecida fonte sobre os primeiros pintores flamengos \u2013 e foi membro oficial da Guilda de S\u00e3o Lucas, \u00e0 qual chegou a presidir.<\/p>\n

A composi\u00e7\u00e3o intitulada Malle Babbe<\/em> ou Cigana<\/em>, mas sendo mais conhecida como A Bruxa de Harleem<\/em> \u00e9 uma das obras mais famosas do artista barroco em que predomina o movimento e a emo\u00e7\u00e3o. Trata-se de uma tela de grande originalidade, cuja linguagem, ao lado de \u201cDois Rapazes Rindo\u201d, \u201cO Alegre Bebedor\u201d, \u201cLa Boh\u00e9mienne\u201d e \u201cMonsieur Peeckhaering\u201d mostraram novos caminhos para a pintura dos s\u00e9culos que viriam. O pintor, nesta pintura, deixa claro o seu car\u00e1ter brincalh\u00e3o e a sua capacidade de observa\u00e7\u00e3o do ser humano.<\/p>\n

O artista barroco usa o retrato para repassar uma mensagem de moralidade. A personagem retratada \u00e9 uma velha louca e b\u00eabada. Ela traz no ombro esquerdo um mocho\u00a0\u2013 designa\u00e7\u00e3o comum a muitas aves de rapina. A presen\u00e7a do mocho como ave noturna representa o mau comportamento dos homens, evidenciado aqui pelo alcoolismo, cuja representa\u00e7\u00e3o \u00e9 o jarro de cerveja com a tampa aberta, seguro pela louca. Seu corpo sofre uma tor\u00e7\u00e3o diagonal, elevando a ave \u00e0 altura de sua cabe\u00e7a, o que, ao lado da hierarquiza\u00e7\u00e3o dos motivos presentes na tela, amplia a for\u00e7a do retrato.<\/p>\n

A louca \u00e9 mostrada pelo artista com simpatia, sentada no canto de uma mesa. Seu sorriso \u00e9 consequ\u00eancia tanto do abuso do \u00e1lcool quanto da estupidez advinda de sua loucura. Ela aparenta conversar ou rir de algu\u00e9m \u00e0 direita da tela. Sua roupa simples retrata a \u00e9poca em que viveu. O retrato \u00e9 ao mesmo tempo m\u00e1gico e assustador e ganhou a admira\u00e7\u00e3o de in\u00fameros pintores, pois existem muitas c\u00f3pias e variantes desta obra. Um de seus grandes admiradores foi Gustave Courbert que dela fez uma c\u00f3pia. Existe uma s\u00e9rie de obras relacionadas \u00e0 pessoa real que serviu de modelo para Hans nesta pintura.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: c. 1634
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre madeira
\nDimens\u00f5es: 78,5 x 66,2 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Gem\u00e4ldegalerie, SMPK, Berlim, Alemanha<\/p>\n

Fontes de pesquisa
\n<\/u>G\u00eanios da pintura\/ Abril Cultural
\n1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nhttps:\/\/www.wga.hu\/html_m\/h\/hals\/frans\/01-1623\/12coupl.html<\/p>\n

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