{"id":36724,"date":"2018-12-29T21:43:24","date_gmt":"2018-12-29T23:43:24","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=36724"},"modified":"2018-12-29T21:43:36","modified_gmt":"2018-12-29T23:43:36","slug":"o-prazer-doentio-de-reclamar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/o-prazer-doentio-de-reclamar\/","title":{"rendered":"O PRAZER DOENTIO DE RECLAMAR"},"content":{"rendered":"

Autoria de Celina Telma Hohmann<\/strong><\/p>\n

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Conhe\u00e7o e por vezes compartilho do mesmo espa\u00e7o de pessoas que t\u00eam o prazer doentio de reclamar. A murmura\u00e7\u00e3o, o balbucio eterno de que tudo est\u00e1 mal afronta nossos ouvidos e a pr\u00f3pria vida. Quem nunca se viu em situa\u00e7\u00e3o de reclamar, achar que nada d\u00e1 certo? Por vezes acontece, mas acontecer \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o, perpetu\u00e1-la \u00e9 prender-se ao negativismo que n\u00e3o pode, de forma alguma, trazer conforto, tranquilidade. Cansa! Tudo o que \u00e9 demais \u00e9 demasiado, n\u00e3o? O eterno reclamar \u00e9 cansativo a quem reclama e exaustivo para quem ouve, presencia ou permanece pr\u00f3ximo ao eterno balbuciador de desgra\u00e7as. Nossos problemas n\u00e3o t\u00eam que ser problemas dos outros. Se os temos – e humanos que somos os temos, sim \u2013 mas os ouvidos dos outros merecem respeito.<\/p>\n

O que se observa \u00e9 que o eterno insatisfeito tem eco. S\u00f3 reclama porque algu\u00e9m o ouve.. Reclamam porque algu\u00e9m lhe d\u00e1 ouvidos. N\u00e3o quero dizer que o fato de dar ouvidos aos queixumes n\u00e3o seja nobre, mas fortalecer um ros\u00e1rio de lam\u00farias \u00e9 compartilhar um mal que n\u00e3o leva ningu\u00e9m a lugar algum. Os lamurientos n\u00e3o s\u00e3o pessoas leves, carinhosas, com perspectivas. H\u00e1 uma diferen\u00e7a entre a tristeza, e o perder-se, a menos valia, mas o mundo, vasto, lindo e fascinante oferece muito mais que trag\u00e9dias. Estamos \u00e0 volta com a busca pelo bem-estar e a reclama\u00e7\u00e3o constante faz com que pingos – at\u00e9 mesmo impercept\u00edveis \u2013 acabem se transformando em torrentes.<\/p>\n

Confesso que entrei num processo de quase n\u00e3o ver sa\u00edda, mas eu sabia que existe, e como o problema era ex\u00f3geno, sa\u00ed \u00e0 cata de ir quebrando um a um, os galhos secos das trag\u00e9dias. Processo n\u00e3o t\u00e3o simplista, mas trouxe uma nova vertente: a medita\u00e7\u00e3o! Bendita, salvadora, reconfortante e nos d\u00e1 um conhecimento de n\u00f3s pr\u00f3prios que d\u00e1 aquela vontade de gritar ao mundo como \u00e9 bom redescobrir f\u00f3rmulas. Atravessei uma fase em minha vida em que houve a necessidade de parar literalmente. Mas parei para buscar a solu\u00e7\u00e3o. Naufraguei, n\u00e3o porque o mar era bravio, mas desatenta, assumi a proa de um navio que nem era meu. Sem pr\u00e1tica, l\u00e1 fui eu de cara mar adentro e, claro, engoli \u00e1gua salgada at\u00e9 quase explodir os pulm\u00f5es. Sa\u00edda? Aquietar-me! Descobrir m\u00e9todos, magias e po\u00e7\u00f5es. Levei sustos na busca, mas quem disse que fazer o mundo ouvir que algo estava exagerado seria a solu\u00e7\u00e3o?<\/p>\n

Nada \u00e9 eterno. Nem o bem ou o mal, nem o bonito ou o feio. Tudo acaba e n\u00e3o adianta ranger os dentes, girar os olhos e lamuriar. Busquem o que acalma. Temos a gl\u00e2ndula pineal e a bendita transforma at\u00e9 o que n\u00e3o vemos. Parti para a medita\u00e7\u00e3o e foi a f\u00f3rmula. Caminho n\u00e3o f\u00e1cil, pois a mente consciente \u00e9 uma esperta que d\u00e1 gosto, mas dedica\u00e7\u00e3o, o ato de praticar, praticar e praticar, ao final, d\u00e1 o sinal verde de que somos donos do que temos, respons\u00e1veis pelo que assumimos como dor ou amor. E nessa, l\u00e1 veio a calma (outra vez). Sinto vergonha em confessar que dei umas boas lamuriadas, mas essas, ah, est\u00e3o no passado!<\/p>\n

O processo de acalmar a mente e alma exige um tempo e cada mente tem sua din\u00e2mica. Por vezes, h\u00e1 tanto lixo t\u00f3xico que se o jogarmos num impulso, contaminamos o mundo. Por isso, eu fui devagar. Deixei meus \u201ccoelhos\u201d na quarentena \u2013 que durou bem mais que isso \u2013 e soltei a tartaruga: devagar e sempre e sempre. Parar? Nada! Vamos trabalhar a gl\u00e2ndula pineal e dar sossego ao cortisol. E maldade pura, mas os lamurientos que me perdoem, pois s\u00e3o uns chatos e todo chato \u00e9 cansativo e faz com que as pessoas se afastem dele.<\/p>\n\n\n

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