{"id":36787,"date":"2019-01-05T22:20:52","date_gmt":"2019-01-06T00:20:52","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=36787"},"modified":"2019-01-06T01:00:47","modified_gmt":"2019-01-06T03:00:47","slug":"conversando-com-o-coracao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/conversando-com-o-coracao\/","title":{"rendered":"CONVERSANDO COM O CORA\u00c7\u00c3O"},"content":{"rendered":"

\u00a0<\/strong>Autoria de Celina Telma Hohmann<\/strong>\"\"<\/a><\/strong><\/p>\n

O essencial \u00e9 invis\u00edvel aos olhos, e s\u00f3 se v\u00ea bem com o cora\u00e7\u00e3o. (Exup\u00e9ry)<\/em><\/strong><\/p>\n

Cada um com seu motivo e com seu tamanho de dor, mas cada um sabendo onde e como d\u00f3i. E comigo n\u00e3o \u00e9 diferente, por isso, quando estou triste, eu solto o meu menininho do cora\u00e7\u00e3o. Vou lhes contar, minhas amigas e meus amigos, como eu criei esta aben\u00e7oada criatura.<\/p>\n

Certo dia, eu estava muito triste. Perdida, desolada, meio que com raiva e a\u00ed comecei a conversar com o meu cora\u00e7\u00e3o – como fa\u00e7o at\u00e9 hoje. N\u00f3s dois est\u00e1vamos conversando… Mas eis que me dou conta de que havia dentro dele um menininho<\/em>. Pequeno, com roupinha meio diferente, mas muito bonitinho.<\/p>\n

Ah, minha gente, abri sua portinha e chamei o menininho<\/em> para fora. Voc\u00eas creditam que ele veio? N\u00e3o s\u00f3 veio como come\u00e7ou a dan\u00e7ar \u00e0 minha frente e a sorrir. Adorei aquele sorriso! Lembrei-me de que em algum lugar ou em algum livro havia uma men\u00e7\u00e3o \u00e0 possibilidade de criar uma esp\u00e9cie de C\u00edrculo M\u00e1gico ou Protetor – n\u00e3o sei com exatid\u00e3o, nem sei se ouvi ou li. Isso n\u00e3o importa!<\/p>\n

O meu menininho <\/em>veio. \u00a0Isso foi l\u00e1 em 1991, n\u00e3o sei exatamente em qual m\u00eas, mas como aquele era um ano terr\u00edvel para mim, pode ter sido em qualquer m\u00eas, n\u00e3o fazia diferen\u00e7a alguma. Ap\u00f3s abrir a portinha do cora\u00e7\u00e3o, eu aproveitei que o menininho<\/em> j\u00e1 tinha sa\u00eddo e dei a ele uma lanterninha. A lanterninha do meu menininho<\/em> \u00e9 verde. A do seu menininho<\/em> ou de sua menininha<\/em> pode ser da cor que voc\u00ea quiser.<\/p>\n

Quando estou triste, eu abro com o maior carinho a portinha do cora\u00e7\u00e3o e chamo o meu menininho <\/em>para conversarmos. Hoje j\u00e1 nem preciso chamar, pois ficamos t\u00e3o amigos que ele est\u00e1 sempre a postos. E \u00e9 t\u00e3o fofinho! Sabe aquela criatura que ningu\u00e9m pode ver, s\u00f3 a gente? O meu menininho<\/em> \u00e9 s\u00f3 meu! E como ele me ajuda! Ele dan\u00e7a, ele me cerca e me protege. Com ele por perto eu me sinto confiante. Por vezes, mesmo com um pouco de vergonha, eu tento abra\u00e7\u00e1-lo. Nunca consigo. Ele pula, salta, vai para o alto e n\u00e3o me deixa toc\u00e1-lo, mas n\u00e3o sai de perto de onde estou. \u00c9 a figura mais presente nas minhas horas de tristeza e solid\u00e3o.<\/p>\n

Contei sobre este meu serzinho a uma menininha triste, quando ela se encontrava de mal com a vida, achando o mundo cinzento e sem sa\u00edda. Hoje, nos nossos anivers\u00e1rios, sempre comentamos sobre os nossos menininhos<\/em>. Talvez os dois tenham ficado amigos, mas nunca falaram sobre isso nem a mim e nem a ela.<\/p>\n

O Pequeno Pr\u00edncipe cita que ele amava os arreb\u00f3is. Conversando com o aviador, ele diz que toda vez que se encontrava triste, gostava de ver o p\u00f4r do sol e que num dia de tanta tristeza, ele o viu quarenta vezes. Imaginem, ent\u00e3o, o tamanho de sua tristeza! Acho que a gente j\u00e1 viu tanto p\u00f4r do sol que j\u00e1 chegou a esse n\u00famero tranquilamente. Mas s\u00e3o imagens criadas, obviamente, que nos p\u00f5em num caminho de paz, alegria e amor.<\/p>\n

Se cada um de voc\u00eas, amigos, criar um ninho ou uma casinha no pr\u00f3prio cora\u00e7\u00e3o, colocando ali algum personagem, sempre que abrir a portinha ter\u00e1 o seu amigo ou amiga pulando \u00e0 sua frente, fazendo-o sorrir. E ter\u00e1 a certeza de que s\u00f3 voc\u00eas dois conseguem entender o que aos outros pareceria uma bobagem.<\/p>\n

Eu acredito que sempre h\u00e1 solu\u00e7\u00e3o, portanto, garanto ao leitor que em nosso cora\u00e7\u00e3o sempre temos o amigo perfeito para as horas boas e n\u00e3o t\u00e3o boas. Depois me conte se o seu amiguinho \u00e9 menininho<\/em>, ou \u00e9 um p\u00e1ssaro – pequeno, lindo e cheio de ternura – ou uma deliciosa nuvem que tem uma cor diferente, mas que \u00e9 t\u00e3o amiga, mas t\u00e3o amiga, que quando a busca, ela vem grandona e abra\u00e7a voc\u00ea com o abra\u00e7o dos que amam s\u00f3 porque amam e pronto!<\/p>\n

Desejo que o personagem criado por cada um de voc\u00eas habite o seu cora\u00e7\u00e3o agora, j\u00e1! \u00c9 uma ordem, ainda que muito am\u00e1vel! Voc\u00eas todos v\u00e3o adorar e nunca mais se sentir\u00e3o sozinhos.<\/p>\n

Obs.:<\/u> O Pequeno Pr\u00edncipe<\/em> \u00e9 um personagem retirado do livro do mesmo nome, cujo autor \u00e9 Antoine de Saint-Exup\u00e9ry<\/p>\n

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