N\u00e3o sou capaz de copiar a natureza como um escravo, sinto-me,pelo contr\u00e1rio,obrigado a interpret\u00e1-la e adapt\u00e1-la ao esp\u00edrito do quadro. (H. Matisse)<\/em><\/strong><\/p>\nO pintor franc\u00eas Henri-\u00c9mile-Benoit Matisse<\/em> (1869 \u2013 1954) nasceu numa fam\u00edlia de pequenos comerciantes de cereais. Teve uma inf\u00e2ncia tranquila, estudando numa boa escola em Saint-Quintin, onde foi um aluno mediano. Seu pai queria que ele viesse a ingressar nos neg\u00f3cios da fam\u00edlia. O futuro artista nutria um especial pendor pelos tecidos, fazendo ele pr\u00f3prio a escolha de suas roupas, vindo mais tarde a pintar panos e a criar tape\u00e7arias e vestu\u00e1rios para os espet\u00e1culos de teatro coreogr\u00e1ficos. Apaixonado pelas experimenta\u00e7\u00f5es de cores e formas, acabou se tornando um dos pintores mais renomados do s\u00e9culo XX.<\/p>\nA composi\u00e7\u00e3o intitulada O Ateli\u00ea Vermelho <\/em>ou ainda Est\u00fadio Vermelho<\/em> \u00e9 uma obra do artista. Ele usou como modelo seu pr\u00f3prio ateli\u00ea \u2013 anteriormente branco \u2013 situado em Issy-les-Moulineaux, no sub\u00farbio de Paris. Uma grande \u00e1rea chapada de cor vermelha \u2013 cor muito usada nos trabalhos do artista \u2013 comp\u00f5e a arquitetura e a mob\u00edlia do ambiente, demarcadas com arranhaduras na superf\u00edcie vermelha. Ele achava que o vermelho dava uma boa unidade aos demais elementos da obra, sendo capaz de suprimir a ilus\u00e3o de espa\u00e7o. As arranhaduras feitas na tinta vermelha apresentam um amarelo-claro, isto porque o artista, antes de usar o vermelho, pintou a tela com um amarelo bem clarinho que viria a servir de fundo.<\/p>\nAssim como outros artistas (Manet, Monet, Degas, C\u00e9zanne, dentre outros), Matisse procurava excluir a ilus\u00e3o de espa\u00e7o \u2013 vista como um defeito no todo da obra \u2013 norma presente na pintura desde o s\u00e9culo XV e sempre buscada pelo observador que por ela se orienta. Matisse usa aqui o vermelho que, por ser uma cor agressiva, causa forte impacto, abrangendo quase tudo no ambiente, mas, ainda assim, traz a ilus\u00e3o de espa\u00e7o profundo, exatamente o que o artista procurava excluir. Ainda que ele desmonte a perspectiva do est\u00fadio, como vemos no canto \u00e0 esquerda, marcado pela borda da tela rosa, mas que desaparece acima dela, o observador consegue ver o espa\u00e7o como uma sala, ou seja, a ilus\u00e3o ainda se encontra presente.<\/p>\n
Na pintura s\u00e3o apresentados quadros, cer\u00e2micas e pequenas esculturas feitas pelo artista. No meio da parede frontal encontra-se um rel\u00f3gio circular \u2013 eixo central da composi\u00e7\u00e3o \u2013 sem os ponteiros, como se o tempo ali n\u00e3o importasse. Na parede tamb\u00e9m est\u00e3o quadros dependurados e outros nela recostados, sobressaindo do mar de vermelho-ferrugem. Uma mesa, com diversos objetos, domina o canto inferior esquerdo da composi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O Ateli\u00ea Vermelho<\/em> em uma pesquisa com 500 pesquisadores em arte ocupou o quinto lugar, como sendo uma das mais influentes obras de arte moderna.<\/p>\nFicha t\u00e9cnica
\n<\/u>Ano: 1911
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 162 x 219 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu de Arte Moderna, Nova York, EUA<\/p>\n
Fontes de Pesquisa:
\n<\/u>Hist\u00f3ria da arte no ocidente\/ Editora Rideel
\nhttps:\/\/www.henrimatisse.org\/the-red-studio.jsp
\nhttps:\/\/en.wikipedia.org\/wiki\/L%27Atelier_Rouge<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho N\u00e3o sou capaz de copiar a natureza como um escravo, sinto-me,pelo contr\u00e1rio,obrigado a interpret\u00e1-la e adapt\u00e1-la ao esp\u00edrito do quadro. (H. Matisse) O pintor franc\u00eas Henri-\u00c9mile-Benoit Matisse (1869 \u2013 1954) nasceu numa fam\u00edlia de pequenos comerciantes de cereais. Teve uma inf\u00e2ncia tranquila, estudando numa boa escola em Saint-Quintin, onde foi […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37456"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=37456"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37456\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48088,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/37456\/revisions\/48088"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=37456"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=37456"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=37456"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}