![\"pp7\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2013\/04\/pp7.jpg\")
<\/a> \u00a0\u00a0 ![\"pp8\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2013\/04\/pp8.jpg\")
<\/a><\/p>\nA religi\u00e3o crist\u00e3 surgiu em oposi\u00e7\u00e3o ao paganismo materialista. Esse se baseava na idolatria de imagens deificadas. Os dirigentes do novo culto, partindo do princ\u00edpio de que Deus \u00e9 por ess\u00eancia apenas esp\u00edrito e s\u00f3 espiritualmente poderia ser concebido, proibiram a cria\u00e7\u00e3o em suporte material de qualquer imagem ou figura, pois tal cria\u00e7\u00e3o poderia levar os fi\u00e9is \u00e0 mesma esp\u00e9cie de idolatria do paganismo greco-romano. Esta proibi\u00e7\u00e3o, por\u00e9m, originara grav\u00edssimo problema: os novos adeptos estavam saindo, em sua quase totalidade, da massa inculta para um culto em forma\u00e7\u00e3o. Para se ter ideia do problema, de conformidade com dados extra\u00eddos da Enciclop\u00e9dia Larousse, dentro de cada universo de mil habitantes do mundo, no princ\u00edpio do primeiro s\u00e9culo de nossa era, apenas um tinha acesso pelo menos ao aprendizado da leitura. Ora, sendo quase nula a capacidade de abstra\u00e7\u00e3o do povo ignorante, carecia este do concreto e f\u00edsico, somente atrav\u00e9s do que poderia atingir o dogma. Isto seria imposs\u00edvel, sem algo representativo a sugerir e a vincular ao seu aspecto vis\u00edvel a idea\u00e7\u00e3o de todas aquelas verdades que se pretendiam transmitir.<\/p>\n
Estava criado o impasse e uma das partes devia ceder. O povo, contudo, \u00e9 o que \u00e9 por si mesmo, naturalmente, nas pulsa\u00e7\u00f5es vegetativas do complexo social ao longo da exist\u00eancia. O povo n\u00e3o \u00e9 um c\u00e9rebro que para, pensa e decide, mas cora\u00e7\u00e3o que recebe, acaricia e transforma em anelo. Transigir competia, pois, aos l\u00edderes da Igreja, admitindo a figura\u00e7\u00e3o pl\u00e1stica como ve\u00edculo de sua difus\u00e3o e afirma\u00e7\u00e3o, conquanto a mesma tivesse finalidade did\u00e1tica, evitasse toda possibilidade idol\u00e1trica, evitando o corp\u00f3reo, o f\u00edsico, e apreendesse das verdades dogm\u00e1ticas exclusivamente o seu lado simb\u00f3lico. E, assim, no dizer de Germain Bazin, \u201ca arte se converteu numa linguagem para traduzir em formas a verdade do dogma\u201d.<\/p>\n
Assiste-se ent\u00e3o ao florescimento de um extenso vocabul\u00e1rio aleg\u00f3rico e mesmo esot\u00e9rico, perfeitamente afinado com os des\u00edgnios da religi\u00e3o, cujos rituais e mist\u00e9rios, em suas mais variadas representa\u00e7\u00f5es, se viram adequadamente traduzidos. Contudo, n\u00e3o \u00e9 na figura\u00e7\u00e3o linear, pintada ou imaginativa, onde podemos encontrar a melhor realiza\u00e7\u00e3o desse artista \u00e0 procura da simbologia. Foi na pesquisa da arquitetura da igreja, na elabora\u00e7\u00e3o do templo e em seu significado arquitet\u00f4nico, onde ele com mais intensidade se realizou, conseguindo para o \u00eaxtase, a que pretendia o culto ascender, uma express\u00e3o ideal no planejamento e na estrutura\u00e7\u00e3o de suas constru\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Ilustra\u00e7\u00e3o: Views: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria do Prof. Pierre Santos \u00a0 \u00a0\u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00a0 \u00a0\u00a0 A religi\u00e3o crist\u00e3 surgiu em oposi\u00e7\u00e3o ao paganismo materialista. Esse se baseava na idolatria de imagens deificadas. Os dirigentes do novo culto, partindo do princ\u00edpio de que Deus \u00e9 por ess\u00eancia apenas esp\u00edrito e s\u00f3 espiritualmente poderia ser concebido, proibiram a […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[13],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3756"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=3756"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3756\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":23529,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/3756\/revisions\/23529"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=3756"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=3756"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=3756"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}
\n<\/span>1. O Bom Pastor e suas ovelhas \u2013 Pint. Catacumb\u00e1ria
\n2. Cesta de p\u00e3es e o Peixe \u2013 s\u00edmbolo da eucaristia.<\/p>\n