<\/a><\/strong><\/p>\nEstudos cl\u00ednicos e neurobiol\u00f3gicos atestam que a solid\u00e3o gera um estresse sombrio para o corpo e a mente. As pessoas que vivem isoladas mostram-se tristes e doentias. Isto porque a capacidade de compreens\u00e3o e a sensibilidade do solit\u00e1rio acabam se tornando insensibilizadas pelos efeitos do horm\u00f4nio do estresse, o que compromete sua sa\u00fade, ao enfraquecer seu sistema biol\u00f3gico.<\/p>\n
\u00c9 interessante notar como certas culturas enaltecem a solid\u00e3o (a alem\u00e3, por exemplo) enquanto outras abominam-na (a exemplo da indiana). Ao contr\u00e1rio dos asi\u00e1ticos, os europeus n\u00e3o conseguem entender o porqu\u00ea de eles sentirem tanta necessidade de contato social. De acordo com o Professor Martin Seligman, o pai da psicologia positiva, \u201cO individualismo ocidental \u00e9 o respons\u00e1vel pela dissemina\u00e7\u00e3o quase epid\u00eamica da depress\u00e3o entre n\u00f3s\u201d.<\/p>\n
O que dizer, ent\u00e3o, do mundialmente conhecido prov\u00e9rbio que reza \u201cAntes s\u00f3 do que mal acompanhado\u201d? Ele cont\u00e9m uma grande verdade, n\u00e3o se opondo \u00e0 necessidade de contato social, ao contr\u00e1rio, apenas reafirma-a. O que ele quer dizer \u00e9 que o conv\u00edvio social \u00e9 t\u00e3o importante e exerce tamanha influ\u00eancia nas pessoas que uma companhia ruim pode causar um grande dano, tanto ao equil\u00edbrio ps\u00edquico como ao corpo.<\/p>\n
Os casais que vivem mal, por exemplo, t\u00eam o sistema imunol\u00f3gico afetado. E quanto maior for a hostilidade entre eles, mais desregulado torna-se tal sistema \u201crespons\u00e1vel por combater as invas\u00f5es de germe no organismo\u201d, uma vez que o estresse enfraquece as defesas imunol\u00f3gicas, segundo pesquisa realizada pela psiquiatra Janice Kielcot-Glaser e seu marido, o imunologista Robert Glaser. Portanto, quando n\u00e3o se tem simpatia pela pessoa com quem se convive, e n\u00e3o h\u00e1 uma maneira para reverter a situa\u00e7\u00e3o, o melhor mesmo \u00e9 colocar o prov\u00e9rbio acima em a\u00e7\u00e3o. For\u00e7ar um conv\u00edvio estressante resultar\u00e1 em s\u00e9rios danos \u00e0 sa\u00fade.<\/p>\n
Pesquisas mostram que as pessoas solit\u00e1rias tendem a perder a autoestima. Como ser social, que gosta de compartilhar suas alegrias e tristezas, o homem necessita de contato com os de sua esp\u00e9cie, tanto \u00e9 que as subst\u00e2ncias da felicidade (j\u00e1 estudadas em outro texto) tamb\u00e9m estimulam o contato social. Por que somos mais soci\u00e1veis, quando estamos de bom humor? A resposta \u00e9 muito simples. Quando est\u00e1 bem-humorada, a pessoa sente-se mais confiante para travar rela\u00e7\u00f5es. Seus temores de ser rejeitada ou julgada desaparecem.<\/p>\n
O neurocientista e psicobi\u00f3logo Jaak Panksepp, respons\u00e1vel por cunhar o termo \u201cneuroci\u00eancia afetiva\u201d (nome do campo que estuda os mecanismos neurais da emo\u00e7\u00e3o), relatou em seus estudos que \u201ca busca de contato com outras pessoas deve-se, sobretudo, ao medo que temos da solid\u00e3o\u201d. Por sua vez Stefan Klein, biof\u00edsico alem\u00e3o, afirma que \u201cquanto mais pr\u00f3ximos estamos uns dos outros, mais doamos de n\u00f3s mesmos; e quanto mais damos e recebemos, mais unidos n\u00f3s nos sentimos\u201d.<\/p>\n
Nota:<\/u> ilustra\u00e7\u00e3o \u2013 Melancolia<\/em>, obra de Edvard Munch<\/p>\nFonte de pesquisa:
<\/u>A F\u00f3rmula da Felicidade \u2013 Stefan Klein \u2013 Editora Sextante<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho Estudos cl\u00ednicos e neurobiol\u00f3gicos atestam que a solid\u00e3o gera um estresse sombrio para o corpo e a mente. As pessoas que vivem isoladas mostram-se tristes e doentias. Isto porque a capacidade de compreens\u00e3o e a sensibilidade do solit\u00e1rio acabam se tornando insensibilizadas pelos efeitos do horm\u00f4nio do estresse, o que […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[39],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/38355"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=38355"}],"version-history":[{"count":4,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/38355\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":49756,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/38355\/revisions\/49756"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=38355"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=38355"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=38355"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}