{"id":3964,"date":"2013-05-01T00:07:06","date_gmt":"2013-05-01T03:07:06","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=3964"},"modified":"2022-07-26T17:59:42","modified_gmt":"2022-07-26T20:59:42","slug":"claude-monet-vistas-da-catedral-de-rouen","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/claude-monet-vistas-da-catedral-de-rouen\/","title":{"rendered":"Monet – VISTAS DA CATEDRAL DE ROUEN"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \"ruen1\"<\/a> \u00a0\u00a0 \"ruen2\"<\/a>\u00a0\u00a0\u00a0 \"ruen3\"<\/a><\/b><\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \"ruen4\"<\/a>\u00a0\u00a0\u00a0 \"ruen5\"<\/a> \u00a0\u00a0 \"ruen6\"<\/a><\/p>\n

Todos os dias eu capto e me surpreendo como alguma coisa que ainda n\u00e3o tinha sabido ver. Que dif\u00edcil de fazer \u00e9 essa catedral! Quanto mais avan\u00e7o, mais me fatiga restituir o que sinto; eu me digo que aquele que diz ter terminado uma tela \u00e9 um terr\u00edvel orgulhoso. (Monet)<\/i><\/b><\/p>\n

Na verdade, neste monumento g\u00f3tico, est\u00e1 o extremo da s\u00f3lida realidade que, mediante a observa\u00e7\u00e3o e habilidade de Monet, transformou-se em evanescente fantasia. (Perry T. Rathbone)<\/strong><\/em><\/p>\n

Monet fez v\u00e1rios quadros paisag\u00edsticos em que inseriu igrejas e catedrais. Mas nesta s\u00e9rie, ele pegou como tema \u00fanico a Catedral de Rouen<\/i>. Foram pintadas cerca de trinta telas, nas quais o artista reproduz o jogo de luz e as in\u00fameras mudan\u00e7as na atmosfera em v\u00e1rios momentos do dia, atrav\u00e9s da fachada da catedral. Aqui o tema central n\u00e3o \u00e9 a catedral, pois sua arquitetura \u00e9 quase impercept\u00edvel, mas a varia\u00e7\u00e3o da luz sobre sua fachada em diversos momentos do dia. Essa s\u00e9rie \u00e9 famosa no mundo inteiro.<\/p>\n

O pintor chegou a duvidar de sua capacidade de poder transferir para a tela as diferentes mudan\u00e7as crom\u00e1ticas, ao pintar a Catedral de Rouen<\/i> em diferentes momentos. Ele desabafou dizendo que \u201ctudo muda, inclusive a pedra\u201d. A s\u00e9rie foi pintada durante os meses de inverno de 1892 e 1893, como ele via a catedral\u00a0 da janela de onde se encontrava (num quarto alugado em cima de uma loja do lado oposto da pra\u00e7a fronteira \u00e0\u00a0 catedral) em diferentes momentos do dia. Em todas as pinturas a fachada da Catedral de Rouen ocupa sempre o primeiro plano. \u00c9 poss\u00edvel ver como a luz, ao incidir sobre aquelas formas complexas, altera a forma e a cor, num jogo de imensa beleza. Ele trabalhou seu olhar, n\u00e3o para ver o modelo, mas, sim, a luz que o envolvia e a atmosfera que se mostrava entre ele e o objeto de sua aten\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Para pintar os in\u00fameros quadros da s\u00e9rie, Monet submeteu-se a um grande n\u00famero de sess\u00f5es, indiferentemente da hora do dia e do tempo. Ele pintou sob o sol, sob a n\u00e9voa, ao amanhecer, ao entardecer\u2026 O m\u00e9todo empregado era a substitui\u00e7\u00e3o de telas de acordo com as varia\u00e7\u00f5es da luz. Ele trabalhou no tema em dois per\u00edodos distintos,\u00a0 havendo um intervalo de cerca de um ano. Antes de iniciar a sua pintura, estudou a constru\u00e7\u00e3o e os efeitos luminosos. O seu ateli\u00ea foi montado de frente para a catedral.<\/p>\n

De um total de trinta telas da Catedral de Rouen<\/i>, apresentada como se fosse imaterial, foram expostas vinte em 1894. Na \u00e9poca, o jornalista Georges Clemenceau que viria a ser primeiro-ministro da Fran\u00e7a e tamb\u00e9m respons\u00e1vel pela doa\u00e7\u00e3o das “Ninfeias” ao Estado franc\u00eas, mostrou a sua preocupa\u00e7\u00e3o no sentido de que as telas viessem a ser vendidas separadamente, pois, para ele, todo o bloco constitu\u00eda um \u00fanico trabalho, ou seja, uma \u00fanica obra dividida em vinte sequ\u00eancias, al\u00e9m de ser a prova da fascina\u00e7\u00e3o e dedica\u00e7\u00e3o do artista ao Impressionismo.<\/p>\n

Artistas e cr\u00edticos acolheram muito bem essa s\u00e9rie de Monet, pois se tratava de um grande acontecimento. Como escreveu Georges Clemenceu, ela dizia respeito a \u201cuma forma nova de olhar, de sentir, de expressar uma revolu\u00e7\u00e3o\u201d<\/i>. Tanto \u00e9 que artistas como Picasso, Braque ou Lichtenstein viram a s\u00e9rie de pinturas sobre a Catedral de Rouen<\/i> como \u201cde import\u00e2ncia fundamental na hist\u00f3ria da arte\u201d<\/i>, pois \u201cobrigaria gera\u00e7\u00f5es inteiras a mudar suas concep\u00e7\u00f5es\u201d<\/i>.<\/p>\n

Nota:<\/span> A primeira gravura trata-se da reprodu\u00e7\u00e3o de uma foto da catedral.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica:<\/span> (catedral azul)
\nAno: 1893
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 106 x 73 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu d`Orsay, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n

Fontes de Pesquisa:
\n<\/span>Claude Monet\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nGrandes Mestres da Pintura\/ Editora Abril
\nEnciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador
\nMonet\/ Editora Taschen
\nMonet\/ Editora Girassol<\/p>\n

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