{"id":40403,"date":"2020-08-10T18:15:30","date_gmt":"2020-08-10T21:15:30","guid":{"rendered":"https:\/\/virusdaarte.net\/?p=40403"},"modified":"2022-09-11T17:56:34","modified_gmt":"2022-09-11T20:56:34","slug":"a-arte-pop","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-arte-pop\/","title":{"rendered":"A ARTE POP"},"content":{"rendered":"\n

Autoria de Lu Dias Carvalho
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\"\"<\/a><\/p>\n

O movimento art\u00edstico intitulado Pop Art tinha como objetivo fazer um ju\u00edzo desdenhoso da sociedade de consumo. O cr\u00edtico ingl\u00eas Lawrence Alloway foi o respons\u00e1vel pela cria\u00e7\u00e3o do termo, ao aludir-se a uma arte popular que usava como tema produtos industrializados do dia a dia das pessoas, a imagem de artistas de cinema famosos ou cantores populares, signos de publicidade, hist\u00f3rias em quadrinhos, etc. A Pop Art, portanto, nasceu como uma rea\u00e7\u00e3o \u00e0 filosofia da pintura abstrata do p\u00f3s-guerra, cujo lema era a \u201carte pela arte\u201d. Suas ra\u00edzes estavam fincadas no Dada\u00edsmo e nos ready-mades*<\/em> de Marcel Duchamp, por\u00e9m as imagens da cultura popular que os jovens viam em seu entorno ofereciam aquilo que eles necessitavam para ir contra o conservadorismo na arte mundial. A rejei\u00e7\u00e3o ao Expressionismo abstrato no que diz respeito \u00e0s t\u00e9cnicas pict\u00f3ricas, induziu os artistas pop a retomar o estilo figurativo, as linhas simples e as cores puras.<\/p>\n

O termo \u201cpop art\u201d foi usada pela primeira vez em meados dos anos 1950, com a finalidade de descrever o trabalho de um grupo de jovens ingleses, quando Jasper Johns passou a ajuntar objetos da vida cotidiana e elementos da cultura popular em sua obra. Os astros deste movimento pintavam seus trabalhos com cores vibrantes e em tamanho grande, a fim de transformar o realismo em hiper-realismo. Infelizmente a cr\u00edtica que fizeram n\u00e3o atingiu o objetivo pretendido, pois os trabalhos produzidos acabaram estimulando o consumo dos produtos usados nas respectivas obras de art. A Pop Art atingiu as massas ao utilizar objetos que lhes eram comuns, a exemplo do quadro \u201cGarrafas de Coca-Cola Verdes\u201d de Andy Warhol. Alguns artistas da Pop Art j\u00e1 tinham passado pela arte comercial.<\/p>\n

Dentre os artistas da Pop Art, Andy Warhol e Roy Litchenstein merecem destaque, sendo que o ingl\u00eas Richard Hamilton \u00e9 tido como um dos pioneiros da Pop Art. O primeiro usou principalmente a t\u00e9cnica da serigrafia para dar colorido a uma arte que objetivava apresentar objetos produzidos em s\u00e9rie, mecanicamente, para o consumo. Lichtenstein trabalhava \u00e0 m\u00e3o, o que se fazia no setor gr\u00e1fico, simulando os pontos reticulados fazendo pontos, de modo semelhante ao usado pelos artistas do Pontilhismo. O uso de contorno preto e cores vivas causavam forte impacto no visual. Ele passou a pintar hist\u00f3ria em quadrinhos como tema. Como os quadros com personagens das hist\u00f3rias originais eram vistos fora do contexto, seus trabalhos transformaram-se em s\u00edmbolos do mundo moderno.<\/p>\n

A Pop Art foi o movimento dominante dos anos 1960 e 1970 na Inglaterra e nos EUA, mas n\u00e3o se pode dizer que primasse pela coer\u00eancia, pois os artistas tinham projetos e trajet\u00f3rias diferentes. Foi praticamente um fen\u00f4meno da Gr\u00e3-Bretanha e dos Estados Unidos. Pelo fato de retirar suas imagens da cultura popular, acabou se transformando-se num grande sucesso comercial, pois ao apresentar imagens de arte comercial ganhou uma conota\u00e7\u00e3o mais de produ\u00e7\u00e3o em massa que de individualidade. As obras eram cheias de humor sat\u00edrico, mostrando os valores consumistas e as obsess\u00f5es da sociedade contempor\u00e2nea. O mais paradoxal \u00e9 que, embora os artistas da Pop Art ambicionassem acabar com a dist\u00e2ncia entre a cultura de elite e a de massas, terminaram, na maioria das vezes, refor\u00e7ando essa barreira, ao vender suas obras para galerias e colecionadores por pre\u00e7os exorbitantes. O pr\u00f3prio Andy Warhol aludia ao valor monet\u00e1rio da arte, tanto \u00e9 que o cr\u00edtico Morse Peckman em 1917 escreveu sobre suas obras: \u201cElas n\u00e3o deixam nada para o cr\u00edtico fazer e nada para o p\u00fablico fazer, exceto compr\u00e1-las, se forem tolos, coisa que a maioria seguramente \u00e9\u201d.<\/p>\n

Os artistas brasileiros da d\u00e9cada de 1960 tamb\u00e9m fizeram uso da serigrafia, contudo aqui foi usada como ve\u00edculo para a denuncia\u00e7\u00e3o social e pol\u00edtica. Podem ser citados: Jos\u00e9 Roberto Aguilar e Wesley Duke Lee,<\/p>\n

*Termo criado por Marcel Duchamp (1887-1968) para designar um tipo de objeto por ele elaborado que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem crit\u00e9rios est\u00e9ticos e expostos como obras de arte em espa\u00e7os especializados.<\/p>\n

Nota:<\/u> a obra que ilustra este texto, No Carro <\/em>(1963), \u00e9 do artista Roy Lichtenstein.<\/p>\n

Obs.:<\/u> Reforce seus conhecimentos com artigos referentes a este estilo:
Andy Warhol \u2013 D\u00cdPTICO MARILYN<\/a>
<\/strong>
Lichtenstein \u2013 MO\u00c7A COM BOLA<\/strong><\/a>
Teste \u2013 A ARTE POP<\/a><\/strong><\/p>\n

Fontes de pesquisa
<\/u>Tudo sobre arte\/ Editora Sextante
Manual compacto de arte\/ Editora Rideel
A hist\u00f3ria da arte\/ E. H. Gombrich
Hist\u00f3ria da arte\/ Folio
Arte\/ Publifolha<\/p>\n

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Autoria de Lu Dias Carvalho O movimento art\u00edstico intitulado Pop Art tinha como objetivo fazer um ju\u00edzo desdenhoso da sociedade de consumo. O cr\u00edtico ingl\u00eas Lawrence Alloway foi o respons\u00e1vel pela cria\u00e7\u00e3o do termo, ao aludir-se a uma arte popular que usava como tema produtos industrializados do dia a dia das pessoas, a imagem de […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[49],"tags":[],"class_list":["post-40403","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-estilos-da-arte"],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/40403","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=40403"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/40403\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48327,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/40403\/revisions\/48327"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=40403"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=40403"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=40403"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}