Mil\u00e3o<\/span> foram importantes centros de fabrica\u00e7\u00e3o e de distribui\u00e7\u00e3o, possuindo uma significante classe m\u00e9dia e um n\u00edvel de educa\u00e7\u00e3o maior; 3. essa parte da It\u00e1lia estava dividida em cidades-estados \u2014 diferindo do restante da Europa \u2014, sendo que seus habitantes comungavam os mesmos elementos de orgulho c\u00edvico e de identidade \u2014 caracter\u00edsticas fundamentais para o surgimento do Renascimento na pen\u00ednsula italiana.<\/p>\nAs inova\u00e7\u00f5es no limiar do Renascimento passaram a ser compreendidas pela sociedade. Os eruditos e os artistas da It\u00e1lia do Norte eram cada vez mais prestigiados, trabalhando para as pessoas mais importantes das cidades que cresciam velozmente com a sa\u00edda da nobreza do campo. A tem\u00e1tica sobre arte e literatura abrangia um p\u00fablico cada vez maior, sendo usada para louvar as dinastias e as fa\u00e7anhas militares.<\/p>\n
A m\u00e1xima de Arist\u00f3teles de que “quem n\u00e3o \u00e9 um cidad\u00e3o n\u00e3o \u00e9 um homem, uma vez que o homem \u00e9 por natureza um ser c\u00edvico”, propagou com for\u00e7a entre as cidades italianas. Mais uma vez podemos notar como o desenvolvimento de uma cultura c\u00edvica com consci\u00eancia pr\u00f3pria \u00e9 ben\u00e9fica a um povo em qualquer que seja o tempo, a exemplo da It\u00e1lia do Norte, respons\u00e1vel por infundir a concep\u00e7\u00e3o de renova\u00e7\u00e3o cl\u00e1ssica \u2014 uma das partes mais interessantes e ricas da hist\u00f3ria da humanidade, conhecida como Renascimento. Tal est\u00edmulo deve ser, sem d\u00favida alguma,\u00a0 um dever de todo pol\u00edtico que preza o crescimento cultural, econ\u00f4mico e social de seu pa\u00eds.<\/p>\n
Enquanto isso acontecia na It\u00e1lia, a Europa ao norte dos Alpes encontrava-se sob a tutela de governantes territoriais e de uma nobreza rural inculta, envolvida apenas com a “ca\u00e7a, mulheres e banquetes”, desprovida dos valores c\u00edvicos que al\u00e7avam a It\u00e1lia a um novo patamar. Entretanto, tornava-se mais f\u00e1cil para que as ideias renascentistas alcan\u00e7assem os reinados principescos e aristocr\u00e1ticos da Fran\u00e7a, da Inglaterra e do norte da Europa, tanto pela passagem de invasores estrangeiros usando a It\u00e1lia quer pelo desenvolvimento das t\u00e9cnicas de impress\u00e3o que apressaram a propaga\u00e7\u00e3o do Renascimento no norte dos Alpes.\u00a0 O Renascimento italiano, ao atravessar os Alpes, fundiu-se com tend\u00eancias culturais mais antigas da pintura francesa e da flamenga.<\/p>\n
A hist\u00f3ria do Renascimento fora da It\u00e1lia est\u00e1 mesclada por grandes mudan\u00e7as no campo pol\u00edtico e religioso da Europa no s\u00e9culo XVI. Enquanto na Idade M\u00e9dia a religi\u00e3o cat\u00f3lica era respons\u00e1vel pela unifica\u00e7\u00e3o da Europa, a Reforma de Martinho Lutero (1483-1546), iniciada no s\u00e9culo XVI na Alemanha, foi respons\u00e1vel por dividi-la, jogando por terra o ideal de uma rep\u00fablica crist\u00e3 unida. E, como a arte \u00e9 consequ\u00eancia dos acontecimentos de um determinado tempo, o Renascimento n\u00e3o ficou imune \u00e0s mudan\u00e7as. Embora se tratasse de um movimento cultural europeu, tomando o continente como um todo, o Renascimento foi moldado de acordo com as circunst\u00e2ncias e condi\u00e7\u00f5es particulares de cada um dos pa\u00edses por onde se irradiou. Assim, n\u00e3o existiu uma uniformidade cultural, mas uma diversidade de movimentos.<\/p>\n
Exerc\u00edcio:
<\/u>Para o enriquecimento deste texto\/aula os participantes dever\u00e3o responder \u00e0s quest\u00f5es abaixo:<\/p>\n
1. Como era a It\u00e1lia no limiar do Renascimento?
2. Qual foi a import\u00e2ncia da It\u00e1lia do Norte?
3. Como foi o Renascimento na Europa ao norte dos Alpes?<\/p>\n
Fonte de pesquisa
<\/u>A Hist\u00f3ria da Arte \/ Prof. E. H. Gombrich
Renascimento\/ Nicholas Mann
Arte e vida na It\u00e1lia Renascentista \/ Cole\u00e7\u00e3o Folio<\/p>\n
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Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00a0 (Clique no mapa para ampli\u00e1-lo.) Antes de entrarmos na hist\u00f3ria da arte renascentista propriamente dita, faz-se necess\u00e1rio conhecermos um pouco mais sobre como se encontrava a It\u00e1lia nos s\u00e9culos XIV e XV (os chamados s\u00e9culos da anarquia feudal), politicamente dividida entre v\u00e1rias fam\u00edlias. Do s\u00e9culo XIII […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[50],"tags":[],"class_list":["post-41040","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-historia-da-arte"],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/41040","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=41040"}],"version-history":[{"count":8,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/41040\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48420,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/41040\/revisions\/48420"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=41040"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=41040"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=41040"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}