{"id":43697,"date":"2021-09-24T00:03:00","date_gmt":"2021-09-24T03:03:00","guid":{"rendered":"https:\/\/virusdaarte.net\/?p=43697"},"modified":"2022-09-13T18:57:48","modified_gmt":"2022-09-13T21:57:48","slug":"arte-inglesa-no-sec-xviii-aula-no-75","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/arte-inglesa-no-sec-xviii-aula-no-75\/","title":{"rendered":"ARTE INGLESA NO S\u00c9C. XVIII (Aula n\u00ba 75)"},"content":{"rendered":"\n
Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0\u00a0 <\/a>\u00a0 <\/a>\u00a0 <\/a> Apesar de os pa\u00edses protestantes ficarem sensibilizados com o esplendor do Barroco, esses n\u00e3o se agregaram a tal estilo. A Inglaterra, por exemplo, n\u00e3o era chegada ao gosto e \u00e0s concep\u00e7\u00f5es dos pa\u00edses cat\u00f3licos. Seu mais importante arquiteto foi Christopher Wren<\/em> (1632-1723), respons\u00e1vel por reconstruir igrejas londrinas que pereceram no inc\u00eandio de 1666. Suas obras comprovam que ele foi influenciado pela arquitetura barroca, embora nunca tenha estado em Roma. Suas obras pautam pelo comedimento e pela sobriedade, nada existindo de extravagante e fant\u00e1stico.<\/p>\n Os parques e jardins ingleses distanciavam-se daqueles do estilo do Pal\u00e1cio de Versalhes, vistos pelos ingleses como absurdos e artificiais, pois, segundo a vis\u00e3o de seus artistas, esses deviam expressar a beleza da natureza, mostrando uma cole\u00e7\u00e3o de cen\u00e1rios naturais a seduzir os olhos das pessoas. Foi assim que nasceu o “jardim paisag\u00edstico” ingl\u00eas que circundavam os pal\u00e1cios. Segundo o Prof. E.H. Gombrich, “As ideias deles sobre que aspecto a natureza devia ter foi amplamente derivada da pintura de Claude Lorrain”.<\/p>\n Ao inv\u00e9s de evocar vis\u00f5es grandiosas como as vistas nos templos cat\u00f3licos, a arquitetura protestante objetivava criar em seu interior grandes salas destinadas \u00e0s reuni\u00f5es. Essa foi uma \u00e9poca em que a Inglaterra contou com um n\u00famero muito grande de constru\u00e7\u00f5es, principalmente em meio \u00e0 nobreza com moradias no campo, mas essas eram criadas sem as extravag\u00e2ncias do estilo Barroco em que a dramaticidade era a t\u00f4nica principal, at\u00e9 mesmo porque as verbas eram poucas. Estavam mais voltadas para a arquitetura cl\u00e1ssica, o que tinha como de “bom gosto”.<\/p>\n O protestantismo na Inglaterra atingiu negativamente escultores e pintores. A demanda por arte caiu assustadoramente. A hostilidade dos ingleses puritanos contra as imagens e as obras de luzo foi um pungente golpe na tradi\u00e7\u00e3o art\u00edstica do pa\u00eds. A pintura reduziu-se praticamente \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de retratos e, para piorar para os pintores ingleses, tal busca era por artistas estrangeiros como Holbein e Van Dick que eram chamados \u00e0 Inglaterra, deixando os mestres nativos a ver navios. O que mostra como \u00e0 nobreza interessava suas obras fossem feitas por artistas de renome.<\/p>\n O pintor e gravador ingl\u00eas William Hogarth<\/em> (1697-1764), chateado com a situa\u00e7\u00e3o, compreendeu que, para atrair os puritanos ingleses, a arte deveria trazer uma finalidade clara. Baseando-se em tal premissa, ele passou a criar quadros (ver ilustra\u00e7\u00e3o \u00e0 esquerda) que mostrassem as recompensas da virtude e os castigos advindos do pecado, motor dos p\u00falpitos.<\/p>\n O ingl\u00eas Sir Joshua Reynolds<\/em> (1723-1792) foi um renomado pintor ingl\u00eas que atendia plenamente o gosto da sociedade elegante da Inglaterra da \u00e9poca. Ele acreditava que a grande arte estava ligada \u00e0 impon\u00eancia e \u00e0 grandiosidade (ver ilustra\u00e7\u00e3o central).<\/p>\n Thomas Gainsborough<\/em> (1727-1788) foi o grande rival de Reynolds no campo do retratismo. Ele n\u00e3o gostava de ser convencional, mas espont\u00e2neo em sua arte. Tanto ele quanto Reynolds recebiam grandes encomendas de retratos, embora lhes agradasse pintar outras coisas, mas eram esses a grande fonte econ\u00f4mica para os pintores daquela \u00e9poca (ver ilustra\u00e7\u00e3o \u00e0 direita).<\/p>\n Os ingleses viram-se muito admirados no s\u00e9culo XVIII por todos os povos da Europa, tanto pelas suas institui\u00e7\u00f5es como pela sua arte, per\u00edodo em que come\u00e7ava a deca\u00edda do mundo de ostenta\u00e7\u00e3o dos aristocratas. Por\u00e9m, ainda segundo o Prof. E. H. Gombrich, “A posi\u00e7\u00e3o dos pintores e escultores ingleses sob o dom\u00ednio do bom gosto e da raz\u00e3o nem sempre foi das mais invej\u00e1veis”.<\/p>\n Ilustra\u00e7\u00f5es:<\/u> 1. As crian\u00e7as de Graham<\/em>, 1742, William Hogarth \/ 2. Ladies Waldegrave<\/em>, 1780, Sir Joshua Reynolds \/ 3. Filhas perseguindo uma borboleta<\/em>, 1756, Thomas Gainsborough<\/p>\n Fonte de pesquisa Views: 69<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0\u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 \u00a0\u00a0(Clique nas imagens para ampli\u00e1-las.) Apesar de os pa\u00edses protestantes ficarem sensibilizados com o esplendor do Barroco, esses n\u00e3o se agregaram a tal estilo. A Inglaterra, por exemplo, n\u00e3o era chegada ao gosto e \u00e0s concep\u00e7\u00f5es dos pa\u00edses cat\u00f3licos. 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<\/u>A Hist\u00f3ria da Arte\/ E. H. Gombrich<\/p>\n