A moderna fabrica\u00e7\u00e3o do a\u00e7\u00facar nos trouxe doen\u00e7as inteiramente novas. O a\u00e7\u00facar nada mais \u00e9 do que um \u00e1cido cristalizado que est\u00e1 provocando a degenera\u00e7\u00e3o dos seres humanos e \u00e9 hora de insistir num esclarecimento geral. (Robert Boisler)<\/em><\/strong><\/p>\nDesde que a humanidade existe o organismo animal est\u00e1 adaptado \u00e0 rela\u00e7\u00e3o matem\u00e1tica existente entre alimentos e calorias. Quando o Australopitecus capturava um animal e o comia, ou um chin\u00eas, h\u00e1 cinco mil anos, comia uma tigela de arroz, seu p\u00e2ncreas sabia qual a quantidade de insulina que deveria produzir para aquela quantidade de comida. Uma esp\u00e9cie de calculadora biol\u00f3gica combinada com uma esp\u00e9cie de sistema end\u00f3crino de inje\u00e7\u00e3o eletr\u00f4nica, preparado pela evolu\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies, entravam em a\u00e7\u00e3o prontamente. O organismo lidava com um bolo de alimento que ao mesmo tempo nutria e fornecia energia. Esse mecanismo biol\u00f3gico veio a ser perturbado depois da intromiss\u00e3o do a\u00e7\u00facar na mesa da humanidade.<\/p>\n
O a\u00e7\u00facar n\u00e3o era um novo alimento que estava chegando \u00e0 mesa, mas um produto qu\u00edmico, uma subst\u00e2ncia n\u00e3o nutritiva que apenas adicionava calorias aos alimentos, al\u00e9m de sabor doce. Calorias in\u00fateis que se revelaram nocivas \u00e0 sa\u00fade. O a\u00e7ucareiro deu uma cotovelada no pote de mel da mesa e se instalou como um ado\u00e7ante com pretens\u00f5es hegem\u00f4nicas. Com o advento do a\u00e7\u00facar na mesa da humanidade o ser humano se viu diante de uma situa\u00e7\u00e3o nova, para a qual seu organismo n\u00e3o estava preparado: a de lidar com um bolo de alimentos que quebrava aquela antiga rela\u00e7\u00e3o alimento\/caloria, com a qual estava acostumado desde os tempos de seu av\u00f4 Australopitecus.<\/p>\n
O a\u00e7\u00facar, adicionado \u00e0 comida, provoca rea\u00e7\u00f5es complexas nos sistemas hormonais end\u00f3crino, par\u00e1crino e aut\u00f3crino. Com o a\u00e7ucaramento da dieta a calculadora biol\u00f3gica entrou em pane ao passar a lidar com um bolo de alimentos estranhamente enriquecido de calorias, o que demanda mais insulina. Conforme Arthur Guyton, o tr\u00e2nsito de glicose para o interior das c\u00e9lulas, quando o p\u00e2ncreas secreta grandes quantidades de insulina, \u00e9 dez ou mais vezes mais r\u00e1pido que o normal. A dieta a\u00e7ucarada criou uma situa\u00e7\u00e3o de estresse permanente no metabolismo. Segundo a m\u00e9dica portuguesa Lu\u00edsa Sagreira, a hiperinsulinemia \u00e9 respons\u00e1vel por altera\u00e7\u00f5es lip\u00eddicas e das prote\u00ednas, aumento de VLDL (colesterol ruim) e de triglicer\u00eddeos, diminui\u00e7\u00e3o de HDL (colesterol bom), hipertens\u00e3o arterial, possibilidade de se acompanhar de toler\u00e2ncia diminu\u00edda \u00e0 glicose e, por \u00faltimo, \u00e9 respons\u00e1vel por uma mortalidade cardiovascular aumentada e prematura.<\/p>\n
O a\u00e7ucaramento da dieta humana tem sido progressivo. O doutor Atkins adverte: \u201cQuanto mais a\u00e7\u00facar voc\u00ea come, mais anormal torna-se a resposta do organismo ao a\u00e7\u00facar\u201d. Ante a dieta a\u00e7ucarada, o p\u00e2ncreas reage produzindo uma quantidade de insulina maior para fazer face \u00e0s calorias extras, funcionando em ritmo de trabalho for\u00e7ado. A insulina ajuda a transformar o a\u00e7\u00facar extra em gordura, gerando obesidade e seus corol\u00e1rios m\u00f3rbidos. A continuidade desse processo torna a insulina cada vez menos eficaz. Essa resist\u00eancia insul\u00ednica provoca pane no pr\u00f3prio mecanismo de administra\u00e7\u00e3o da insulina.<\/p>\n
Ao perturbar o funcionamento do metabolismo do corpo, atrav\u00e9s da dieta a\u00e7ucarada, a revolu\u00e7\u00e3o do a\u00e7\u00facar inaugurou na hist\u00f3ria da humanidade a era das doen\u00e7as cr\u00f4nicas, metab\u00f3licas e degenerativas, uma s\u00e9rie de novas doen\u00e7as n\u00e3o transmiss\u00edveis para as quais a medicina n\u00e3o estava preparada. Come\u00e7ando pelas c\u00e1ries dent\u00e1rias, o a\u00e7\u00facar abre caminho para o lento desenvolvimento de doen\u00e7as num leque bem conhecido: sobrepeso, obesidade, hipertens\u00e3o, diabetes e doen\u00e7as cardiovasculares. Tais doen\u00e7as s\u00e3o t\u00e3o relacionadas entre si que a medicina j\u00e1 criou o conceito de S\u00edndrome X<\/em> ou plurimetab\u00f3lica<\/em> que empacota v\u00e1rias delas.<\/p>\nQuando voc\u00ea ler ou ouvir a palavra \u201ca\u00e7\u00facares\u201d tome cuidado, pois est\u00e3o querendo engan\u00e1-lo: trata-se da \u201cteoria dos a\u00e7\u00facares\u201d. Segundo ela, existem diversos tipos de a\u00e7\u00facar. Sem contar aquela hist\u00f3ria de que tudo o que voc\u00ea come (p\u00e3o, batata, verduras e legumes, etc.) em sua barriga vai tudo virar a\u00e7\u00facar. O objetivo dessa teoria complexa \u00e9 ocultar por mimetismo o \u00fanico a\u00e7\u00facar que faz mal ao ser humano. Ele mesmo, o a\u00e7\u00facar propriamente dito, o habitante do a\u00e7ucareiro que os qu\u00edmicos chamam de sacarose refinada<\/u>. O a\u00e7\u00facar encontra-se camuflado na floresta dos a\u00e7\u00facares, mas o objetivo do meu livro \u00e9 justamente segur\u00e1-lo pelo rabo, sacudi-lo e denunci\u00e1-lo, como sendo o \u00fanico a\u00e7\u00facar nocivo \u00e0 esp\u00e9cie humana.<\/p>\n
A\u00e7\u00facar de verdade, aquele de que seu corpo necessita e que fornece energia para voc\u00ea
viver, s\u00f3 existem dois: a glicose<\/u> e a frutose<\/u>. Apenas esses dois a\u00e7\u00facares foram preparados pela natureza para consumo humano. Glicose e frutose s\u00e3o chamadas de a\u00e7\u00facares simples<\/em> porque j\u00e1 est\u00e3o prontos para ser utilizados pelo organismo. Do jeito que esses a\u00e7\u00facares forem ingeridos, ser\u00e3o assimilados, porque n\u00e3o sofrem nenhuma a\u00e7\u00e3o de enzimas digestivas, n\u00e3o d\u00e3o trabalho ao organismo. A cana de a\u00e7\u00facar, por exemplo, depois que \u00e9 cortada no canavial, tem que ser levada \u00e0s pressas para a usina, a fim de ser espremida e misturada com produtos qu\u00edmicos, antes que a sacarose comece a transformar-se em a\u00e7\u00facares redutores (glicose e frutose), como dizem os qu\u00edmicos. A sacarose em estado natural, como no caldo de cana, por exemplo, acompanhada de nutrientes, \u00e9 diger\u00edvel. O problema \u00e9 a sacarose refinada<\/span>. A cana e a beterraba em si s\u00e3o alimentos; a sacarose refinada<\/u> \u00e9 apenas a parte combust\u00edvel do alimento cirurgicamente isolada. Outro problema \u00e9 que todos os alimentos j\u00e1 fornecem energia, de modo que o a\u00e7\u00facar acrescentado transforma os alimentos a\u00e7ucarados numa bomba cal\u00f3rica patog\u00eanica. O a\u00e7\u00facar corresponde a 99,5% de sacarose e os outros 0,5% sequer s\u00e3o cana, mas lixo qu\u00edmico fino, cinzas e outros produtos t\u00f3xicos, inclusive metais pesados.<\/p>\nResta \u00e0 humanidade lutar contra essa situa\u00e7\u00e3o patol\u00f3gica atrav\u00e9s do movimento A\u00e7\u00facar zero<\/em>. Ele n\u00e3o defende nenhuma dieta nova, apenas recomenda que se elimine o a\u00e7\u00facar da mesa. Quanto ao mais, cada um deve comer de acordo com suas inclina\u00e7\u00f5es, apetite, idade, sexo, trabalho, clima, geografia, cultura, etnia, etc. Se for guloso ser\u00e1 gordo, por\u00e9m saud\u00e1vel. \u00c9 o a\u00e7\u00facar que gera doentes gordos ou magros. O movimento A\u00e7\u00facar zero<\/em> luta para contestar a ditadura do a\u00e7\u00facar. \u00c9 uma batalha contra a imposi\u00e7\u00e3o da dieta a\u00e7ucarada. Como primeiro passo basta que voc\u00ea, por exemplo, pare de comer a\u00e7\u00facar e, al\u00e9m disso, ajude a causa tirando o doce da boca das crian\u00e7as.<\/p>\n*Autor do livro \u201cO Livro Negro do A\u00e7\u00facar\u201d, presente no Google em PDF.<\/p>\n
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\u00a0Autoria de Fernando Carvalho* A moderna fabrica\u00e7\u00e3o do a\u00e7\u00facar nos trouxe doen\u00e7as inteiramente novas. O a\u00e7\u00facar nada mais \u00e9 do que um \u00e1cido cristalizado que est\u00e1 provocando a degenera\u00e7\u00e3o dos seres humanos e \u00e9 hora de insistir num esclarecimento geral. (Robert Boisler) Desde que a humanidade existe o organismo animal est\u00e1 adaptado \u00e0 rela\u00e7\u00e3o matem\u00e1tica […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[21],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48873"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=48873"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48873\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":48977,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/48873\/revisions\/48977"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=48873"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=48873"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=48873"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}