<\/a><\/p>\nEu vivo a minha vida
\nDe vaqueiro e agricultor
\nDerrubando o gado bravo
\nNo sert\u00e3o abrasador
\nNa fazenda de Di\u00f3genes
\nO meu “pai” meu protetor.<\/p>\n
Pois seu Chiquinho Di\u00f3genes
\nGostava de viajar
\nPara ver Exposi\u00e7\u00f5es
\nDo gado bem exemplar
\nE quando comprava alguns
\nEu sempre ia buscar.<\/p>\n
Esta \u00e9 a tal raz\u00e3o
\nDe a pol\u00edcia vir dizer
\nQue eu era um foragido
\nPor muitos crimes dever
\nCoisa que n\u00e3o \u00e9 verdade
\nTodos voc\u00eas podem crer.<\/p>\n
O crime que pratiquei
\nJ\u00e1 est\u00e1 esclarecido
\nSe matei foi por vingan\u00e7a
\nN\u00e3o estou arrependido
\nS\u00f3 dei fim no assassino
\nQue matou meu “pai”querido.<\/p>\n
Pois Chiquinho para mim
\nEra um verdadeiro pai
\nHoje quando penso nele
\nMeu cora\u00e7\u00e3o se contrai
\nE o seu assassinato
\nDa cabe\u00e7a n\u00e3o me sai.<\/p>\n
Ent\u00e3o digo pros senhores:
\nCada uma traz uma sina
\nUma que d\u00e1 alegria
\nE outra que se arru\u00edna
\nTudo depende da sorte
\n\u00c9 ela quem determina.<\/p>\n
Mesmo um homem sendo bom
\nMuitas vezes \u00e9 vitimado
\nPra expiar seus pecados
\nCarrega um fardo pesado
\n\u00c9 um bode expiat\u00f3rio
\nOu um desafortunado.<\/p>\n
Pra carregar este fardo
\nO destino me escolheu
\nComo prova uma campanha
\nQue um grupo promoveu
\nMe jogou contra o povo
\nE s\u00f3 fui eu quem perdeu.<\/p>\n
Eu perdi pelo seguinte:
\nHoje tenho uma m\u00e1 fama
\nNingu\u00e9m acredita em mim
\nTodo mundo me difama
\nE querem me afogar
\nNum oceano de lama.<\/p>\n
J\u00e1 falei aqui do crime
\nQue pratiquei por vingan\u00e7a
\nPor ele estou amargando
\nNuma cela em seguran\u00e7a
\nEsperando a liberdade
\nPorque tenho confian\u00e7a.<\/p>\n
Quero voltar ao conv\u00edvio
\nDa minha santa morada
\nPara rever os meus filhos
\nE minha mulher amada
\nQue certamente est\u00e1 triste
\nE chorando inconformada.<\/p>\n
Pistoleiro perigoso
\n\u00c9 o chefe da Na\u00e7\u00e3o
\nQue mata de fome e \u00e0 bala
\nParte da popula\u00e7\u00e3o
\nEle \u00e9 quem devia estar
\nSofrendo numa pris\u00e3o.<\/p>\n
Sou um bode expiat\u00f3rio
\nPor um grupo fabricado
\nQue talvez este \u00e9 quem seja
\nO bandido procurado
\nQue sempre vive julgando
\nE nunca quer ser julgado.<\/p>\n
-Termino assim a mensagem
\nEnviada por Mainha
\nRepito o que disse antes:
\nQue n\u00e3o \u00e9 inven\u00e7\u00e3o minha
\nTodos sabem que eu sou
\nUm cordelista de linha.<\/p>\n
T\u00edtulo: A Carta do Pistoleiro Mainha \u00e0 Sociedade
\nAutor: Guaipuan Vieira
\nCategoria: Literatura de Cordel – 29 estrofes \u2013 8 p\u00e1ginas
\nIdioma: Portugu\u00eas
\nInstitui\u00e7\u00e3o: Centro Cultural dos Cordelistas – Cecordel
\n1\u00aa Edi\u00e7\u00e3o: 1998 2\u00aa Edi\u00e7\u00e3o: 1998 \/3\u00aa edi\u00e7\u00e3o:1999
\nEstilo: Carta<\/p>\n
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