{"id":4966,"date":"2013-07-01T15:35:06","date_gmt":"2013-07-01T18:35:06","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=4966"},"modified":"2022-07-26T21:42:05","modified_gmt":"2022-07-27T00:42:05","slug":"a-revolucao-dos-bichos-george-orwell","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/a-revolucao-dos-bichos-george-orwell\/","title":{"rendered":"A Rev. dos Bichos (1) \u2013 GEORGE ORWELL"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/b><\/p>\n

\"welll\"<\/a><\/p>\n

Houve um tempo em que os bichos n\u00e3o apenas falavam, como refletiam acerca da vida que levavam, e tamb\u00e9m se revoltavam contra os maus-tratos que lhes impingiam os humanos, pois, tudo que \u00e9 vivo sente dor e afli\u00e7\u00e3o. Portanto, n\u00e3o foi \u00e0 toa que os animais da Granja do Solar<\/em>, pertencente ao Sr. Jones, num dia em que o dono bebera mais do que poderiam suportar seus sentidos, a ponto de se esquecer de fechar as vigias dos galp\u00f5es da granja, iniciaram uma revolta, conhecida em todo o mundo como \u201cA Revolu\u00e7\u00e3o dos Bichos<\/i>\u201d.<\/p>\n

Quem me contou este caso foi o escritor brit\u00e2nico George Orwell<\/i> (1903-1950), que embora tendo permanecido neste planeta por apenas 47 anos, viu mais coisas do que pode imaginar a nossa v\u00e3 filosofia. Como seu cora\u00e7\u00e3o estivesse sempre aberto \u00e0 tentativa de compreender o mundo, e tamb\u00e9m se revoltasse contra as injusti\u00e7as sociais, abominando qualquer forma de totalitarismo, nem mesmo a vida dos bichos passou-lhe despercebida. Mas n\u00e3o posso repassar o que me narrou o escritor, sem que antes fale aos meus amados leitores sobre sua breve vida em anos, mas eterna nas ideias que deixou para o mundo.<\/p>\n

Na verdade, meu amigo nasceu na \u00cdndia brit\u00e2nica, onde seu pai trabalhava como um graduado funcion\u00e1rio do governo brit\u00e2nico. Recebeu o nome de Eric Arthur Blair, mas, ainda jovem, adotou o pseud\u00f4nimo de George Orwell<\/i>, rompendo com o seu passado burgu\u00eas, depois de ocupar um posto na Pol\u00edcia Imperial Indiana e se encher de horror com o tratamento dado pelo colonialismo ingl\u00eas a seus s\u00faditos, fazendo uso de m\u00e9todos brutais. Deixou seu posto com o objetivo de se tornar escritor. E o foi, e t\u00e3o bom que chegou a ser considerado o melhor cronista da cultura inglesa do s\u00e9culo XX. Tamb\u00e9m escreveu resenhas, fic\u00e7\u00e3o, artigos jornal\u00edsticos, cr\u00edtica liter\u00e1ria e poesia.<\/p>\n

Embora tenha recebido uma educa\u00e7\u00e3o aristocr\u00e1tica, George Orwell<\/i> revoltou-se contra o intelectualismo, contestando e lutando contra a artificialidade que os intelectuais da \u00e9poca carregavam. Visitava as favelas de Londres e, por certo tempo, vestiu-se como um mendigo, vivendo entre eles, para depois registrar suas experi\u00eancias de vida na pobreza em um de seus ensaios. Morou tamb\u00e9m em Paris, onde trabalhou como oper\u00e1rio nas mais diferentes fun\u00e7\u00f5es. Ao voltar para Londres, tornou-se professor numa escola prim\u00e1ria, ocasi\u00e3o em que come\u00e7ou a escrever seus livros, denunciando as condi\u00e7\u00f5es de mis\u00e9ria vividas pelos trabalhadores no norte da Inglaterra.<\/p>\n

George Orwell<\/i> lutou na guerra civil espanhola, ao lado dos anarquistas socialistas, voltando \u00e0 Inglaterra ap\u00f3s ficar ferido. Desencantou-se com a rigidez dos partidos comunistas que se guiavam pela linha sovi\u00e9tica, o que fez com que se voltasse para um tipo de socialismo independente, priorizando seu apoio \u00e0s massas trabalhadoras. Orwell<\/i> morreu aos 46 anos, em Londres, onde trabalhava como professor, numa escola prim\u00e1ria, vitimado pela tuberculose.<\/p>\n

Principais obras do escritor:
\n<\/span>A Revolu\u00e7\u00e3o dos Bichos
\n1984
\nLutando na Espanha<\/p>\n

Nota
\n<\/span>Como fiz com o livro Na Pele de um Dalit,<\/i> do escritor franc\u00eas Marc Boulet, trabalharei agora com este livro fant\u00e1stico de George Orwell<\/i> que, embora dirigida ao p\u00fablico infantojuvenil, deve ser\u00a0 conhecida por todos, em raz\u00e3o da profundidade da obra que relata, em forma de f\u00e1bula, a volubilidade da conduta humana. Embora A Revolu\u00e7\u00e3o dos Bichos<\/i> trate de uma cr\u00edtica \u00e0 revolu\u00e7\u00e3o comunista, pode ser vista hoje como uma cr\u00edtica \u00e0 condi\u00e7\u00e3o dos trabalhadores vitimados pelo capitalismo selvagem, ou a qualquer outro tipo de governo em que o homem torna-se cego pelo poder e pisoteia sua gente.<\/p>\n

(*)<\/strong> Imagem copiada de www.feirahippie.com<\/a><\/i><\/p>\n

Views: 1<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho Houve um tempo em que os bichos n\u00e3o apenas falavam, como refletiam acerca da vida que levavam, e tamb\u00e9m se revoltavam contra os maus-tratos que lhes impingiam os humanos, pois, tudo que \u00e9 vivo sente dor e afli\u00e7\u00e3o. Portanto, n\u00e3o foi \u00e0 toa que os animais da Granja do Solar, […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[3],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4966"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4966"}],"version-history":[{"count":17,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4966\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":45727,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4966\/revisions\/45727"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4966"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4966"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4966"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}