{"id":5342,"date":"2013-07-02T18:08:41","date_gmt":"2013-07-02T21:08:41","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=5342"},"modified":"2022-07-26T21:40:05","modified_gmt":"2022-07-27T00:40:05","slug":"george-miller-no-front-da-ii-guerra","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/george-miller-no-front-da-ii-guerra\/","title":{"rendered":"GEORGE MILLER \u2013 NO FRONT DA II GUERRA"},"content":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho
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\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 <\/a> \u00a0 \u00a0 <\/a>\u00a0 \u00a0\u00a0 <\/a><\/p>\n Minha miss\u00e3o \u00e9 fotografar a humanidade e explicar o homem para o homem.(George Miller) <\/i><\/b><\/p>\n O fot\u00f3grafo estadunidense George Miller<\/i> ganhou a sua primeira c\u00e2mara por ocasi\u00e3o de sua formatura no ensino m\u00e9dio, como presente de seus pais. Ele dizia que sonhar era importante, pois era o que o levava a tirar boas fotografias. Disse tamb\u00e9m que ao fotografar a humanidade, tinha como objetivo explicar o homem para o homem, ou seja, a fotografia era vista por ele, como um modo de ocasionar transforma\u00e7\u00f5es social e pol\u00edtica na sociedade.<\/p>\n Miller<\/i> estudou na Universidade de Illinois e no seu tempo livre trabalhava como fot\u00f3grafo. Estudou fotografia na Art Center School de Los Angeles, em 1941-1942. Depois de servir como tenente na Marinha de seu pa\u00eds, foi enviado para a Unidade de Combate da Segunda Guerra Mundial, como fot\u00f3grafo, sendo um dos primeiros a registrar a destrui\u00e7\u00e3o e o sofrimento dos habitantes da cidade japonesa de Hiroshima, a primeira cidade na hist\u00f3ria a se tornar alvo de uma bomba nuclear, lan\u00e7ada pelos EUA. Suas fotografias mostram a trag\u00e9dia humana que se desenrola debaixo de um estonteante c\u00e9u cheio de nuvens brancas sobre o sul do Pac\u00edfico.<\/p>\n Ap\u00f3s a rendi\u00e7\u00e3o do Jap\u00e3o, George Miller<\/i> foi documentar de perto o que registrara do c\u00e9u, um m\u00eas antes. Foi um dos primeiros fot\u00f3grafos a ter permiss\u00e3o para entrar na cidade de Hiroshima, onde fotografou v\u00edtimas envenenadas pela radia\u00e7\u00e3o, sobreviventes transfigurados pelas queimaduras e por todo tipo de sofrimento, e os escombros a que fora reduzida a cidade.<\/p>\n Um dos grandes trabalhos de George Miller foi The Way of Life do Negro do Norte,<\/i> imagens que foram posteriormente publicadas em seu livro South Side de Chicago<\/i>, em que registrou a comunidade negra do sul de Chicago, com um olhar carregado de emo\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Na maioria de seus trabalhos, o fot\u00f3grafo retratou pessoas comuns, do dia a dia, mas tamb\u00e9m clicou com suas lentes gente famosa como: Ella Fitzgerald, Lena Horne, Duke Ellington e Paul Robson. Depois de se aposentar, Miller<\/i> usou suas lentes para proteger as florestas da Calif\u00f3rnia, dedicando-se \u00e0s causas ambientais. Tamb\u00e9m foi uma figura important\u00edssima na cria\u00e7\u00e3o do fotojornalismo, com suas imagens inesquec\u00edveis, mostrando os soldados de seu pa\u00eds em combate na II Guerra Mundial, a vida dos negros no sul de Chicago, na d\u00e9cada de 1940, e a devasta\u00e7\u00e3o sofrida por Hiroshima, em 1945.<\/p>\n A primeira fotografia acima \u00e9 tida como uma das imagens ic\u00f4nicas do fot\u00f3grafo, feita em novembro de 1943. Nela, v\u00ea-se um soldado ferido, sendo retirado de seu avi\u00e3o de combate por tr\u00eas companheiros. \u00c9 t\u00e3o dif\u00edcil o seu resgate que \u00e9 preciso pux\u00e1-lo. Segundo registros, George Miller tinha sido designado para voar nesse avi\u00e3o, mas, por um motivo qualquer, outro fot\u00f3grafo foi em seu lugar e acabou sendo morto. A segunda fotografia mostra uma cena de Hiroshima ap\u00f3s o ataque nuclear.<\/p>\n Miller morreu em 22 de maio de 2013, aos 94 anos de idade, deixando esposa e quatro filhos.<\/p>\n