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<\/a> \u00a0 \u00a0 ![\"sf1\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2013\/07\/sf1.png\")
<\/a><\/p>\nProcuro tirar aquela densidade dram\u00e1tica e sofrida dos santos do barroco do s\u00e9culo XVIII para torn\u00e1-los mais alegres e joviais. Como por exemplo, os meus S\u00e3os Franciscos trazem p\u00e1ssaros e n\u00e3o a caveira, algo comum, ali\u00e1s, bem usual, nas m\u00e3os do S\u00e3o Francisco das nossas igrejas setecentistas. Nas talhas, tamb\u00e9m as virgens e as madonas s\u00e3o geralmente jovens alegres. Por isto, meu trabalho \u00e9 denominado neobarroco. (H\u00e9lio Petrus)<\/i><\/b><\/p>\n
H\u00e9lio Petrus descende dos espl\u00eandidos autores que tornaram a ornamenta\u00e7\u00e3o dos ret\u00e1bulos e das naves do s\u00e9culo do ouro a viagem delirante a um universo de formas encantadas. Sabe como acumular a riqueza dos detalhes e alcan\u00e7ar as nuan\u00e7as que o cedro sugere. Madonas, anjos e arcanjos circunvolam em cirandas de nuvens. \u00c0 frente de uma legi\u00e3o ser\u00e1fica, Francisco de Assis conversa com os p\u00e1ssaros e se eleva, em \u00eaxtase, para o voo sublime. (\u00c2ngelo Oswaldo – <\/i>curador de arte e atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus IBRAM)<\/i><\/b><\/p>\n
O trabalho de Petrus \u00e9 classificado como neobarroco, que apresenta um estilo genu\u00edno com densa diversidade. Cada anjo tem o rosto pr\u00f3prio cujo entalhe traz uma encarna\u00e7\u00e3o sempre diferente. (Roselli Santaella – <\/i>doutora em hist\u00f3ria)<\/i><\/b><\/p>\n
Embora tardia a voca\u00e7\u00e3o de H\u00e9lio Petrus<\/i> para a arte do entalhe, ele se consagrou como grande \u00edcone na arte sacra. Seu trabalho \u00e9 reconhecido como neobarroco, al\u00e9m de ser professor e descobridor de talentos. Homem culto, am\u00e1vel e de muita f\u00e9, assim \u00e9 conhecido o mestre do entalhe de Mariana, H\u00e9lio Petrus Viana<\/i>, 70 anos.\u00a0 Nasceu em Felipe dos Santos, povoado distante 50 km de Mariana, para onde foi ainda crian\u00e7a residir, fazer o curso prim\u00e1rio e depois o semin\u00e1rio.\u00a0 Ele se inspira em obras dos mestres Aleijadinho, Vieira Servas e Manoel da Costa Ata\u00edde para produzir seus trabalhos, cujo tema preferido \u00e9 a Arte Sacra.<\/p>\n
A voca\u00e7\u00e3o art\u00edstica despertou-se somente aos 25 anos, quando cursava Letras. A partir deste momento, passou a estudar e conhecer o barroco com mais profundidade, principalmente a obra de Aleijadinho, Vieira Servas e Athayde, os grandes artistas mineiros do s\u00e9culo XVIII. A descoberta da obra desses mestres inigual\u00e1veis, ali t\u00e3o perto, f\u00ea-lo se encantar com a beleza barroca e se apaixonar pela arte. Sentiu-se motivado e come\u00e7ou a executar os primeiros trabalhos, os querubins, e a produzir certos detalhes que via nas igrejas marianenses. Anos mais tarde, aprofundou seu estudo sobre o barroco europeu, principalmente o italiano. Com isto, passou a utilizar tons mais claros denominados p\u00e1tina.<\/p>\n
Petrus<\/i> j\u00e1 esculpiu obras famosas como a Madona de Cedro<\/i>, que a Rede Globo de Televis\u00e3o usou para filmar a miniss\u00e9rie de mesmo nome em 1994. Tem realizado obras para a ornamenta\u00e7\u00e3o de capelas e igrejas e para acervo de colecionadores particulares, como a capela do padre cantor, F\u00e1bio de Melo. Sua mais nova alegria \u00e9 saber que o Papa Francisco que vir\u00e1 ao Brasil neste m\u00eas, receber\u00e1 como presente, um S\u00e3o Francisco<\/i> esculpido por ele, Petrus<\/i>. \u00c9 mais um coroamento do seu grande \u00eaxito. Para o presidente da Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, Roque Cam\u00eallo, \u201cH\u00e9lio imprime em suas obras o car\u00e1ter espiritual de sua pr\u00f3pria vida plasmada em suas ra\u00edzes familiares e entre as paredes do tradicional Semin\u00e1rio de Mariana, \u00edcone da sabedoria e da religiosidade. \u00c9 fruto tamb\u00e9m deste cen\u00e1rio vivo da cultura que s\u00e3o nossas cidades Hist\u00f3ricas. Agora, H\u00e9lio vai para o Vaticano com seu S\u00e3o Francisco como j\u00e1 foi para o mundo com suas m\u00e3os aben\u00e7oadas\u201d. <\/i><\/p>\n
Quando se deu, em 1999, o inc\u00eandio do Santu\u00e1rio do Carmo de Mariana, foi contratado para produzir r\u00e9plicas de imagens consumidas pelo fogo. Seus trabalhos se encontram em v\u00e1rios estados brasileiros e em outros pa\u00edses como Portugal, Fran\u00e7a, B\u00e9lgica, It\u00e1lia, Su\u00ed\u00e7a, Jap\u00e3o e Estados Unidos.<\/p>\n
Hoje, Petrus tem um rico acervo de obras barrocas e o ateli\u00ea, no Centro de Mariana, onde trabalham com ele jovens artistas. Ao longo desses anos, procurou identificar talentos, partilhando com esses sua arte, orientando-os no aprimoramento do estilo barroco, na talha e na escultura em madeira. Seus seguidores fazem quest\u00e3o de cham\u00e1-lo de mestre. Em sua simplicidade afirma: \u201cFoi uma gratifica\u00e7\u00e3o muito grande esta inspira\u00e7\u00e3o que eu tive em associar a meu trabalho talentos jovens\u201d.<\/i> Sendo a obra na madeira demorada, porque exige paci\u00eancia e precis\u00e3o no corte do entalhe, Petrus<\/i> associou jovens habilidosos ao seu trabalho. Assim, conseguiu tr\u00eas coisas: primeiro o aprimoramento, depois uma produ\u00e7\u00e3o suficiente para fazer exposi\u00e7\u00f5es e uma terceira que \u00e9 dar oportunidade e incentivar os aprendizes. Segundo o artista \u201cn\u00e3o basta ter apenas habilidade, \u00e9 necess\u00e1rio muita aplica\u00e7\u00e3o\u201d.<\/i><\/p>\n
\u00a0<\/i>O turista que vai a Mariana se extasia diante de igrejas e monumentos do s\u00e9culo XVIII, mas sua visita ser\u00e1 mais completa se conhecer H\u00e9lio Petrus<\/i> e seu ateli\u00ea, ali na rua Dom Silv\u00e9rio, que o povo continua chamando rua Nova, porque foi a \u00faltima a ser constru\u00edda quando Dom Jo\u00e3o V mandou planejar a cidade, em 1745. No meio desse ambiente de Hist\u00f3ria e vizinho de nomes comuns da antiga Vila do Ribeir\u00e3o do Carmo como Athayde, Aleijadinho, Servas e outros, \u00e9 que vive H\u00e9lio Petrus<\/i>, um nome do presente que o futuro incluir\u00e1 entre aqueles. J\u00e1 consagrado, n\u00e3o perde a simplicidade, o bom humor e a fidalguia em receber, com um sorriso constante e um cora\u00e7\u00e3o generoso todos que o procuram.<\/p>\n
Marlene Maia, presidente do Movimento Renovador de Mariana afirma: \u201cO artista n\u00e3o tem p\u00e1tria porque a arte \u00e9 universal, mas H\u00e9lio Petrus n\u00e3o tem como negar que sua obra revela a alma e o sentimento de Mariana\u201d. <\/i><\/p>\n
A acad\u00eamica e especialista em Hist\u00f3ria da Arte, e especialmente em arte barroca, professora Regina Almeida, afirma que: \u201cA arte de H\u00e9lio Petrus transporta o c\u00e9u para a terra e nos conduz, da terra, ao c\u00e9u. \u00c9 arte que enleva e eleva!\u201d.<\/i><\/p>\n
Nota:<\/span> S\u00e3o Francisco<\/em> que foi doado ao Papa Francisco.<\/p>\n Views: 17<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Merania de Oliveira \u00a0 \u00a0 Procuro tirar aquela densidade dram\u00e1tica e sofrida dos santos do barroco do s\u00e9culo XVIII para torn\u00e1-los mais alegres e joviais. Como por exemplo, os meus S\u00e3os Franciscos trazem p\u00e1ssaros e n\u00e3o a caveira, algo comum, ali\u00e1s, bem usual, nas m\u00e3os do S\u00e3o Francisco das nossas igrejas setecentistas. Nas […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[13],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5516"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=5516"}],"version-history":[{"count":12,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5516\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":39359,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/5516\/revisions\/39359"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=5516"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=5516"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=5516"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}