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<\/a> \u00a0 \u00a0<\/b> ![\"micpe\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2013\/06\/micpe.png\")
<\/a><\/p>\nA ideia deste homem extraordin\u00e1rio era compor em fun\u00e7\u00e3o do corpo humano e de suas propor\u00e7\u00f5es perfeitas, na diversidade prodigiosa de suas atitudes e na totalidade de paix\u00f5es e exalta\u00e7\u00f5es da alma. (Giorgio Vasari)<\/i><\/b><\/p>\n
A um g\u00eanio dessa magnitude, se contrapunha um car\u00e1ter t\u00e3o rude e selvagem, a ponto de conformar sua vida dom\u00e9stica a uma incr\u00edvel mesquinhez, privando as gera\u00e7\u00f5es futuras de disc\u00edpulos que dessem continuidade \u00e0 sua arte. De fato, rogado at\u00e9 pelos pr\u00edncipes, nunca serviu de mestre ou, ao menos, aceitou algu\u00e9m em seu ateli\u00ea como espectador ou observador. (Paolo Giovio)<\/i><\/b><\/p>\n
Quando avaliamos cabalmente o que fazemos nesta vida, vemos que cada um, sem saber, pinta o mundo criando novas formas por sua maneira de vestir, por seus edif\u00edcios e suas casas, lavrando os campos e prados em linhas e figuras. (Michelangelo)<\/i><\/b><\/p>\n
\u00a0A arte italiana teve o seu per\u00edodo de apogeu no in\u00edcio do s\u00e9culo XVI, per\u00edodo conhecido como il Cinquencento<\/i> (os anos quinhentos), \u00e9poca de Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarroti<\/i>, Rafael Sanzio, Ticiano, Corregio, Giorgione, entre outros.<\/p>\n
Foi na oficina do mestre Ghirlandio que Michelangelo aprendeu os recursos t\u00e9cnicos de sua profiss\u00e3o, adquirindo um grande conhecimento sobre a t\u00e9cnica de pintura em afrescos e um s\u00f3lido dom\u00ednio do desenho. Al\u00e9m disso, era \u00e1vido por conhecer o trabalho dos grandes mestres do passado, tais como Giotto, Masaccio e Donatello. Tamb\u00e9m buscou desvendar os segredos dos escultores antigos, ex\u00edmios na arte de representar o corpo humano em movimento, incluindo a habilidade na representa\u00e7\u00e3o de m\u00fasculos e tend\u00f5es.<\/p>\n
Michelangelo<\/em> n\u00e3o se limitava apenas a conhecer a anatomia humana atrav\u00e9s de estudos de terceiros, indo fundo nos seus estudos, atrav\u00e9s da disseca\u00e7\u00e3o de cad\u00e1veres, de modo que a figura humana passou a n\u00e3o ter nenhum mist\u00e9rio para ele, que era capaz de dominar qualquer postura ou movimento. Assim, tornou-se, ainda muito jovem, dono de grande habilidade e de vastos conhecimentos, sendo admirado por seu trabalho e reconhecido como um dos mais brilhantes artistas, igualando-se, de certo modo, ao genial Leonardo.<\/p>\n Ao contr\u00e1rio de v\u00e1rios pintores, Michelangelo<\/i> n\u00e3o era chegado aos retratos, que tanto encantavam os nobres e rendiam um bom dinheiro. S\u00f3 os fazia de acordo com sua vontade, e em se tratando de pessoas a quem estivesse ligado por la\u00e7os afetivos, como no caso do jovem Andrea Quaratesi. Sempre dizia que \u201cum retrato deve ser feito por amor e n\u00e3o por obriga\u00e7\u00e3o\u201d<\/i>. N\u00e3o aceitava botar rostos reais em suas personagens, como era comum na \u00e9poca. Sua pintura tamb\u00e9m era totalmente voltada para a representa\u00e7\u00e3o da figura humana, sem espa\u00e7o para a paisagem. Ao dissecar cad\u00e1veres, fazia desenhos detalhados e anotava suas observa\u00e7\u00f5es num caderno, penetrando no \u00e2mago do corpo humano, decifrando a mec\u00e2nica de suas express\u00f5es e de seus movimentos, tudo em busca da perfei\u00e7\u00e3o e da beleza.<\/p>\n Quando esteve entre os protegidos de Louren\u00e7o, o Magn\u00edfico, Michelangelo<\/i> ficou conhecendo o grande fil\u00f3logo do Renascimento, Agnolo Poliziano, e tal contato levou-o a se interessar pela literatura. Tamb\u00e9m travou contato com Vittoria Collona, figura de grande import\u00e2ncia pol\u00edtica e cultural, pertencente a uma ilustre fam\u00edlia, reconhecida como um dos grandes nomes da poesia italiana no s\u00e9culo 16. Michelangelo<\/i> e Vittoria, al\u00e9m de nutrirem grande interesse pela poesia, traziam grandes questionamentos espirituais e religiosos.<\/p>\n Em raz\u00e3o das obras magistrais de Michelangelo<\/i>, o papa Paulo III\u00a0 nomeou-o arquiteto, pintor e escultor do Vaticano, ganhando um sal\u00e1rio de anual de 600 escudos de ouro. Michelangelo<\/i> buscava a colabora\u00e7\u00e3o de outros artistas apenas quando se via apertado com prazos de entrega, mas s\u00f3 no plano operacional, ou seja, na execu\u00e7\u00e3o de suas obras, jamais dividindo a cria\u00e7\u00e3o dessas. Ele nunca aceitou ter alunos aprendizes. Sua paix\u00e3o sempre foi a escultura. E uma de suas frustra\u00e7\u00f5es foi n\u00e3o ter podido dedicar-se a ela integralmente, como no caso do gigantesco mausol\u00e9u do papa J\u00falio II, tendo que paralisar a obra para executar a decora\u00e7\u00e3o da Capela Sistina.<\/p>\n Extremamente dedicado \u00e0 sua arte, \u00e0 medida que envelhecia, Michelangelo<\/em> aproximava-se cada vez mais da perfei\u00e7\u00e3o, expressando apaixonadamente toda a dor e ternura que habitavam em sua alma. Mesmo durante os \u00faltimos anos de sua vida, quando j\u00e1 se encontrava muito doente, ele continuou a fazer aquilo que mais amava: esculpir. Seu \u00faltimo trabalho foi a Piet\u00e0 Rodanni<\/em> que ficou inacabada.<\/p>\n Michelangelo<\/i>, 23 anos mais novo de que Leonardo, foi o segundo florentino a contribuir para que a arte italiana se tornasse extremamente rica e famosa em todo o mundo. Com suas obras magistrais, criou um novo patamar para as artes e os artistas. Ele se inspirou \u00a0na escultura cl\u00e1ssica e na filosofia humanista, colocando o homem no centro do universo. Sempre se preocupou em conhecer a anatomia do corpo humano de modo a reconstituir seus movimentos com realismo. Ao buscar uma plasticidade plena e livre no espa\u00e7o, o artista mudou a sua maneira de esculpir, trocando a broca pelo gradim, e dando prefer\u00eancia \u00e0 escultura tridimensional \u00e0s est\u00e1tuas-relevo. Criou novas maneiras de express\u00e3o para a pintura e figuras com uma tridimensionalidade at\u00e9 ent\u00e3o desconhecida.<\/p>\n Toda a obra do genial Michelangelo<\/i> tem sido uma fonte inesgot\u00e1vel de inspira\u00e7\u00e3o para os artistas de todo o mundo. Sem falar que o artista convencionou uma nova maneira de retratar o nu masculino tanto na pintura como na escultura.<\/p>\n Nota: <\/b><\/span>Retrato de Michelangelo <\/i>feito por Sebastiano del Piombo, c. 1520 -1525 (foto maior) \/ O restauro da Capela Paulina, na Cidade do Vaticano, permitiu descobrir um autorretrato de Michelangelo, incluso no seu afresco ‘A Crucifica\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Pedro’ (foto menor).<\/p>\n Fontes de pesquisa: Views: 6<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0 \u00a0 A ideia deste homem extraordin\u00e1rio era compor em fun\u00e7\u00e3o do corpo humano e de suas propor\u00e7\u00f5es perfeitas, na diversidade prodigiosa de suas atitudes e na totalidade de paix\u00f5es e exalta\u00e7\u00f5es da alma. 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