{"id":6152,"date":"2015-05-25T23:10:21","date_gmt":"2015-05-26T02:10:21","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=6152"},"modified":"2022-08-11T20:32:27","modified_gmt":"2022-08-11T23:32:27","slug":"religiao-islamica-a-arte-dos-arabescos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/religiao-islamica-a-arte-dos-arabescos\/","title":{"rendered":"RELIGI\u00c3O ISL\u00c2MICA – A ARTE DOS ARABESCOS"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
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Um arabesco \u00e9 uma elaborada combina\u00e7\u00e3o de formas geom\u00e9tricas frequentemente semelhantes \u00e0s formas de plantas. Os arabescos s\u00e3o elementos da arte isl\u00e2mica, normalmente usados para enfeitar as paredes das mesquitas. A escolha das formas geom\u00e9tricas e a maneira como devem ser usadas e formatadas \u00e9 fruto da vis\u00e3o isl\u00e2mica do mundo. Para os mu\u00e7ulmanos, essas formas em conjunto, constituem um padr\u00e3o infinito que se estende para al\u00e9m do mundo vis\u00edvel e material. Para muitos no mundo isl\u00e2mico, tais formas simbolizam o infinito e, por conseguinte, a natureza abrangente da cria\u00e7\u00e3o do Deus \u00fanico (Al\u00e1). O artista de Arabescos Isl\u00e2micos consegue ent\u00e3o uma forte espiritualidade sem a iconografia de outras religi\u00f5es. (Wikip\u00e9dia)<\/i><\/b><\/p>\n

A religi\u00e3o dos conquistadores isl\u00e2micos era rigorosa quanto ao uso de imagens em suas mesquitas e na vida em geral. Seres humanos n\u00e3o podiam ser representados de jeito algum. Mas os artistas precisavam se expressar de alguma forma, encontrar outros caminhos para liberar-lhes a criatividade. Ent\u00e3o, deixaram que a imagina\u00e7\u00e3o trabalhasse com cores e formas. E, assim, nasceram os famosos tapetes orientais com seus maravilhosos padr\u00f5es decorativos.<\/p>\n

Quem nunca viu um tapete oriental com seus padr\u00f5es delicados e esquemas crom\u00e1ticos incompar\u00e1veis? Se Maom\u00e9 impediu a representa\u00e7\u00e3o do mundo real, acabou por induzir os artistas isl\u00e2micos a criar um mundo fant\u00e1stico de padr\u00f5es abstratos que acabou se espalhando por todo o planeta. Observem acima as diferentes partes de um tapete persa.<\/p>\n

Posteriormente, algumas correntes isl\u00e2micas, menos rigorosas entre os mu\u00e7ulmanos, permitiram que os seus artistas fizessem a reprodu\u00e7\u00e3o de figuras e ilustra\u00e7\u00f5es, mas com a condi\u00e7\u00e3o de que essas n\u00e3o carregassem qualquer sentido religioso, bem ao contr\u00e1rio do cristianismo que exigia que o motivo fosse unicamente religioso.<\/p>\n

Um dos maiores problemas enfrentados hoje pelos produtores de tapetes orientais, principalmente persas e turcos, \u00e9 a falsifica\u00e7\u00e3o chinesa que vem atulhando o mundo com pe\u00e7as bem parecidas com as originais. O mais engra\u00e7ado nesta hist\u00f3ria \u00e9 que, no intuito de ganhar dinheiro f\u00e1cil, turcos e iranianos, no passado, repassaram aos chineses as t\u00e9cnicas de sua arte, quando lhes encomendaram c\u00f3pias para serem vendidas, de modo que o feiti\u00e7o acabou voltando contra o feiticeiro. E agora se veem obrigados a brigar com a concorr\u00eancia chinesa que vende tapetes orientais bem semelhantes aos originais, com pre\u00e7os bem mais baratos. A semelhan\u00e7a \u00e9 tanta que se torna dif\u00edcil a identifica\u00e7\u00e3o, de modo que muita gente acaba comprando gato por lebre.<\/p>\n

Fontes de Pesquisa:
\n<\/span>A Hist\u00f3ria da Arte\/ E.H. Gombrich<\/p>\n

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