<\/a> (*)<\/b><\/p>\nH\u00e1 quase duas d\u00e9cadas no trato di\u00e1rio com idosos, tenho visto com frequ\u00eancia um alto \u00edndice de transtornos mentais, como ansiedade e depress\u00e3o, e outras doen\u00e7as que acometem os cuidadores de idosos. Com o envelhecimento da popula\u00e7\u00e3o, est\u00e1 havendo um aumento proporcional de doen\u00e7as cr\u00f4nicas que est\u00e3o deixando as pessoas mais dependentes para o cuidado de terceiros. S\u00e3o os sequelados de Acidente Vascular Cerebral (AVC), dem\u00eancias tipo Alzheimer, fraturas de f\u00eamur ou qualquer outra patologia que deixe o idoso com limita\u00e7\u00f5es f\u00edsicas e\/ou ps\u00edquicas. \u00c9 a\u00ed que entra a figura do cuidador<\/i>, seja ele contratado ou algu\u00e9m da fam\u00edlia. No primeiro caso, em rotinas de revezamento 12 por 36 horas, normalmente \u00e9 necess\u00e1ria a contrata\u00e7\u00e3o de quatro profissionais. Claro que isso acarreta uma s\u00e9rie de problemas, como perda de privacidade, faltas, atrasos e outros transtornos inerentes \u00e0 presen\u00e7a de pessoas estranhas ao conv\u00edvio familiar. Sem contar o custo que, normalmente, \u00e9 alto. Na segunda escolha, com o cuidador familiar fica \u201ctudo melhor\u201d, pois \u00e9 algu\u00e9m de confian\u00e7a, com baixo custo, sem perda de privacidade, entre v\u00e1rias outras vantagens. Por\u00e9m, o cuidador normalmente fica sobrecarregado e precisa ser auxiliado para n\u00e3o adoecer.<\/p>\n
No Brasil, geralmente os cuidadores s\u00e3o pessoas da fam\u00edlia, especialmente mulheres, que, normalmente, residem no mesmo domic\u00edlio e se tornam as cuidadoras de seus maridos e pais. Entretanto, em quase 70% dos casos, os cuidadores prestam esses cuidados sem nenhum tipo de ajuda. A faixa et\u00e1ria de 59% dos cuidadores est\u00e1 acima de 50 anos e 41% tem mais de 60 anos. Isso nos mostra que pessoas idosas est\u00e3o cuidando de idosos. As condi\u00e7\u00f5es f\u00edsicas desses cuidadores nos leva a pensar que s\u00e3o doentes em potencial e que sua capacidade funcional est\u00e1 constantemente em risco. Queixas como dores lombares, ansiedade e depress\u00e3o, hipertens\u00e3o arterial, diabetes, artrites, entre outras s\u00e3o uma constante entre os cuidadores. Cuidar de um indiv\u00edduo idoso e incapacitado durante 24 horas sem pausa n\u00e3o \u00e9 tarefa para uma mulher sozinha, geralmente com mais de 50 anos, sem apoios nem servi\u00e7os que possam atender \u00e0s suas necessidades.<\/p>\n
Orienta\u00e7\u00e3o<\/span><\/p>\nO cuidador familiar de um idoso dependente precisa ser alvo de orienta\u00e7\u00e3o de profissionais da \u00e1rea da sa\u00fade (m\u00e9dico, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, etc). \u00c9 extremamente comum que o peso dos cuidados seja deixado a cargo de uma s\u00f3 pessoa da fam\u00edlia e o restante se exime de qualquer tipo de responsabilidade. H\u00e1 muitas cr\u00edticas ao cuidador. Por\u00e9m, quando ele prop\u00f5e que \u201calgu\u00e9m pode ajudar\u201d, a grande maioria \u201cn\u00e3o tem tempo\u201d ou tem outra desculpa qualquer.<\/p>\n
Al\u00e9m da ajuda externa, os cuidadores familiares devem ter a n\u00edtida no\u00e7\u00e3o de que eles t\u00eam seus deveres, mas, acima de tudo, t\u00eam seus direitos: o direito de cuidar de si. T\u00eam de receber ajuda e a participa\u00e7\u00e3o de outros familiares. T\u00eam direito de procurar ajuda externa. Pode ficar triste e aborrecido. N\u00e3o permitir que outros familiares tentem manipul\u00e1-lo com sentimentos de culpa. Deve proteger sua individualidade e seus interesses pessoais. T\u00eam o direito de ser feliz.<\/p>\n
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Autoria do Dr. Telmo Diniz \u00a0 (*) H\u00e1 quase duas d\u00e9cadas no trato di\u00e1rio com idosos, tenho visto com frequ\u00eancia um alto \u00edndice de transtornos mentais, como ansiedade e depress\u00e3o, e outras doen\u00e7as que acometem os cuidadores de idosos. Com o envelhecimento da popula\u00e7\u00e3o, est\u00e1 havendo um aumento proporcional de doen\u00e7as cr\u00f4nicas que est\u00e3o deixando […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[21],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6275"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=6275"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6275\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":6495,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6275\/revisions\/6495"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=6275"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=6275"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=6275"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}