{"id":6588,"date":"2013-08-16T23:17:20","date_gmt":"2013-08-17T02:17:20","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=6588"},"modified":"2022-08-03T19:14:19","modified_gmt":"2022-08-03T22:14:19","slug":"rubens-o-rapto-das-filhas-de-leucipo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/rubens-o-rapto-das-filhas-de-leucipo\/","title":{"rendered":"Rubens \u2013 O RAPTO DAS FILHAS DE LEUCIPO"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong><\/b> \"a<\/a><\/p>\n

Peter Paul Rubens era ecl\u00e9tico em rela\u00e7\u00e3o aos temas retratados, sendo que, ao longo de sua carreira, pintou in\u00fameros temas mitol\u00f3gicos. A composi\u00e7\u00e3o acima, O Rapto das Filhas de Leucipo<\/i>, apresenta o momento lend\u00e1rio em que os g\u00eameos semideuses, Castor e Polux, tamb\u00e9m conhecidos por “Di\u00f3scuros” (filhos de Zeus), apesar de serem filhos de pais diferentes, raptam as duas filhas do Rei Leucipo, Rei de Argos, denominadas Hil\u00e1ria e Febe.\u00a0 Esta composi\u00e7\u00e3o \u00e9 muito importante, sobretudo por levar \u00e0 compreens\u00e3o de como Rubens rompeu com a estrutura modular cl\u00e1ssica sem, contudo, quebrar a unidade da obra.<\/p>\n

Os dois irm\u00e3os perpetram o sequestro fazendo uso de seus possantes cavalos. Castor que continua montado, pega uma das garotas pela perna esquerda e ombro, enquanto Polux, de p\u00e9 no ch\u00e3o, ajuda-o, com a m\u00e3o direita e parte do tronco, a levantar uma das mo\u00e7as, enquanto tenta segurar a outra, usando bra\u00e7o e\u00a0 perna esquerdos. Castor usar uma armadura negra e traz nas costas um manto vermelho desfraldado, enquanto Polux traz o torso nu e um manto escuro jogado no corpo.<\/p>\n

Os m\u00fasculos salientes dos dois irm\u00e3os\u00a0 denotam o uso da for\u00e7a. Um cupido vesgo que traz um sorriso cheio de ast\u00facia segura as r\u00e9deas do cavalo de Castor, agarrando-se a seu flanco. Outro cupido det\u00e9m o cavalo de Polux que se encontra no ch\u00e3o. Os animais mostram-se agitados e nervosos.<\/p>\n

As duas irm\u00e3s opulentas em suas nudez, destacam-se na composi\u00e7\u00e3o, cada uma em sua individualidade e sensualidade pr\u00f3prias. \u00c9 interessante chamar a aten\u00e7\u00e3o para o fato de que uma das mo\u00e7as mostra o lado oculto da outra, ou seja, enquanto uma deixa \u00e0 vista sua parte posterior, a outra mostra a frontal, como se fossem as duas faces de uma mesma moeda.<\/p>\n

As duas mo\u00e7as lutam desesperadamente na tentativa de livrarem-se de seus raptores. A primeira \u2014 j\u00e1 quase totalmente dominada \u2014 encontra-se envolta num manto vermelho com o qual Castor tenta levant\u00e1-la. A segunda \u2014 ainda com os p\u00e9s no solo \u2014 resiste bravamente a Polux, enquanto seu manto\u00a0 dourado resvala-se para\u00a0 o ch\u00e3o.<\/p>\n

O artista mostra um acentuado contraste entre as m\u00e3os avermelhadas, fortes e en\u00e9rgicas masculinas e as m\u00e3os femininas p\u00e1lidas e delicadas. Ao fundo desenrola-se uma paisagem com in\u00fameras \u00e1rvores, solo verdejantes e montanhas azuis.<\/p>\n

Ficha t\u00e9cnica:
\n<\/span>Data: c. 1618
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 224 x 210,5
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Alte Pinakothek, Munique<\/p>\n

Fontes de pesquisa:
\n<\/span>1000 obras-primas da pintura europeia\/ K\u00f6nemann
\nEnciclop\u00e9dia dos Museus\/ Mirador<\/p>\n

\u00a0<\/span><\/p>\n

Views: 252<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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