{"id":7042,"date":"2013-08-25T23:14:47","date_gmt":"2013-08-26T02:14:47","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=7042"},"modified":"2022-08-03T19:19:49","modified_gmt":"2022-08-03T22:19:49","slug":"as-vidas-de-chico-xavier","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/as-vidas-de-chico-xavier\/","title":{"rendered":"AS VIDAS DE CHICO XAVIER"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
\n<\/b><\/p>\n

\"terra1\"<\/a>As Vidas de Chico Xavier<\/i>, escrito por Marcel Souto Maior, conta passagens impressionantes da vida desse homem, espelho de humildade e generosidade, amado pela maioria dos brasileiros.<\/p>\n

Chico Xavier<\/i> era um dos nove filhos de Maria Jo\u00e3o de Deus que, preocupada com o n\u00famero de filhos e sentindo que a morte se avizinhava, pois estava agonizante com crises de angina, pediu ao marido para dividir seus rebentos entre os parentes, vizinhos e amigos. \u00danica maneira de ele conseguir continuar o seu trabalho de vendedor de bilhetes de loteria nas cidades vizinhas \u2013 ganha-p\u00e3o da fam\u00edlia.<\/p>\n

Ap\u00f3s a morte da m\u00e3e, o menino Chico<\/i>, com seus cinco anos, foi entregue \u00e0 madrinha, pessoa dif\u00edcil, severa e sem carinho. Ao contr\u00e1rio da m\u00e3e, que rezava muito com os filhos, aconselhava-os e era extremamente carinhosa, a madrinha achava que a educa\u00e7\u00e3o deveria ser feita pelas vergastadas da vara de marmelo. Era t\u00e3o ordin\u00e1ria que chegou a lhe perfurar a barriga com um garfo, o que resultou numa profunda ferida de dif\u00edcil cicatriza\u00e7\u00e3o. E, para encobrir o malfeito ou transformar o afilhado em chacota, vestiu-o com um mandri\u00e3o (camisol\u00e3o feito de saco de farinha de trigo e usado por meninas, antigamente) listrado de azul, sob o pretexto de que era para n\u00e3o se atritar com a ferida, para que sarasse logo.<\/p>\n

J\u00e1 crian\u00e7a, o menino \u201clouco\u201d conversava com a m\u00e3e, via h\u00f3stias brilhantes na igreja, assim como vultos vagando pela nave e beijando os santos, e escrevia textos ditados por seres invis\u00edveis na sala de aula, sendo ridicularizado pelos colegas. Algumas pessoas achavam que tudo era fruto da morte prematura da m\u00e3e e que com o tempo passaria.<\/p>\n

Mas a vida n\u00e3o era cheia de flores para o pequeno Chico Xavier<\/i>. Sua madrinha reagia \u00e0s suas alucina\u00e7\u00f5es com golpes de vara. O padre local enchia-o de penit\u00eancias e preces. Certa vez, chegou a desfilar, numa prociss\u00e3o, com uma pedra de 15 quilos na cabe\u00e7a. Em outra, rezou mil ave-marias seguidas. Enquanto o pai cismava em intern\u00e1-lo num hosp\u00edcio. Ao pequenino s\u00f3 restava chorar com os maus tratos recebidos.<\/p>\n

Certa vez, no quintal, quando dilu\u00eda a sua dor em l\u00e1grimas, o menino recebeu a visita de sua m\u00e3e. Ele lhe pediu que o levasse junto consigo, pois n\u00e3o aguentava mais viver ali. Ela ent\u00e3o o aconselhou, dizendo que \u201cquem n\u00e3o sofre n\u00e3o aprende a lutar<\/i>\u201d e que era preciso ter paci\u00eancia.<\/p>\n

Atender ao pedido da m\u00e3e trouxe ao garotinho mais sofrimento. Pelo fato de n\u00e3o chorar quando apanhava, deixava a madrinha mais embrutecida, pois via na sua atitude uma forma de cinismo. Enraivecida, dizia que \u201cal\u00e9m de louco, ele ainda era c\u00ednico<\/i>\u201d. De uma feita, o primo, tamb\u00e9m criado pela madrinha, mas com muito mimo, apareceu com uma ferida na perna, que se recusava a sarar. Consultada a benzedeira, essa deu a receita para a cura: a ferida deveria ser lambida, tr\u00eas vezes ao dia, por uma crian\u00e7a, de manh\u00e3 em jejum, durante 3 sextas-feiras. O escolhido n\u00e3o poderia ter sido outro sen\u00e3o Chico<\/i>, que assim o fez e, milagrosamente, a ferida terminou se fechando.<\/p>\n

Quando o pai casou-se de novo, sua nova mulher, um verdadeiro anjo, resolveu pegar todos os filhos do esposo, espalhados de d\u00e9u em d\u00e9u. Chico<\/i> <\/i>foi o \u00faltimo a ser recolhido. Ao ver a ferida na barriga do menino, ela jurou que \u201cenquanto vivesse, ningu\u00e9m poria a m\u00e3o nele<\/i>\u201d. E cumpriu a sua promessa.<\/p>\n

As alucina\u00e7\u00f5es de Chico<\/i> continuavam. A madrasta recebia tudo com calma e dizia que, \u201cum dia, ele haveria de ser entendido por algu\u00e9m<\/i>\u201d. Mas esta n\u00e3o era a opini\u00e3o do pai, que continuava o achando louco. Antes de intern\u00e1-lo num sanat\u00f3rio, levou-o de novo ao p\u00e1roco, que deduziu que, se o menino trabalhasse, acabaria por se esquecer das vis\u00f5es e vozes e voltaria a ser um garoto normal.<\/p>\n

Chico Xavier<\/i> come\u00e7ou a trabalhar aos 9 anos de idade, numa f\u00e1brica de tecelagem, das 3h da tarde \u00e0 1 da manh\u00e3. Tarefa estafante para um garptp de sua idade. No hor\u00e1rio livre ele estudava. Um ano depois, com problemas respirat\u00f3rios, ocasionados pelo p\u00f3 dos tecidos, teve que mudar de emprego. Foi trabalhar num bar.<\/p>\n

Chico conheceu o espiritismo, quando sua irm\u00e3 ficou doente e os m\u00e9dicos consultados n\u00e3o conseguiram resolver seu caso. O pai procurou um casal de esp\u00edritas, que morava numa fazenda de uma cidade pr\u00f3xima. Chico<\/i> participou do ritual para expulsar o \u201cesp\u00edrito obsessor\u201d que maltratava a mo\u00e7a, que acabou ficando boa. A partir da\u00ed, o menino \u201cex\u00f3tico\u201d come\u00e7ou a dedicar sua vida \u00e0 nova doutrina, mas, antes de seguir um novo caminho, foi \u00e0 igreja pedir a b\u00ean\u00e7\u00e3o do padre, de quem era muito amigo e de quem ganhou o primeiro par de sapatos.<\/p>\n

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