{"id":7321,"date":"2014-08-26T13:05:03","date_gmt":"2014-08-26T16:05:03","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=7321"},"modified":"2022-08-10T17:49:36","modified_gmt":"2022-08-10T20:49:36","slug":"religioes-monoteistas-fazem-mal-a-natureza","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/religioes-monoteistas-fazem-mal-a-natureza\/","title":{"rendered":"RELIGI\u00d5ES MONOTE\u00cdSTAS FAZEM MAL \u00c0 TERRA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho<\/strong>
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\"kkk\"<\/a><\/p>\n

\u00c9 de se pressupor que, quanto mais a humanidade avan\u00e7a em tecnologia, maiores sejam os seus conhecimentos a respeito do planeta onde vive. Mas n\u00e3o \u00e9 bem assim. H\u00e1 relatos, por exemplo, de que antes de o tsun\u00e2mi arrastar consigo in\u00fameras vidas no leste da \u00c1sia, os animais fugiram das partes baixas, procurando abrigo nos lugares mais altos, enquanto as pessoas, envolvidas em seus afazeres, de nada se aperceberam, pois desaprenderam de observar os sinais enviados pela natureza, como se fossem corpos estranhos inseridos nela.<\/p>\n

Em tempos idos, ainda que o homem vivesse da ca\u00e7a e tamb\u00e9m destru\u00edsse florestas, havia uma intera\u00e7\u00e3o entre ele e a natureza. Embora desconhecesse seus \u201cmist\u00e9rios\u201d, sentia-se parte dela, tanto \u00e9 que, ao arrancar uma \u00e1rvore, pedia licen\u00e7a ao esp\u00edrito que nela morava, ou ao matar um animal, rezava por sua alma. Fato que ainda acontece em algumas comunidades asi\u00e1ticas, como j\u00e1 vimos em um dos artigos deste blog.<\/p>\n

Bem antigamente, o sagrado estava por toda parte, presente em todas as coisas da natureza: montanhas, rios, animais, \u00e1rvores, vento, rel\u00e2mpago, chuva, mar, sol, etc. O homem sentia-se como parte desse encantamento que era a natureza, sabedor de que era ela a respons\u00e1vel por sua vida.<\/p>\n

De acordo com muitos historiadores, o surgimento das religi\u00f5es polite\u00edstas deu-se em raz\u00e3o da culpa humana, ou seja, pela necessidade de se expiar por comer animais, sujar as \u00e1guas e violentar as matas. As pessoas tinham medo de que seus atos, considerados impuros, resultassem em castigos impingidos pelos esp\u00edritos da natureza. Somente a rever\u00eancia poderia livr\u00e1-los do mal. Por sua vez, as religi\u00f5es monote\u00edstas mudaram toda a vis\u00e3o que o homem tinha sobre a natureza, basta ver em G\u00eaneses o recado transmitido ao poderoso humano:<\/p>\n

Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do c\u00e9u e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra<\/i>.<\/p>\n

Assim, as religi\u00f5es monote\u00edstas desmistificaram os esp\u00edritos dos rios, dos ventos, dos animais, das \u00e1rvores, do ar, etc. O homem passou a ser senhor absoluto da Terra, n\u00e3o mais devendo nenhum respeito a qualquer forma de vida, nem mesmo aos de sua esp\u00e9cie. De humilde recept\u00e1culo dos elementos da natureza, que recebia como d\u00e1diva de m\u00e3e t\u00e3o generosa, o homem inverteu a hierarquia de valores: a natureza passou a ser subserviente e submissa a ele, num processo de imola\u00e7\u00e3o sem tr\u00e9guas. A ideia passou a ser a de que tudo no planeta foi criado por Deus com o objetivo \u00fanico de servir o grande soberano, da forma que ele bem entendesse. Quanto mais progresso, mais viol\u00eancia contra a natureza.<\/p>\n

E, por isso, os esp\u00edritos da Terra est\u00e3o ganhando vida, retribuindo o desrespeito com in\u00fameras desgra\u00e7as. E assim caminha a humanidade!<\/p>\n

Nota: <\/span>Pintura de Jan van Gool<\/i> (1685-1763), pintor e escritor holand\u00eas.<\/p>\n

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