{"id":8464,"date":"2013-11-03T22:53:41","date_gmt":"2013-11-04T01:53:41","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=8464"},"modified":"2022-08-04T20:17:02","modified_gmt":"2022-08-04T23:17:02","slug":"raizes-da-mpb-silvio-caldas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/raizes-da-mpb-silvio-caldas\/","title":{"rendered":"Ra\u00edzes da MPB \u2013 S\u00cdLVIO CALDAS"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
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\"sc\"<\/p>\n

Esp\u00edrito irrequieto, o que seu jeito de falar sempre r\u00e1pido e vivo apenas indicava, S\u00edlvio Caldas n\u00e3o se contentou com a vida art\u00edstica. Foi bo\u00eamio, bebeu e fumou at\u00e9 o fim da longa vida, foi dono de casas noturnas, era ex\u00edmio cozinheiro, pescador e gostava de fazer viagens algo aventureiras. (Hugo Sukman, escritor e cr\u00edtico musical)<\/i><\/b><\/p>\n

O cantor, compositor, ator e apresentador de r\u00e1dio e TV S\u00edlvio Ant\u00f4nio Narciso de Figueiredo Caldas<\/i> nasceu na cidade do Rio de Janeiro\/RJ, no ano de 1908, numa fam\u00edlia musical de 15 irm\u00e3os. O pai, Ant\u00f4nio Caldas, era propriet\u00e1rio de uma pequena loja de instrumentos musicais e tamb\u00e9m afinador, al\u00e9m de compor serestas. O irm\u00e3o de S\u00edlvio<\/i>, Murilo Caldas, tamb\u00e9m foi cantor profissional.<\/p>\n

Silvio Caldas<\/i>, que cantava desde crian\u00e7a, iniciou sua carreira musical cantando samba, g\u00eanero que deixaria de ser regional para se transformar em m\u00fasica nacional. Sua estreia deu-se na R\u00e1dio Mayrink Veiga, em 1927. Ele criou uma cad\u00eancia especial. Era dono de grande clareza na pron\u00fancia das palavras e na divis\u00e3o r\u00edtmica, afina\u00e7\u00e3o e romantismo, o que chamava a aten\u00e7\u00e3o dos compositores daqueles tempos, dentre eles estava Ary Barroso, que levou S\u00edlvio Caldas<\/i> para cantar no Teatro Recreio, onde tamb\u00e9m cantavam Francisco Alves e Carlos Galhardo. O samba Faceira<\/i> foi o primeiro grande sucesso do cantor, em disco.<\/p>\n

O teatro musical foi muito importante para a careira art\u00edstica de S\u00edlvio Caldas<\/i>. Naquela \u00e9poca, o r\u00e1dio ainda estava nascendo e a ind\u00fastria fonogr\u00e1fica ainda em ascens\u00e3o. Era o teatro musical de revista que trazia popularidade aos grandes compositores e int\u00e9rpretes. S\u00edlvio<\/i> foi respons\u00e1vel por lan\u00e7ar grandes cl\u00e1ssicos de Ary Barroso, como Maria<\/i> e Velho Realejo<\/i>, de Cust\u00f3dio Mesquita e Sady Cabral, Deusa de Minha Rua<\/i>, de Jorge Faraj e Newton Teixeira, entre outros.<\/p>\n

S\u00edlvio Caldas<\/i> era um bo\u00eamio ass\u00edduo da noite carioca. Tornou-se amigo de Orestes Barbosa, poeta popular, jornalista e letrista, que vivia pr\u00f3ximo dos grandes compositores e cantores que frequentavam o Caf\u00e9 Nice, formando uma parceria com ele. Em quatro anos, os dois comporiam cerca de 14 serestas, sendo Sem Voc\u00ea<\/i> a primeira delas, gravada por Aurora Miranda (irm\u00e3 de Carmem Miranda). O cl\u00e1ssico Quase Que Eu Disse<\/i> foi gravado por S\u00edlvio<\/i> e fez parte da trilha sonora do filme de Humberto Mauro, Favela dos Meus Amores, no qual o cantor trabalhava como ator, interpretando o malandro Z\u00e9 Carioca. Recebeu o t\u00edtulo de O Seresteiro do Brasil<\/i>.<\/p>\n

O artista S\u00edlvio Caldas<\/i> sempre fez sucesso quer no samba ou na seresta (nome gen\u00e9rico dado \u00e0s valsas, modinhas e can\u00e7\u00f5es queixosas). A m\u00fasica de carnaval, Pastorinhas<\/i>, de Noel Rosa e Braguinha, lan\u00e7ada por ele, faz sucesso at\u00e9 hoje. O cantor era sucesso em qualquer g\u00eanero musical, sendo tamb\u00e9m um excelente compositor, ao lado de Orestes Barbosa. Uma das composi\u00e7\u00f5es da dupla, do g\u00eanero seresta, na voz do pr\u00f3prio S\u00edlvio Caldas, <\/i>continua atravessando os tempos: Ch\u00e3o de Estrelas<\/i>, j\u00e1 gravada mais de cem vezes. O poeta Manoel Bandeira encantou-se com o verso \u201ctu pisavas nos astros distra\u00edda\u201d, elegendo-o como o mais belo da l\u00edngua portuguesa.<\/p>\n

Mas S\u00edlvio Caldas<\/i> n\u00e3o ficou apenas nos chamados compositores da Era de Ouro. Tamb\u00e9m gravou can\u00e7\u00f5es mais atuais como Poema dos Olhos da Amada<\/i>, de Vin\u00edcius de Moraes e Paulo Soledad, Viva Meu Samba<\/i> e Pistom de Gafieira<\/i>, de Billy Blanco, entre outros. \u00c9 tido como um dos cinco maiores cantores da conhecida Era de Ouro da M\u00fasica Popular Brasileira, ou seja, um cantor da melhor qualidade.<\/p>\n

S\u00edlvio Caldas<\/i> morreu aos 90 anos, em 1998, de insufici\u00eancia respirat\u00f3ria.<\/p>\n

Nota
\n<\/span>Cliquem no link abaixo para ouvirem Ch\u00e3o de Estrelas:
\n<\/i>http:\/\/www.youtube.com\/watch?v=wvSsOpA7jm4<\/a><\/p>\n

Fonte de pesquisa:
\n<\/span>Ra\u00edzes da M\u00fasica Popular Brasileira\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha de S\u00e3o Paulo<\/p>\n

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