{"id":8546,"date":"2013-11-01T23:43:44","date_gmt":"2013-11-02T01:43:44","guid":{"rendered":"http:\/\/virusdaarte.net\/?p=8546"},"modified":"2022-08-04T20:17:36","modified_gmt":"2022-08-04T23:17:36","slug":"van-gogh-quarto-em-arles-e-a-casa-amarela","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/virusdaarte.net\/van-gogh-quarto-em-arles-e-a-casa-amarela\/","title":{"rendered":"Van Gogh – QUARTO EM ARLES e A CASA AMARELA"},"content":{"rendered":"

Autoria de Lu Dias Carvalho
\n<\/b><\/p>\n

\u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \u00a0 \"vg123\"<\/a> \u00a0 \"vg1234\"<\/a><\/p>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 (Cliquem nas imagens para ampli\u00e1-las.)<\/span><\/strong><\/p>\n

Uma luz amarela de enxofre p\u00e1lido, lim\u00e3o dourado p\u00e1lido. Que belo \u00e9 o amarelo! (Van Gogh)<\/i><\/b><\/p>\n

“A minha casa aqui \u00e9 pintada por fora de amarelo manteiga e tem persianas em verde forte; fica rodeada de sol, numa pra\u00e7a, onde tamb\u00e9m h\u00e1 um parque verde com pl\u00e1tanos, aloendros , ac\u00e1cias. Por dentro \u00e9 pintada de branco e o ch\u00e3o \u00e9 de azulejos vermelhos. E por cima o c\u00e9u de azul luminoso. L\u00e1 dentro posso, com efeito, viver e respirar e pensar e pintar”. (Van Gogh)<\/i><\/b><\/p>\n

O Quarto em Arles<\/i> (1888) \u00e9 uma das pinturas mais conhecidas de Vincent van Gogh. A primeira vers\u00e3o foi feita apenas duas semanas depois de o artista terminar a obra A Casa Amarela<\/i>, que retrata o local onde ele morou em Arles, e onde pensava instalar a sua t\u00e3o sonhada comunidade dos artistas. O quarto fazia parte da \u201ccasa amarela\u201d, nome com que a nomeou, tamanha era a sua paix\u00e3o pela cor amarela.<\/p>\n

O pintor holand\u00eas fez tr\u00eas vers\u00f5es da pintura referente ao seu pr\u00f3prio quarto e, segundo ele, a obra tinha o objetivo de trazer uma sensa\u00e7\u00e3o de repouso e descanso, conforme escreveu a seu querido irm\u00e3o Theo:<\/p>\n

Desta vez \u00e9 simplesmente um dormit\u00f3rio; s\u00f3 que a cor deve predominar aqui, transmitindo, com a sua simplifica\u00e7\u00e3o, um estilo maior \u00e0s coisas, para sugerir o repouso ou o sono. Em resumo, a presen\u00e7a do quadro deve acalmar a cabe\u00e7a, ou melhor, a imagina\u00e7\u00e3o. As paredes s\u00e3o de um violeta p\u00e1lido. O ch\u00e3o \u00e9 de quadros vermelhos. A madeira da cama e das cadeiras \u00e9 de um amarelo de manteiga fresca; o len\u00e7ol e os travesseiros, lim\u00e3o verde muito claro. A colcha \u00e9 vermelha escarlate. O lavat\u00f3rio, alaranjado; a cuba, azul. As portas s\u00e3o lilases. E isso \u00e9 tudo \u2013 nada mais neste quarto com as persianas fechadas. O quadrado dos m\u00f3veis deve insistir na express\u00e3o de repouso inquebrant\u00e1vel. Os retratos na parede, um espelho, uma garrafa e algumas roupas. A moldura \u2013 como n\u00e3o h\u00e1 branco no quadro \u2013 ser\u00e1 branca.<\/i><\/p>\n

Sobre a mesa vista na pintura encontram-se uma bacia com um jarro em seu interior, uma garrafa, um copo, um prato com sab\u00e3o e um par de frascos e de escovas. O ch\u00e3o est\u00e1 pintado em varia\u00e7\u00f5es da cor vermelha e verde e as pinceladas parecem simular faixas de madeira. O quadro que se encontra \u00e0 cabeceira da cama \u00e9 a reprodu\u00e7\u00e3o da paisagem de \u00c1rvore Balan\u00e7ando ao Vento<\/i>. Na outra parede existe um autorretrato do artista.<\/p>\n

O dormit\u00f3rio de Van Gogh \u00e9 de uma simplicidade extrema, possuindo apenas as coisas que lhe s\u00e3o necess\u00e1rias. Contudo, n\u00e3o passa a sensa\u00e7\u00e3o da tranquilidade t\u00e3o desejada por ele. Ao contr\u00e1rio, destacam-se a solid\u00e3o e a pobreza material em que vivia. O enquadramento e a disposi\u00e7\u00e3o dos m\u00f3veis e objetos no quarto deixam claro que ele n\u00e3o se encontrava muito l\u00facido na ocasi\u00e3o. Tamb\u00e9m \u00e9 incomum duas cadeiras no quarto, o que evidencia o seu desejo por companhia.<\/p>\n

Quando Van Gogh pintou <\/i><\/b>Quarto em Arles<\/i>, ele se via impossibilitado de trabalhar ao ar livre, porque era a \u00e9poca do vento mistral (vento violento, frio e seco, que sopra no N. da regi\u00e3o sudeste da Fran\u00e7a) que trazia muitas lufadas de ar frio. Al\u00e9m disto, ele se encontrava com a vista muito fraca. Recentemente esta obra foi restaurada, pois, segundo informa\u00e7\u00f5es do Van Gogh Museum`s<\/i>, as cores da pintura esmaeceram-se com o tempo. O mais interessante \u00e9 que a sua restaura\u00e7\u00e3o pode ser acompanhada atrav\u00e9s de um blog hospedado no site do museu em Amsterdam.<\/p>\n

Van Gogh morou em Arles durante 15 meses, sendo esse um dos seus per\u00edodos mais ricos em produtividade, assim como um dos mais lament\u00e1veis, pois foi ali que ele cortou a pr\u00f3pria orelha. Em Arles, nos dias de hoje, \u00e9 poss\u00edvel ter uma ideia de como era o seu quarto, ao visitar o Le Chambre de Vincent<\/i>, onde existe uma r\u00e9plica em tamanho real e bem fiel \u00e0 \u00e9poca.<\/p>\n

A Casa Amarela <\/b><\/i>(1888), uma das pinturas noturnas de Van Gogh, retrata a casa em que ele morou em Arles. Embora as outras casas estejam tamb\u00e9m pintadas com a cor amarela, a casa em quest\u00e3o \u00e9 a de janelas verdes. A cor amarela da fachada foi de escolha do pr\u00f3prio artista.<\/p>\n

Fichas t\u00e9cnicas
\n<\/span>Obra: O Quarto em Arles
\nData: 1889
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 57,5 x 74 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu d`Orsay, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\n

Obra: A Casa Amarela
\n<\/span>Data: 1888
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 72 x 91,5 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Rijksmuseum Van Gogh, Amsterd\u00e3, Holanda<\/p>\n

Fontes de pesquisa:
\n<\/span>Mestres da Pintura\/ Editora Abril
\nGrandes Mestres da Pintura\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nVan Gogh\/ Editora Taschen<\/p>\n

Views: 82<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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