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<\/a>\u00a0\u00a0 ![\"van123\"](\"http:\/\/virusdaarte.net\/wp-content\/uploads\/2013\/11\/van123.png\")
<\/a><\/p>\nA pintura n\u00e3o \u00e9 uma fantasia v\u00e3. \u00c9, antes de tudo, um trabalho manual e \u00e9 necess\u00e1rio realiz\u00e1-la como um bom oper\u00e1rio. (Renoir)<\/i><\/b><\/p>\n
N\u00e3o creio que nenhum outro pintor tenha interpretado a mulher de maneira mais sedutora. O pincel de Renoir, r\u00e1pido e leve, lhe d\u00e1 gra\u00e7a, agilidade, abandono, faz a carne transparente, colore as ma\u00e7\u00e3s do rosto e os l\u00e1bios com um encarnado brilhante. As mulheres de Renoir nos enfeiti\u00e7am. (Th\u00e9odore Duret)<\/i><\/b><\/p>\n
O pintor franc\u00eas, Pierre-Auguste Renoir<\/i> (1841-1919), alegrava-se por ter nascido num fam\u00edlia de grande talento manual, onde havia alfaiates, ourives e desenhista de modas. Para ele teria sido mais dif\u00edcil se tivesse nascido numa fam\u00edlia de intelectuais, pois teria levado muito tempo para se livrar das ideias recebidas. De origem humilde, aos 13 anos de idade, Renoir<\/i> deu in\u00edcio \u00e0 sua carreira art\u00edstica, pintando porcelanas, cortinas e leques para ajudar financeiramente sua fam\u00edlia, composta por mais seis irm\u00e3os. \u00c9mile Laporte, seu colega nas aulas noturnas da Escola de Desenho e Arte Decorativa, incentivou-o a frequentar o ateli\u00ea do mestre su\u00ed\u00e7o Charles Gleye, para que pudesse depois se ingressar na Academia, o que aconteceu dois anos depois.<\/p>\n
A princ\u00edpio, Renoir<\/i> exercitava-se fazendo c\u00f3pias de quadros de pintores famosos, pois, como dizia, \u201cpara compreend\u00ea-los \u00e9 preciso copi\u00e1-los\u201d<\/em>. Ali ficou conhecendo Monet, Sisley e Bazille que n\u00e3o gostavam da \u201carte-oficial\u201d, exigida pelo Sal\u00e3o (local de exposi\u00e7\u00e3o em Paris, que seguia rigidamente as normas acad\u00eamicas). Nos dias ensolarados, eles deixavam as portas fechadas do ateli\u00ea, para pintar ao ar livre (plain air). Morou com o colega Sisley e depois com Bazille, faltando-lhe, muitas vezes, at\u00e9 o dinheiro para comprar tinta, pois vivia apenas de sua arte. Em uma de suas cartas, ele dizia: \u201cVou quase todos os dias para a casa de Monet. Nem sempre temos o que comer…\u201d<\/em>.<\/p>\n Renoir<\/i> e seus amigos tamb\u00e9m nutriam grande admira\u00e7\u00e3o por Eugene Delacroix e Manet. Sendo que o \u00faltimo acabara de provocar um grande esc\u00e2ndalo com o seu quadro Almo\u00e7o Campestre<\/i>, rejeitado pelo academicismo do Sal\u00e3o. O grupo, numa cr\u00edtica mordaz, recebeu o nome ir\u00f4nico de \u201cimpressionistas\u201d, alcunha essa que viria a dar nome ao novo movimento pict\u00f3rico. Nas composi\u00e7\u00f5es de Renoir<\/i>, O Casal Sisley<\/i> e No Ver\u00e3o<\/i>, j\u00e1 \u00e9 poss\u00edvel perceber a presen\u00e7a dos efeitos crom\u00e1ticos da luz e da penumbra sobre os corpos, que mais tarde iriam se transformar nas sombras transparentes e coloridas do Impressionismo, cujo objetivo era aprisionar aquilo, que os olhos veem num determinado momento, sem a exig\u00eancia da exatid\u00e3o.<\/p>\n Apesar de trabalhar sob a \u00f3tica do movimento, que viria a ser chamado de impressionista, Renoir<\/i> n\u00e3o abriu m\u00e3o de tamb\u00e9m pintar dentro do ateli\u00ea, em ambiente fechado, pois sabia que a cr\u00edtica conservadora renegava o trabalho daquele grupo de pintores com suas pesquisas sobre o instante capturado. Mesmo assim, teve as obras criadas, para serem expostas no Sal\u00e3o, recusadas. Foi quando sugeriu ao grupo a cria\u00e7\u00e3o de um Sal\u00e3o dos Recusados, onde exporiam suas obras.<\/p>\n Posteriormente, o pintor foi criticado pelos amigos por expor telas suas no Sal\u00e3o e por moldar seus trabalhos aos interesses de sua clientela de burgueses. O artista estava num momento dif\u00edcil de sua vida, em crise depressiva sobre o estilo a seguir, chegando a destruir telas j\u00e1 prontas. Assim, ao ver esgotada sua fase impressionista, o pintor voltou-se para uma pintura mais delicada e de cores mais suaves. Nos seus \u00faltimos 10 anos de vida, ele pintou a sua famosa s\u00e9rie Banhistas<\/i> (mulheres nuas no banho), em que d\u00e1 mais destaque \u00e0s figuras principais, sem se preocupar com o fundo das telas. A s\u00e9rie trata-se de mulheres volumosas e de formas arredondadas, por isso, o artista \u00e9 muitas vezes chamado de \u201cO Pintor das Gordinhas\u201d.<\/p>\n Renoir <\/i>parece ter levado uma vida familiar normal, ao contr\u00e1rio de seu amigo Monet. Casou-se com a modelo Aline Charigot, com quem teve tr\u00eas filhos: Pierre, Jean (cineasta) e Claude. Viveram juntos at\u00e9 o final da vida dela, que morreu vitimada pela diabetes. Um ataque grave de reumatismo abalou a sa\u00fade de Renoir<\/i>, resultando numa paralisia facial. Com as m\u00e3os deformadas pela doen\u00e7a, foi obrigado a amarrar os pinceis no pulso para pintar. Seus \u00faltimos anos de vida foram passados numa cadeira de rodas, em raz\u00e3o de uma paralisia parcial. Mesmo assim, pintou at\u00e9 seu \u00faltimo dia de vida, quando comp\u00f4s um ramalhete. Morreu aos 68 anos de idade, deixando um acervo riqu\u00edssimo.<\/p>\n Nota: <\/span>Ilustrando o texto est\u00e3o dois autorretratos do pintor.<\/p>\n Fontes de pesquisa: Views: 5<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0 \u00a0\u00a0 A pintura n\u00e3o \u00e9 uma fantasia v\u00e3. \u00c9, antes de tudo, um trabalho manual e \u00e9 necess\u00e1rio realiz\u00e1-la como um bom oper\u00e1rio. (Renoir) N\u00e3o creio que nenhum outro pintor tenha interpretado a mulher de maneira mais sedutora. 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\n<\/span>Renoir\/ Cole\u00e7\u00e3o Folhas
\nRenoir\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es
\nRenoir\/ Cole\u00e7\u00e3o Girassol<\/p>\n