<\/a><\/p>\nTalvez Renoir seja o \u00fanico grande pintor que nunca fez um quadro triste. (Mirbeau)<\/i><\/b><\/p>\n
A composi\u00e7\u00e3o Os Guarda-chuvas<\/i> \u00e9 uma obra do chamado per\u00edodo \u201c\u00e1spero\u201d de Renoir, quando ele se encontrava na travessia do estilo impressionista para um novo, mas ainda cheio de d\u00favidas, de modo que \u00e9 poss\u00edvel encontrar elementos do impressionismo presentes no quadro, inclusive o corte de figuras nas margens da tela.<\/p>\n
A obra mostra o vai e vem de pessoas, debaixo de seus guarda-chuvas, num dia chuvoso na cidade, onde predominam os tons azuis, cinzentos e castanhos. O pintor iluminou-os com cores brilhantes. Ao contr\u00e1rio de suas obras impressionistas, Renoir trabalha as formas com precis\u00e3o, como podemos ver no aro que a crian\u00e7a segura, nos guarda-chuvas e na chapeleira que a costureirinha segura no bra\u00e7o. Os guarda-chuvas encontram-se nas mais variadas posi\u00e7\u00f5es e dire\u00e7\u00f5es, o que confere ao quadro uma grande varia\u00e7\u00e3o de formas. Destacam-se como personagens principais da composi\u00e7\u00e3o: as duas crian\u00e7as com seus chap\u00e9us pomposos e a costureira carregando uma chapeleira. Apesar do dia acinzentado, as figuras parecem alegres, uma caracter\u00edstica constante na obra do pintor.<\/p>\n
H\u00e1 uma certa dicotomia na composi\u00e7\u00e3o da tela. Na parte direita uma senhora burguesa, elegantemente vestida, volta o olhar para suas duas crian\u00e7as, cuja pintura lembra o estilo impressionista. Por sua vez, a bela costureira com a chapeleira, \u00e0 esquerda da tela, possui tra\u00e7os n\u00edtidos, com sua silhueta bem delineada. Al\u00e9m disso, o azul aplicado na parte direita da tela \u00e9 cobalto, enquanto o da esquerda trata-se de azul-marinho. O que demonstra que o quadro foi trabalhado em per\u00edodos diferentes.<\/p>\n
Renoir coloca justapostas no primeiro plano duas figuras femininas de classes diferentes: uma burguesa e uma oper\u00e1ria. A costureira n\u00e3o usa chap\u00e9u e, apesar de sua condi\u00e7\u00e3o humilde, tem o porte altivo de uma grande dama, indiferente aos galanteios do homem a seu lado que lhe oferece guarida debaixo de seu guarda-chuva. Os olhos da jovem dirigem-se para o observador.<\/p>\n
Atr\u00e1s da personagem burguesa uma mulher olha para o c\u00e9u e abre o seu guarda-chuva, sinalizando que come\u00e7ara a chover. A crian\u00e7a que carrega o aro, usa um aparatoso chap\u00e9u e um esmerado casaco. Renoir era conhecido pela destreza em retratar crian\u00e7as. A pequenina parece olhar diretamente para o observador. Em meio \u00e0 aglomera\u00e7\u00e3o uma figura levanta mais alto o seu guarda-chuva, tentando abrir caminho sem bater nos outros. Pela posi\u00e7\u00e3o dos guarda-chuvas \u00e9 poss\u00edvel notar que as pessoas caminham em diferentes dire\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
A falta de chuviscos e a calma das figuras n\u00e3o conferem realidade \u00e0 composi\u00e7\u00e3o, quanto ao momento da queda da chuva. Apesar de aglomeradas, as pessoas parecem ignorar umas \u00e0s outras.<\/p>\n
Ficha t\u00e9cnica
\n<\/span>Ano: 1881-1886
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 180 x 115 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: The National Gallery, Londres, Gr\u00e3 Bretanha<\/p>\nFontes de pesquisa:
\n<\/span>Renoir\/ Folha Cole\u00e7\u00f5es
\nRenoir\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es<\/p>\nViews: 6<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho Talvez Renoir seja o \u00fanico grande pintor que nunca fez um quadro triste. (Mirbeau) A composi\u00e7\u00e3o Os Guarda-chuvas \u00e9 uma obra do chamado per\u00edodo \u201c\u00e1spero\u201d de Renoir, quando ele se encontrava na travessia do estilo impressionista para um novo, mas ainda cheio de d\u00favidas, de modo que \u00e9 poss\u00edvel encontrar […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/8784"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=8784"}],"version-history":[{"count":10,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/8784\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":45960,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/8784\/revisions\/45960"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=8784"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=8784"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=8784"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}