\u00cdNDICE \u2013 HIST\u00d3RIA DA ARTE<\/a>)<\/span><\/strong><\/em><\/p>\n\u00c0 parte das falsas apar\u00eancias no palco, Degas mostra todas as fealdades reais, a precocidade doentia das mo\u00e7as de fisionomias envelhecidas, bem magras, bastante audazes ou sonhadoras demais, sobre membros infantis. (Paul Lafond)<\/i><\/b><\/p>\n
A composi\u00e7\u00e3o intitulada A Aula de Dan\u00e7a<\/i> faz parte das obras-primas do pintor impressionista e de uma s\u00e9rie de pinturas com o mesmo tema. Edgar Degas era encantado pelo bal\u00e9. Assistia tanto aos ensaios como \u00e0s suas representa\u00e7\u00f5es. Pintou in\u00fameras telas sobre o tema, captando em min\u00facias express\u00f5es e poses de cada bailarina, resultando num conjunto bem elaborado e no seu perfeito entrosamento com o espa\u00e7o, o que o transformou no mais importante pintor de bailarinas.<\/p>\n
Ao pintor n\u00e3o importava retratar a beleza dos corpos. Ele gostava de captar sobretudo o esgotamento, o cansa\u00e7o, a dor extenuante e as l\u00e1grimas advindos de muitas horas de ensaio. Podemos dizer que ele mostrava a outra face da moeda, aquela que n\u00e3o era observada durante as apresenta\u00e7\u00f5es, embora tamb\u00e9m pintasse tais momentos. N\u00e3o lhe importava a emo\u00e7\u00e3o dos artistas e p\u00fablico, mas o aspecto pl\u00e1stico, a uni\u00e3o entre luzes, sombras e figuras humanas.<\/p>\n
Na composi\u00e7\u00e3o A Aula de Dan\u00e7a<\/i> um grupo de bailarinas faz um semic\u00edrculo em volta do professor, enquanto esse d\u00e1 explica\u00e7\u00f5es \u00e0 aluna que se encontra \u00e0 sua frente. O rosto da garota expressa seu estado de concentra\u00e7\u00e3o, encontrando-se numa postura de bal\u00e9 cl\u00e1ssico. As demais alunas aproveitam para descansar ou para treinar alguns passos. Elas usam faixas com cores vivas e fitas pretas no pesco\u00e7o.<\/p>\n
Degas traz a ilus\u00e3o de movimento na pintura, ao individualizar as bailarinas que se encontram em diferentes posturas e gestos. \u00c9 interessante notar a maestria do pintor ao criar a ilus\u00e3o de profundidade, como ao pintar t\u00e1buas diagonais com suas n\u00edtidas linhas pretas e as colunas verticais de m\u00e1rmore preto que criam fortes verticais e levam o olhar do observador para o fundo da tela, onde se encontra uma garota consertando o seu colar.<\/p>\n
Um c\u00e3ozinho terrier aparece cheirando as pernas da bailarina de la\u00e7o verde e sapatilhas cor de rosa,\u00a0 postada em primeiro plano de costa para o observador. \u00c0 sua esquerda uma bailarina est\u00e1 assentada sobre o piano, co\u00e7ando as costas, enquanto abaixo dela, quase oculta, outra ajeita seu brinco. Debaixo do piano encontra-se um regador verde-escuro, onde o pintor assinou seu nome. A presen\u00e7a de tal objeto na pintura lembra que ele \u00e9 usado para umedecer as t\u00e1buas empoeiradas do sal\u00e3o. C\u00e3ozinho e regador d\u00e3o um toque de leveza ao rigor da composi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O core\u00f3grafo que tamb\u00e9m usa sapatilhas encontra-se de p\u00e9 no meio do sal\u00e3o, com os bra\u00e7os apoiados no seu bast\u00e3o de madeira que serve para marcar o compasso. Ele \u00e9 a figura central da composi\u00e7\u00e3o. Trata-se do famoso bailarino e core\u00f3grafo Jules Perrot. No fundo da sala um grupo embevecido de m\u00e3es observa suas filhas, enquanto as garotas mostram-se \u00e0 vontade nas mais diferenciadas posi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Na composi\u00e7\u00e3o o observador parece fazer parte da cena, assim como o pintor, mas sem ser notado. Ele apenas olha sem ser observado. As bailarinas est\u00e3o voltadas para o mestre ou para si mesmas, enquanto\u00a0 as m\u00e3es observam-nas.<\/p>\n
Curiosidades<\/span><\/p>\n\n- Durante a Belle \u00c9poque a capital francesa fascinava os artistas impressionistas com a dan\u00e7a, sobretudo com o bal\u00e9.<\/li>\n
- Embora o bal\u00e9 fosse um tipo de dan\u00e7a muito apreciado naquela \u00e9poca, n\u00e3o se tratava de uma atividade respeit\u00e1vel, de modo que muitas bailarinas tornavam-se prostitutas, sendo cobi\u00e7adas pelos burgueses ricos.<\/li>\n<\/ul>\n
Obs.:<\/span> Aumente seu conhecimento sobre arte, fazendo o curso gratuito, aqui no blogue, sobre: HIST\u00d3RIA DA ARTE <\/a><\/strong><\/p>\nFicha t\u00e9cnica
\n<\/span>Ano: 1873-1876
\nT\u00e9cnica: \u00f3leo sobre tela
\nDimens\u00f5es: 85 x 75 cm
\nLocaliza\u00e7\u00e3o: Museu D\u2019Orsay, Paris, Fran\u00e7a<\/p>\nFontes de pesquisa
\n<\/span>Degas\/ Cole\u00e7\u00e3o Folha
\nDegas\/ Abril Cole\u00e7\u00f5es
\nArte em Detalhes\/ Publifolha<\/p>\nViews: 41<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho \u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0 (Fa\u00e7a o curso gratuito de Hist\u00f3ria da Arte\u00a0 acessando \u00cdNDICE \u2013 HIST\u00d3RIA DA ARTE) \u00c0 parte das falsas apar\u00eancias no palco, Degas mostra todas as fealdades reais, a precocidade doentia das mo\u00e7as de fisionomias envelhecidas, bem magras, bastante audazes ou sonhadoras demais, sobre membros infantis. (Paul Lafond) A composi\u00e7\u00e3o […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[24,49,11,42],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9457"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9457"}],"version-history":[{"count":12,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9457\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47753,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9457\/revisions\/47753"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9457"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9457"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9457"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}