f<\/em>olia de reis<\/i> apresentadas no Brasil tem a sua origem em Portugal. Foram trazidas pelos jesu\u00edtas com o intuito de catequizar os \u00edndios e, posteriormente, os escravos. S\u00e3o ainda encontradas em v\u00e1rios pa\u00edses europeus. A diversidade \u00e9tnica, geogr\u00e1fica e cultural de nosso povo contribuiu para que variadas formas de folia surgissem, tradi\u00e7\u00e3o que \u00e9 recebida e passada para frente, atrav\u00e9s dos tempos.<\/p>\nUm grupo de pessoas, movidas pela f\u00e9 ou pelo divertimento, visita casas e at\u00e9 mesmo fazendas mais pr\u00f3ximas, cantando e brincado, simbolizando a visita\u00e7\u00e3o dos reis magos ao Deus Menino. \u00c0 frente do grupo vai a bandeira, ou estandarte, com a figura dos reis magos, que \u00e9 a pe\u00e7a sagrada que o grupo carrega. A dura\u00e7\u00e3o das visitas varia de acordo com a tradi\u00e7\u00e3o do lugar. Pode come\u00e7ar na noite de Natal, antes da missa do galo e prosseguir at\u00e9 o dia 6 de janeiro. Ou se iniciar no dia primeiro de janeiro indo at\u00e9 o dia 6 do mesmo m\u00eas. H\u00e1 regi\u00f5es em que ela se estende at\u00e9 o dia 2 de fevereiro, simbolizando a volta dos reis magos para o Oriente.<\/p>\n
O grupo de folia canta em frente ao pres\u00e9pio, onde se encontra o menino Jesus. Alguns grupos possuem o mestre, embaixador ou tirador (de versos). Ele possui uma grande responsabilidade pelo andamento da folia e deve responder a qualquer pergunta feita pelo p\u00fablico sobre o nascimento de Jesus.<\/p>\n
Ao se postar diante de uma casa, o grupo de folia canta o canto da chegada, pede licen\u00e7a para entrar, sa\u00fada o menino Jesus no pres\u00e9pio e tamb\u00e9m os moradores, pede esmola, agradece e se despede. O interessante \u00e9 que as casas que s\u00e3o visitadas, normalmente se encontram com a porta fechada, para que todo o ritual seja cumprido. Em algumas regi\u00f5es do pa\u00eds, os moradores da casa beijam a bandeira, e o dono da morada entra nos c\u00f4modos com ela, aben\u00e7oando todos os aposentos.<\/p>\n
A esmola recebida tem, normalmente, um fim filantr\u00f3pico. Em muitas casas, os foli\u00f5es s\u00e3o generosamente alimentados, podendo continuar, sem fome ou cansa\u00e7o, a visita\u00e7\u00e3o. O estado de Minas Gerais \u00e9 um dos mais ricos na tradi\u00e7\u00e3o de Folia de Reis<\/i> tamb\u00e9m conhecida como Terno de Reis<\/i>.<\/p>\n
Os cantos que acompanham as visitas s\u00e3o bastante variados. Abaixo, alguns exemplos:<\/p>\n
(Chegada)
\nAqui est\u00e3o os santos reis\/ que vieram lhe visitar\/ v\u00eam pedir a sua esmola\/ pra seu dia festejar.<\/i><\/p>\n
(Pedido)
\nSe tiver de dar a esmola\/ n\u00e3o demore, venha dar\/ que as noites est\u00e3o pequenas\/ temos muito que andar.<\/i><\/p>\n
(Agradecimento)
\nDeus lhe pague a bela esmola\/ Dada de bom cora\u00e7\u00e3o\/ na Terra ter\u00e1 o pague\/ e no c\u00e9u a salva\u00e7\u00e3o.<\/i><\/p>\n
ou<\/p>\n
A pessoa que p\u00f5e um ovo\/ na sacola do pid\u00e3o\/ pe\u00e7o a Deus que a proteja\/ e nunca lhe falte o p\u00e3o.<\/i><\/p>\n
(Se a esmola n\u00e3o sai)
\nEsta barba de farelo\/ n\u00e3o tem nada pra nos dar\/ Deus permita que ela vire\/ gavi\u00e3o caracar\u00e1.<\/i><\/p>\n
Nota:
\n<\/span>A imagem do texto representa as associa\u00e7\u00f5es de moradores dos bairros Patrim\u00f4nio<\/span> e Morada da Colina<\/span>, na regi\u00e3o Sul de Uberl\u00e2ndia<\/i>, e a festa de Folia de Reis. (uipi.com.br<\/a>)<\/p>\nViews: 2<\/p>","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Autoria de Lu Dias Carvalho A Festa de Reis celebra a visita dos Reis Magos, conhecidos como Melchior, Baltazar e Gaspar, ao menino Jesus, logo ap\u00f3s o seu nascimento, vindo do Oriente at\u00e9 Bel\u00e9m, guiados por uma estrela, segundo reza o cristianismo. Grupos pequenos de ranchos e folias fazem parte da comemora\u00e7\u00e3o. De acordo com […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"sfsi_plus_gutenberg_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_show_text_before_share":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_type":"","sfsi_plus_gutenberg_icon_alignemt":"","sfsi_plus_gutenburg_max_per_row":"","_monsterinsights_skip_tracking":false,"_monsterinsights_sitenote_active":false,"_monsterinsights_sitenote_note":"","_monsterinsights_sitenote_category":0,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[24],"tags":[],"aioseo_notices":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_sharing_enabled":true,"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9669"}],"collection":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9669"}],"version-history":[{"count":5,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9669\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":47451,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9669\/revisions\/47451"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9669"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9669"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/virusdaarte.net\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9669"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}