Rivera – DIA DOS MORTOS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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A composição Dia dos Mortos é uma obra do pintor mexicano Diego Rivera, que embora tivesse a sua própria ideologia, jamais deixou de levar em conta a religiosidade de seu povo, assim como suas superstições, como mostra sua pintura cheia de ardor e sensibilidade. O artista foi responsável por rebatizar a morte, que era chamada de “La Calavera Garbancera”, com o nome de “La Catrina”. Em sua pintura, o artista apresenta várias pessoas num cemitério, cultuando seus mortos, fato muito comum em seu país.

Em primeiro plano encontra-se uma família composta por quatro membros, sendo um homem e três mulheres. O homem, com seu enorme chapéu, assim como uma mulher segurando o que se parece com um recipiente com comida, encontram-se de frente para o observador. Duas outras figuras femininas, uma em cada lado do túmulo, trazem a cabeça baixa, como se estivessem em oração. Um vaso de flores e duas velas estão sobre o túmulo. Abaixo, no que parece ser também uma laje tumular, estão três velas, um vaso com flores, três pratos de cerâmica, onde se coloca comida para o morto, e um objeto parecido com uma lamparina, do qual sai uma fumaça branca. As cinco gigantescas velas iluminam a cena.

Ao fundo, entre monumentos fúnebres, são vistos três homens em pé, usando chapéus (sombreros) e ponchos, enquanto algumas mulheres estão sentadas, também cobertas. Outra mulher, à direita, é vista mais ao longe. Ali também, a luminosidade das velas clareia tudo em derredor. A cena acontece numa noite de muito frio.

A morte tem seu culto no México, celebrado com música, muita comida, teatro, etc. Ela é cultuada como uma entidade milagrosa, que vela pelos mais desvalidos e piores pecadores, quando esses já não têm mais com quem contar e, quando tudo no mundo se torna um inimigo à espreita. Mas tal ser sobrenatural também exige o seu quinhão em troca, afirmam os seus fiéis. Enquanto o devoto honrar os compromissos feitos com “La Santa Muerte” contará com a sua acolhida e proteção, sejam lá quais forem os pecados que carregar consigo. O pagamento deve ser proporcional ao tamanho do milagre. Ou seja, quem pede mais, paga mais. O que não deixa de ser muito justo.

O “Dia dos Mortos” (Día de Muertos) mais conhecido em todo o mundo é o mexicano. Antes mesmo da chegada dos colonizadores espanhóis ao México, já havia por lá tal comemoração, assim como em outros países da América Central. As festividades têm lugar nos dias 1º (Todos os Santos) e dois (Finados) de novembro. A festividade mexicana foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Ficha técnica
Ano: 1944
Técnica: óleo sobre masonite
Dimensões: 73 x 91 cm
Localização: Museu Nacional de Arte Moderna, Cidade do México, México

Fonte de pesquisa
Gênios da Pintura/ Abril Cultural

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