Autoria de Edward Chaddad
O estresse, a ansiedade e as preocupações exageradas levam a pessoa a não dormir, a ficar acordada, excitada pelos problemas da vida, resultando na insônia. Para o adulto é importante dormir pelo menos sete a oito horas por dia. E se não o fizer durante muito tempo, este quadro de insônia certamente levará às doenças físicas e ou mentais, principalmente à depressão. Há um liame entre eles. Assim, o estresse e a ansiedade produzem a insônia. E a insônia pode causar mais ansiedade e estresse, círculo que tem que ser detido, pois cada vez mais alimenta a depressão.
Dormir é importante, é um descanso que refaz a condição física e mental do dia anterior. E isto não acontece, quando a insônia toma conta de quase toda a noite, atrapalhando todas as fases do sono, de forma que sequer se chega à fase REM, quando se tem a mais profunda fase do sono e quando o raciocínio, mesmo dormindo, trabalha como se a pessoa estivesse acordada. A fim de chegar ao sono REM, há um caminho, sendo necessário tomar certas medidas antes de dormir.
É preciso evitar ficar acordado, pensando nos problemas de trabalho e na vida. É preciso escapar dos pensamentos ruins, assistindo à TV, usando celular com a luz forte acesa, bebendo bebidas ricas em cafeína, álcool e chocolate, que mudam a serotonina do corpo, afetando os neurotransmissores. Tudo isto leva à ansiedade que alimenta a insônia.
A modernidade trouxe a luz que afeta o sono. Os seres humanos, durante milhares e milhares de anos, tinham a escuridão da noite obrigatoriamente, quando então adormeciam. A melatonina era produzida diante da escuridão pela glândula pineal do cérebro: “ao escurecer, a substância passa a ser produzida na glândula pineal do cérebro. Esse processo auxilia o organismo em seu preparo para o sono. Ele reduz a pressão arterial, os níveis de glicose e a temperatura do corpo” Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba e especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP)
Antes de dormir é preciso manter um ambiente escuro, para ativar a produção pelo cérebro da melatonina, que é o hormônio produzido pelo corpo com a função de regular o sono. Mesmo a manutenção do brilho da TV em um quarto escuro pode produzir efeitos no cérebro que legam transtornos de humor, incluindo a depressão. “A luz à noite pode alterar os ciclos biológicos e a produção de hormônios, como a melatonina e cortisol. No caso da melatonina, ela para de ser secretada e o sono fica superficial, fazendo com que a pessoa acorde facilmente” e “o ideal é um ambiente escuro e sem ruído para ter um descanso reparador, sem interrupções e acordar disposto no dia seguinte” (Shigueo Yonekura, neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba e especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP)
Dormir mal ou pouco, no dia seguinte traz irritação, dificuldades cognitivas, até dores de cabeça e no corpo, sonolência e alterações no metabolismo que deixam as pessoas suscetíveis a outras doenças físicas (hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, etc) e nervosas, perda e alteração da memória, estresse crônico e a depressão. É importante buscar um médico (neurologista ou especialista da terapia do sono) que irá examinar e ensinar a melhorar a capacidade de dormir, que é a solução.
“É importante tratar o estresse, a ansiedade e o excesso de preocupações. No que concerne à possibilidade de estar vivenciando a depressão, é preciso preocupar com:
- diminuição ou aumento exagerado de apetite, o aumento anormal do cansaço, a baixa estima ao não se aceitar, diminuindo o amor próprio, julgando-se incapaz de alcançar seus objetivos de vida, de pensar e concentrar-se na solução dos problemas, decidir, enfim;
- com os sentimentos de culpa, a ausência acentuada do prazer em ações antes apreciadas, como interações sociais e até com animais, com o nervosismo, a tristeza, que já pode ser um humor deprimido e, ainda, como o desânimo e a insônia.
Tudo isto já pode fazer parte e mesmo gerar diversos transtornos em nossa mente, como a depressão. Na terapia há também o auxílio de alimentação correta e ainda as indicadas por nutricionista, tais como:
Ovos: são uma boa fonte de vitaminas do complexo B, que colaboram com o bom humor. O recomendado é uma unidade por dia, no máximo. Quem tem colesterol alto deve se preocupar com o consumo excessivo e evitar esse alimento frito.
Castanha-do-pará: é rica em selênio, um poderoso agente antioxidante. A castanha pode ajudar na redução do estresse. São recomendadas de duas a três unidades diárias. Nozes e amêndoas: também são fontes ricas de selênio e ajudam a minimizar os sintomas. Recomendação é de quatro a cinco unidades de nozes ou 10 a 12 unidades de amêndoas. Mel: é estimulante e ajuda na produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Para usufruir dos benefícios, duas colheres de sobremesa ao dia são suficientes. Leite e iogurte desnatados: são fontes ricas de cálcio, mineral que elimina a tensão e depressão. O cálcio ajuda a reduzir e controlar o nervosismo e a irritabilidade. É recomendado o consumo de 2 a 3 porções por dia.
Frutas: melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão, todas elas são ricas em triptofano, aminoácido que ajuda na produção de serotonina. É recomendado o consumo de três a cinco porções de frutas todos os dias. Laranja e maçã: São excelentes fontes de ácido fólico, cujo consumo está associado à menor prevalência de sintomas depressivos. Além de ser rica em vitamina C, a laranja promove o melhor funcionamento do sistema nervoso, garante energia, ajuda a combater o estresse e previne a fadiga. O suco de laranja com maracujá diminui a ansiedade”.
Ilustração: O Urutu, 1928, Tarsila do Amaral
Fonte de pesquisa:
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/34271-alimentos-que-ajudam-no-combate-a-depressao