DEPRESSÃO – USANDO A TERAPIA DE R. CRUSOÉ

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A apatia ocasionada pelo estado depressivo não é tão dolorosa quanto os pensamentos negativos. Embora o corpo mostre-se inerte, sem qualquer vontade de exercitar, a mente trabalha atabalhoadamente, produzindo um sem conta de pensamentos sombrios. E pior, o depressivo não sabe como mudar sua perspectiva de vida. Em tudo que acontece à sua volta vê apenas o sinal da confirmação de seus imaginários temores. Até mesmo o fato de um conhecido passar sem cumprimentá-lo já gera um encadeamento de mirabolantes questionamentos negativos. Jamais imagina que o amigo pode não o ter visto.

O biofísico Stefan Klein ensina: “A primeira recomendação é percebê-las. Existem diversas estratégias para isso. Uma das mais eficazes é a que Robinson Crusoé utilizou. Devemos anotar os temores, as autocríticas e as dúvidas quanto ao nosso próprio destino. O simples fato de colocarmos no papel tudo o que nos atormenta já é um primeiro passo para nos livrarmos dessas aflições. Ao mesmo tempo nos permite formar uma ideia pais precisa sobre esses pensamentos sombrios acerca do futuro ameaçador e dos julgamentos depreciativos que fazemos a nosso respeito. Parece que o que está no papel se torna mais concreto e mais fácil de analisar do que as fantasias que se desenvolvem em nossa mente”.

Se a pessoa, após ser inundada por pensamentos pessimistas, não consegue eliminá-los assim que os percebe, voltando sua atenção para outras coisas, precisa mesmo usar o método de Robinson Crusoé, listando as coisas boas e as ruins. É possível que, ao listar as boas, ele consiga escrever que “a pessoa pode não o ter visto”, como no exemplo acima.

Alguns podem até mesmo achar que terão que andar com um caderno de anotações a vida inteira. Nada disso! Já aprendemos aqui neste site que o nosso cérebro possui a capacidade de mudar ao longo de nossa vida (a chamada plasticidade cerebral). A capacidade de adaptação do Sistema Nervoso Central é surpreendente. Ele tem a habilidade para modificar sua organização estrutural e funcional como resposta às experiências vividas, ou seja, aos estímulos ambientais. O cérebro humano é capaz de se reorganizar, usando novas conexões entre os neurônios.

A constância da atividade de listar as coisas ruins e as coisas boas advindas de uma situação faz com que “O autocontrole sobre os pensamentos sombrios e as sensações ruins torne-se um hábito.  À medida que essa habilidade se aperfeiçoa, vão desaparecendo também os sentimentos amargos”, conforme explica Klein.

Não deixe de ler o artigo que complementa este:
DEPRESSÃO E TERAPIA ROBINSON CRUSOÉ

Fonte de pesquisa:
A Fórmula da Felicidade – Stefan Klein – Editora Sextante

4 comentaram em “DEPRESSÃO – USANDO A TERAPIA DE R. CRUSOÉ

  1. José

    Lu

    Para ajuda aos pensamentos intrusivos que insistem em aparecer em momentos mais improváveis, tenho usado as técnicas do ho’oponopono e as meditações de Louise Hay. Tenho tido bons resultados.
    Luz e paz!

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      José Procópio

      É um prazer tê-lo aqui. Fale-nos sobre tal técnica, pois imagino que a maioria de nós não a conhece.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  2. Hernando Martins

    Lu

    Acredito que a melhor forma de nos livrarmos dos pensamentos negativos e destruidores do emocional é exercitar diariamente ações que possibilitam mudanças de conceitos que não funcionam, para conceitos que realmente sejam reais em relação à vida.Temos que ter a humildade de reconhecer que não temos controle de nada nessa vida, nem de nós mesmos, mas podemos direcionar a bússola galgarmos objetivos que sejam verdadeiros e justos e que nos levem em direção à felicidade. Devemos fazer atividades que realmente nos enobrecem e nos satisfação como seres humanos. Isto evita tensões e promove um estado de consciência mais relaxante.Temos que entender que a pessoa mais importante que existe somos nós mesmos, porque somente nós podemos espalhar amor pelo caminho, se plantarmos felicidade dentro da gente.

    Os problemas sempre existiram e sempre existirão, o segredo é entender que não temos controle sobre a vida, tudo pode acontecer. É preciso ser um navegante corajoso e destemido para enfrentar as tempestades e os maremotos que permeiam a nossa existência de tempos em tempos. Quando entendermos que tudo isso faz parte da vida e que todos têm uma cruz a carregar, umas maiores e outras menores, nós nos tornamos mais realistas e conscientes, ao saber que o segredo da vida não é ter ausência de problemas e conflitos e, sim saber administrá-los. Assim, nós nos tornamos mais resilientes e preparados para enfrentar as adversidades que não são poucas.

    Hernando

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Hernando

      As pessoas perfeccionistas são as que mais sofrem com os contratempos da vida, pois não abrem mão de controlar tudo que diz respeito a si mesmas e, não contentes, querem controlar o que acontece em seu entorno. Como você bem diz, existem muitos acontecimentos sobre os quais não exercemos nenhum controle. Aí entra aquela oração maravilhosa da Serenidade:

      “Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras”.

      Realmente com tantas adversidades, é preciso que “nós nos tornemos mais resilientes e preparados para enfrentar as adversidades que não são poucas”.

      Abraços,

      Lu

      Responder

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