Este é um ditado muito comum, conhecido em todo o Brasil, apresentando pequenas variações, tais como: “quem muito abaixa o cu aparece” ou ainda “quem muito abaixa mostra a bunda”.
O ditado em questão originou-se da expressão “quem muito se abaixa, oculto padece”, mas como a língua tem essa capacidade fantástica de modificar-se através dos tempos, pois ela é viva, moldando-se ao sabor dos ventos e das culturas, o “oculto padece” cedeu lugar à “bunda aparece” que possui um som semelhante. Talvez seja porque nos dias de hoje essa parte carnosa de nossa anatomia anda em alta, abundando e desbundando sem nenhum acanhamento, podendo se abaixar à vontade.
E por falar em abaixar-se, estupefata fiquei eu, ao saber que certas garotas abrem mão de determinada peça interna do vestuário feminino, responsável por cobrir e proteger os “países baixos”, quando estão nos bailes funks, apesar do sobe e desce dos requebros e dos micros vestidos. É o fim do mundo! – diria minha avó Otília, se viva estivesse, mas cada um é cada um.
Voltando ao dito popular “quem muito se abaixa a bunda aparece”, tão comum no Brasil, trata-se de uma alusão às pessoas que se tornam servis em demasia, abrem mão de qualquer pensamento crítico, para agradar outrem, sem nunca expor as suas próprias convicções, seus pontos de vista. O resultado desse rebaixamento moral é que elas acabam perdendo o respeito dos outros por si próprias, sujeitando-se a abusos de todo tipo, pois quem não se respeita jamais será respeitado, onde quer que se encontre. Portanto, não se abaixe ao ponto de deixar a bunda aparecer. Respeite-se!
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Lu (e companheiros desta página querida)
Eu sumi durante um bom tempo. Mas sinto muita saudade de seus artigos e dos comentários dos colegas. Estive cuidando do corre-corre da vida, e, neste início de ano, até por ser início de ano, fiquei saudosista, algo que eu sempre disse não ser, rs. Acho que o avançar da idade está me transformando. Como disse, voltei porque senti saudade. Você e os colegas deste espaço estão todos bem? Como têm enfrentado os problemas emocionais e psicológicos? Melhoraram?
Eu, por minha conta e risco, dei uma parada no antidepressivo Fluoxetina, que tomava há quase dois anos. Resolvi correr o risco, porque tomo esses medicamentos há mais de 10 anos. Eu não me considero curada do pânico nem da depressão, doenças que têm controle, mas queria me sentir um pouco “livre” das medicações.
Agora, pretendo ficar uns dias sozinha na praia e estou com medo de passar mal. Que coisa, né? Faz tempo que não tenho crise forte, até porque eu já conheço os sintomas e tento “me controlar”.
Lu, você acredita em Ano Novo? Rs. Um dia, gostaria de conhecer você e os colegas desta página pessoalmente. Quem sabe, né. Abraço grande e coragem para nós.
Rosa
Rosa, Rosinha
Quanta saudade!
Sei como é o corre-corre da vida. São tantos os afazeres que a gente mal dá conta de botar tudo em ordem. Mas isso é importante, pois significa que estamos com saúde, correndo de um lado para outro, não é mesmo? Depois que vi uma amiga muito jovem e dinâmica tombar nos braços de uma doença chamada ELA, sendo que em menos de um ano não mais consegue virar na cama, aprendi a valorizar mais as minhas tarefas.
Eu estou bem, mas sempre ancorada pelo antidepressivo (oxalato de escitalopram), para não dar lugar ao pânico e à depressão que andam sempre a me rondar desde a adolescência. Tratam-se de doenças que não têm cura. Olhe lá, dona Rosa, ao surgirem os primeiros sintomas, volte correndo para os medicamentos. Não espere para ver.
Eu não acredito em Ano Novo, acredito, sim, em posturas novas, partindo principalmente de mim, uma vez que ninguém muda ninguém. A Terra gira sempre do mesmo jeito, anos após anos, o que muda mesmo são as intempéries, num ano mais, noutros menos. O importante é seguir em frente.
Amiguinha, imagino que todos os nossos amigos estejam bem. Alguns tomaram chá de sumiço, mas retornam ao site assim que as crises abatem-nos.
Perdoe-me por somente agora responder o seu comentário. Estava viajando. Quero contar com a sua presença em 2024. Beijos no coração,
Lu
Lu
Fico emocionada com a sua generosidade e bondade. Este ano espero vir muito a este querido espaço de acolhimento e de solidariedade conosco, os deprimidos, bipolares, ansiosos, todos, todos muito bem-recebidos por você, Lu.
Eu vou adorar receber o seu livro, no ano retrasado e comprei o de fábulas, você é uma escritora sensível, vou mandar-lhe o meu endereço por e-mail.
Quanto aos remédios, sempre defendi o uso deles 1000%, porque sei que, sem eles, muitas pessoas nem estariam mais aqui. O remédio ajuda na qualidade de vida. Eu vou agendar um psiquiatra ainda este mês, porque tenho medo de dar chance ao pânico e à depressão, e voltar a ficar muito ruim. Triste a história da sua amiga com ELA. A vida nos prega muitas peças mesmo.
Abraço grande a você e a todos os companheiros desta viagem que é a saúde mental. Um dia, quem sabe, vamos nos conhecer pessoalmente.
Grata, Lu, por sua compreensão.
Rosa
Rosa
As doenças mentais, com os diagnósticos cada vez mais assertivos e com bons medicamentos no mercado, estão cada vez mais fáceis de serem descobertas. O marido de uma amiga, ainda na semana que passou, foi diagnosticado com esquizofrenia. Não podemos nos descuidar.
Quanto ao livro, eu me referia a HISTORIANDO FÁBULAS. Devo publicar um outro agora em março ou abril. Eu me comunicarei com você, amiguinha.
Estou feliz com a sua presença mais constante neste espaço. Seria um grande prazer conhecê-la pessoalmente.
Grande abraço,
Lu
Na frase :”a bunda” aparece, a palavra bunda, talvez seja um eufemismo para uma outra palavra da mesma região do corpo humano, cuja sonoridade está muito mais próximo da frase “oculto padece”
Bella
Pode ser, sim, pois os provérbios também tentam evitar certas palavras. Agradeço a sua visita e comentário. Volte mais vezes.
Abraços,
Lu
Eufemismo muito bem colocado! Sem o recurso o parágrafo talvez tivesse me feito rir menos de meia hora.
Diego
Agradeço a sua visita e comentário.
Abraços,
Lu
Ótima explanação. Bem objetiva , ficou muito claro!
Obrigada
Lúcia
Obrigada pela visita e comentário. Será um prazer recebê-la aqui, sempre!
Abraços,
Lu
Lu
Hoje em dia quem está abaixando muito corre o risco de mostrar tudo. Alguns podem até levar um pé na bunda.
Parabéns pela iniciativa de trabalhar com ditos populares.
Adevaldo
É verdade! Nada como expressar a sabedoria popular através de seus ditos.
Abraços,
Lu
Lu
Minha avó tinha uma outra variação: QUEM MUITO ABAIXA A CABEÇA, ACABA MOSTRANDO A CALCINHA. Levo isso sempre comigo, lembro-me de deixar claro os limites por mais duros que sejam.
Vanessa
Achei muito legal. Realmente há momentos em que é preciso mostrar os limites aos intolerantes e espaçosos.
Obrigada por sua visita. Volte mais vezes.
Beijos,
Lu
Muito bem escrito, parabéns!
Mauro
Agradeço sua presença e comentário. Volte mais vezes.
Abraços,
Lu
Gostei muito deste site. Parabéns pelo excelente conteúdo!
Henrique
Muito obrigada! Volte sempre!
Abraços,
Lu
LuDias
Há muitas verdades neste texto.
Está cada vez mais difícil entender as nuanças de nosso mundo. A falta de limites está nos levando à exposição de nossos sentimentos. Quando se trata de um bem humano como a vida, aí temos um quadro dramático e inaceitável. Pessoas matam outras pelo simples entendimento de que podem tudo, pois não têm limites. Nada os pode deter.
Como resolver? Talvez a resposta possa estar no sentido verdadeiro da expressão. Temos que nos indignar, mesmo que venhamos a não agradar a outras pessoas, por vezes nossos patrões de quem dependemos. É difícil expor nossas convicções, pois há cérebros humanos tão devastados pelo consumismo, que poucos podem entender.
Ed
O consumismo é a traça da vida moderna. Compra-se tudo, exceto o amor que é invendável.
Ainda hoje uma amiga é eu estávamos comentando sobre a grande maioria dos brasileiros que viaja para o exterior com uma única preocupação: comprar. Não busca conhecer um pouco da cultura do povo visitado, não visita um museu ou qualquer outra fonte de cultura.
Não podemos, realmente, curvar-nos diante da prepotência. Os arrogantes estão aí, aos montões, querendo dominar tudo e todos. A falta de limites é o mal maior de nosso dias, que dá vida a muitos outros. Hoje é possível ver crianças mandando nos pais, desrespeitando as pessoas, como se isso fosse normal. E é em casa que se aprende onde ficam os limites.Os excessos são um grande mal. Nós precisamos encontrar o equilíbrio tão preconizado por Buda.
Abraços,
Lu
Lu Dias
Amor também faz parte do consumo e hoje também é comprado.
Cada contrato, cada negócio!!!
Mário Mendonça
Lu Dias
Quanto ao baile funk, a falta da calcinha é pela luxuria e pela facilidade do coito na dança. As músicas, muitas vezes, são próprias pra isso.
Abração
Mário Mendonça
Mário
Você está certo. O “amor” com minúscula vem sendo comprado por aí. Que o diga o dono da Playboy que, com quase 90 anos, casou-se com uma gatinha de 26.
Abraços,
Lu
Mário
Estou navegando na maionese…
A que se refere?
Abraços,
Lu