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ÍNDIA – CARTA DEIXADA PELO INDIANO ROHIT VEMULA

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cartrohve I  cartrohve II  cartrohve III

Meu filho morreu por causa do abuso de poder e conspiração por algumas pessoas poderosas. Pelo menos, agora eles devem revogar a suspensão de quatro outros meninos. (mãe de Rohit Vemula)

Eis o texto completo da carta de suicídio do dalit indiano Rohit Vemula:

“Bom Dia,
Eu não estarei por perto quando você ler esta carta. Não fique com raiva de mim. Sei que alguns de vocês realmente se importavam comigo, amaram-me e trataram-me muito bem. Eu não tenho queixas sobre ninguém. Foi sempre comigo mesmo que tinha problemas. Eu me sinto um fosso crescente entre a minha alma e o meu corpo. E eu me tornei um monstro. Eu sempre quis ser um escritor. Um escritor da ciência, como Carl Sagan. Enfim, esta é a única carta que eu estou começando a escrever.

Eu amava a ciência, as estrelas, a natureza, eu amava as pessoas sem saber que há muito tempo elas se divorciaram da natureza. Nossos sentimentos são de segunda mão. Nosso amor é construído. Nossas crenças coloridas. Nossa originalidade é válida através da arte artificial. Tornou-se verdadeiramente difícil amar sem se machucar.

O valor de um homem foi reduzido à sua identidade imediata e à sua possibilidade mais próxima [de ser]. Para um voto. Para um número. Para uma coisa. Nunca fui um homem tratado como um espírito. Como uma coisa gloriosa composta de poeira de estrela. No próprio campo, nos estudos, nas ruas, na política, e em morrer e viver.

Estou escrevendo este tipo de carta pela primeira vez. Minha primeira vez de uma carta final. Perdoe-me se eu deixar de fazer sentido. Talvez eu estivesse errado o tempo todo na compreensão de mundo. Em compreender o amor, a dor, a vida, a morte. Não havia urgência. Mas eu sempre corria. Desesperado para começar uma vida. Para algumas pessoas a própria vida é uma maldição. Meu nascimento é meu acidente fatal. Eu nunca pude me recuperar de minha solidão na infância. A criança desvalorizada do meu passado. Eu não estou magoado neste momento. Eu não estou triste. Eu estou apenas vazio. Sem se preocupar comigo mesmo. Isso é patético. É por isso que eu estou fazendo isso.

As pessoas podem ver-me como um covarde. E egoísta ou estúpido, uma vez que eu me for. Não estou preocupado com o que eu sou chamado. Eu não acredito nas histórias do pós-morte, fantasmas, ou espíritos. Se houver alguma coisa em que eu acredite, eu acredito que eu possa viajar para as estrelas. E saber sobre os outros mundos.

Se você, que está lendo esta carta pode fazer algo por mim, eu tenho a receber 7 meses de minha pensão, um lakh e setenta e cinco mil rúpias. Por favor, veja se a minha família recebe isso. Eu tenho que dar cerca 40 mil para Ramji. Ele nunca os pediu de volta. Mas por favor, pague isso a ele.

Deixe que meu funeral seja silencioso e suave. Comporte-se como se eu só apareci e desapareci. Não derrame lágrimas por mim. Sei que estou mais feliz morto do que se estivesse vivo. “A partir de sombras para as estrelas.”

Anna, desculpe-me por usar o seu espaço para esta coisa. Para a família ASA, desculpe por desapontar todos vocês. Vocês me amavam muito. Desejo tudo de melhor para o futuro.

Pela última vez,
Jai Bheem

Eu me esqueci de escrever as formalidades. Ninguém é responsável por este meu ato de matar-me. Ninguém me instigou, seja por seus atos ou por suas palavras. Esta é a minha decisão e eu sou o único responsável por isso. Não quero problemas para meus amigos e inimigos depois que eu me for.”.

Nota: leia também:
ÍNDIA – JOVEM PESQUISADOR DALIT SUICIDA

ÍNDIA – JOVEM PESQUISADOR DALIT SUICIDA

Autoria de Luiz A. Gómez/ Calcutá

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Índia: Suicídio de jovem pesquisador dalit gera onda de protestos contra discriminação por castas. Sem terra, escola ou respeito, ‘os intocáveis’ são discriminados de todas as formas e, na maior parte das vezes, impedidos de buscar qualquer ascensão.

Nem a melhoria da situação econômica ou o diploma de curso universitário são capazes de acabar com o estigma de ter nascido “dalit” (intocável) na Índia. Isto é o que nos prova o suicídio do jovem Rohit Vemula, em razão do rigoroso sistema de castas indiano, num país cheio de deuses e endeusado por muitos, como o centro da espiritualidade no planeta. E este caso é apenas  mais um dos muitos suicídios e assassinatos de estudantes dalits. Abaixo a transcrição do texto de Luiz A. Gómez, no site Opera Mundi:

Na centenária cidade de Hyderabad, antiga capital de reinos muçulmanos e hoje núcleo da indústria da tecnologia na Índia, na noite do dia 17 de janeiro do presente ano, Rohith Vemula decidiu escrever suas últimas palavras. “Amava a ciência, as estrelas, a natureza, e depois amava as pessoas sem saber que elas se divorciaram faz muito tempo da natureza”, escreveu o jovem doutorando da Universidade de Hyderabad. “O valor de um homem foi reduzido à sua identidade imediata, à sua mais próxima possibilidade [de ser]”. Rohith organizou suas coisas, despediu-se pedindo não perturbar seus amigos e inimigos e enforcou-se no pequeno quarto da residência estudantil, onde um amigo estava lhe dando alojamento.

Aos 26 anos, pobre e com seus direitos como estudante suspensos, inclusive a bolsa com a qual sustentava e apoiava sua mãe e seu irmão mais novo, Rohith não apenas queria escrever sobre Ciência. “Como Carl Sagan”, queria mudar o mundo, começando pelo seu entorno: membro do que desde muitos milênios atrás se conhece na Índia como as castas mais baixas, os intocáveis, o jovem era um conhecido ativista pelos direitos daqueles que, como ele, são discriminados diariamente em todos os âmbitos da vida pública do país. E sua morte começou a sacudir esse país imenso, dividido e cheio de deuses e de religiões.

Os dalits (ou “gente maltrapilha”, como seria sua tradução direta do hindu) são, na verdade, um conglomerado de grupos sociais, tradições e ofícios milenares que, segundo a religião hindu, são formados pelas pessoas que estão mais baixo na escala social, religiosa e econômica, sem direito a nada: nem terra, nem escola, nem respeito. Ainda assim, nessa rigidez hierárquica, o mais famoso entre eles, o Dr. B. D. Ambedkar, foi o principal redator da Constituição indiana e um severo crítico de Gandhi, com quem polemizou durante muitos anos. Para sua gente, é um herói quase mítico. Por isso, a grande maioria das organizações dalit na Índia têm Ambedkar em algum lugar, no nome ou no logotipo. Como a Associação de Estudantes Ambedkar (ou ASA), da Universidade de Hyderabad, que Rohith Vemula liderou com entusiasmo durante um tempo para ajudar estudantes como ele.

A vida de um estudante de uma casta baixa nessa universidade nunca foi fácil. Pulyla Raju, que se suicidou em 2013, ao não poder avançar em seus estudos (perseguido por companheiros e professores), ou Sunitha, que se suicidou grávida, em 2007, quando o jovem de uma casta privilegiada, que a seduzia, se negou a casar-se com ela por ser de outra casta, e zombou dela até depois da morte, sabiam bem disso. Assim como os 10 estudantes dalits que, nos anos 1980, foram suspensos por “contaminar” as aulas e nunca mais puderam voltar a estudar.

Da mesma forma que acontece em Délhi e Mumbai, os estudantes dalits são discriminados sistematicamente na Universidade de Hyderabad. Negam-lhes comer nos refeitórios das universidades (para não “contaminar” os pratos e os copos), batem em seus companheiros de outras castas, e os professores, com boas maneiras, humilham-nos nas aulas explicando que o conhecimento não está ao alcance deles, como revelou uma pesquisa do doutor Narayan Sukumar, acadêmico da Universidade Jawaharlal Nehru, em Délhi, que fez seu mestrado em Hyderabad.

É comum inscreverem contra eles insultos nas paredes e no Facebook, como fez há alguns meses Susheel Kumar, dirigente estudantil de uma casta alta e sobrinho de um conhecido político do partido Bharatiya Janata, o partido do primeiro-ministro Narendra Modi. Os insultos de Kumar não passaram despercebidos para Rohith Vemula e os membros da ASA, que o confrontaram com um protesto. O covarde aceitou eliminar seus posts e tudo pareceu voltar à aparente normalidade na Universidade de Hyderabad. Mas, no dia 4 de agosto, Susheel Kumar decidiu acusar os membros da ASA de agredi-lo e feri-lo. A denúncia teve uma resposta imediata das autoridades universitárias, em particular do vice-reitor Appa Rao. Os cinco estudantes dalits ativistas foram suspensos em agosto de 2015 e a sua “vítima” seguiu sua rotina, mas Rohith e o seu grupo protestaram até que a universidade formou uma comissão para investigar o caso.

Nada. A comissão universitária não encontrou prova alguma da suposta agressão contra Susheel Kumar. Mas isso não importou: alguns meses depois, os estudantes da ASA continuavam suspensos na Universidade de Hyderabad sem razão provada (bom, por fazer o que um estudante faz: protestar). Rohith deixou de receber sua bolsa (e de mandar dinheiro para casa). Os dalits tiveram de sair da residência estudantil e instalaram-se em uma barraca na entrada do recinto. Um retrato de Ambedkar, mantas para se cobrir e alguns livros e papéis era tudo o que possuíam. Oprimido pela rejeição, sem dinheiro nem casa, Rohith tirou a própria vida. Mas não agiu sozinho, como demonstrariam nos dias seguintes as cartas de um parlamentar, uma ministra do governo nacional e, sem dúvida, os protestos dos milhares e milhares de cidadãos em todos os cantos da Índia.

Nos dias posteriores ao suicídio de Rohith Vemula, muitos estudantes universitários começaram a protestar em Mumbai, Délhi, Calcutá, Madras e outras cidades. O destacado poeta Ashok Vajpeyi, estudante em sua juventude da Universidade de Hyderabad, devolveu seu título universitário. Centenas de acadêmicos de todo o mundo enviaram cartas de protesto e os meios de comunicação durante uma longa semana se ocuparam do jovem estudante que morreu se sentindo vazio, desejando “viajar para as estrelas… conhecer outros mundos”.

Começaram a aparecer os documentos que provam que essa discriminação não apenas é comum, mas sistemática. Como na carta do parlamentar Bandaru Dattatreya (de 17 de agosto), que chama os estudantes da ASA de “extremistas” e pede que as autoridades façam algo contra eles. Dattatreya é o ministro do Trabalho e Emprego da Índia. Ou a correspondência assinada por altos funcionários do ministério de Recursos Humanos e Desenvolvimento e o vice-reitor Rao, tendo como “assunto” as atividades “antinacionais” na Universidade de Hyderabad e o “ataque” ao jovem dirigente Susheel Kumar, e exigiram, em novembro de 2015, que a autoridade universitária resolvesse pessoalmente o problema. Ainda depois de ter sido provada a inocência dos cinco membros da ASA. A ministra de Recursos Humanos e Desenvolvimento, Smriti Irani, alguns dias depois do suicídio, disse que não se tratava de um conflito entre dalits e não dalits. “Houve uma tentativa maliciosa de projetar o problema como uma batalha de castas. A verdade é que não é”, disse Irani no dia 19 de janeiro, anunciado a criação de uma equipe de investigação para esclarecer o assunto.

O corpo de Rohith Vemula foi cremado de forma quase clandestina. Sua mãe recebeu as mensalidades da bolsa depois de uns dias. E ainda que ninguém tenha sido acusado de nada (e o primeiro-ministro Narendra Modi tenha falado “da dor de uma mãe que perdeu seu filho”), o vice-reitor Appa Rao deixou seu posto de maneira indefinida e os quatro estudantes da ASA foram readmitidos na Universidade de Hyderabad. Mas os protestos continuam, em Hyderabad e em Délhi, entre os estudantes e os milhões de dalits que habitam a Índia. Os quatro companheiros de Rohith Vemula pediram que Appa Rao entregue-se à polícia e que seja feita uma investigação criminal. Porque há dois fatos nesse drama que a Índia hoje discute: o sistema de castas continua vigente, discriminando cidadãos em todos os âmbitos, e Rohith, que estava “desesperado para começar uma vida”, está morto porque era um dalit.”

Leiam mais sobre:
ÍNDIA – CARTA DEIXADA PELO INDIANO ROHIT VEMULA
ÍNDIA – DOUTOR AMBEDKAR X GANDHI
INDIA – MINHA CASTA É O MEU DESTINO
ÍNDIA – ORIGEM DAS CASTAS E DALITS
ÍNDIA – O QUE É UM DALIT?
ÍNDIA – A FILOSOFIA HINDUÍSTA

Nota: Luis A. Gómez | Calcutá – 06/02/2016 – 08h00
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/43136/india+suicidio+de+jovem+pesquisador+dalit+gera+onda+de+protestos+contra+discriminacao+por+castas.shtml

 

CHINA – A POLÍTICA DO FILHO ÚNICO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Anos após a revolução de Mao Tsé-Tung, a população chinesa havia praticamente duplicado, caindo na cifra de um bilhão, em 1980. Perigo que alertou os dirigentes chineses para o caos que adviria de um contingente humano tão gigantesco, que redundaria na escassez de produtos agrícolas e exerceria pressão na produção industrial. Em razão disso, um programa de educação foi criado, tendo como objetivo frear o crescimento populacional. O slogan passou a ser “Um é pouco, dois é bom e três é demais”. Mas após a morte de Mao, os dirigentes do PC chegaram à conclusão de que era preciso endurecer mais ainda essa política, limitando um filho por casal.

Os chineses, grandes amantes de crianças, pois consideram que os filhos simbolizavam riqueza e felicidade, recusaram-se a submeter a tal política, que passou a ser usada com extremo rigor. O uso do DIU, assim como abortos e esterilizações passaram a ser empregados. E, para que ninguém ousasse desrespeitar tal política, o governo chinês passou a trabalhar com prêmios e castigos. Vejamos:

• O casal que possui apenas um único filho recebe um certificado especial, passaporte que lhe dá direito a um grande número de benefícios ofertados pelo Estado.

• Marido e esposa que possui mais de um filho, por sua vez, pagam multas, têm descontos nos salários e, caso sejam funcionários públicos ou de empresas do governo, poderão perder o emprego. Além disso, as famílias são vigiadas pelos próprios vizinhos, quanto ao cumprimento das leis que regem a concepção.

• Na zona rural, em razão da escassa mão de obra masculina e do infanticídio de meninas, pois na China, os bebês do sexo masculino são também mais desejados, assim como na Índia, o PC foi obrigado a flexibilizar sua política. Passou então a permitir que o casal que tivesse apenas uma filha, pudesse ter mais um filho.

• Nos últimos anos, com o aumento do número de ricos no país, essa política vem gerando conflitos, pois esses podem pagar as multas impostas e terem quantos filhos quiserem, fugindo da obrigatoriedade do filho único, enquanto os pobres precisam se ater às leis.

• Os ricaços também usam a inseminação artificial como estratagema, com o objetivo de terem filhos gêmeos. Enquanto os pobres têm seus animais arrestados, quando não têm dinheiro para pagar a multa.

• O refreamento da concepção no país vem trazendo outro problema: crianças extremamente mimadas, egoístas, alienadas e voluntariosas, apelidadas de “pequenos imperadores”, pois recebem atenção extremada dos pais, avós e tios. Como nasceram na fase áurea do país, formam uma geração totalmente diferenciada das anteriores. Vivem conectadas aos aparelhos eletrônicos e são extremamente consumistas.

• A nova geração de chineses é muito competitiva, e sabe que o estudo é o caminho para alcançar o sucesso. Por isso, os jovens só podem namorar após terminar o Ensino Médio. Precisam se dedicar febrilmente aos estudos para alcançarem o maior objetivo de um estudante: entrar para a universidade.

O maior problema gerado pela política do filho único vem sendo a discrepância entre o número de mulheres e homens, que é cada vez mais acentuada.

Fontes de pesquisa:
China, o Despertar do Dragão/ Luís Giffoni
Os Chineses/ Cláudia Trevisan

ÍNDIA – INDIANOS VIRTUAIS JURAM AMOR ETERNO

Autoria de Ellys Regina dos Santos*

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Não sei como uma mulher pode acreditar em um homem – seja ele indiano, brasileiro, paquistanês, afegão, egípcio ou de qualquer outra nacionalidade – com quem conversou durante poucos dias através de “whatsapp” ou de qualquer outra rede social e ele simplesmente se declara apaixonado por ela, dizendo estar morrendo de amores, e logo propõe casamento. Acorde, amiga, por favor! Pare de iludir-se, acreditando nesse “instantâneo amor eterno”. Os fatos normalmente acontecem assim:

1- O sujeito “conhece” a mulher há poucos dias e já diz que ama! WTF! Que amor é esse que se desenvolveu tão enlouquecidamente através de conversinhas muitas vezes mal traduzidas, via tela de celular/computador? “Ah, foi amor à primeira vista!”, algumas românticas responderão, com direito a um olhar em forma de coraçãozinho. Tudo bem, vamos engolir essa a seco e deixar passar. Mas sempre nos lembrando que qualquer tipo  de sentimento vem do olho no olho, do toque na pele, do beijo na boca. Não vem de insensíveis telas de computadores e celulares que aceitam tudo.

2- É tanto amor e respeito que ele tem por mim! – suspira ela. “Oi gata/amor/princesa/jaan! Eu te amo! Mostre os peitos. Não vivo sem você. Mande foto sem calcinha. Vou casar com você. Vamos tremer a webcam fazendo um sex hot via internet? Beijo do seu sempre apaixonado!”. Não vou nem comentar esse tipo de amor que se desenvolve em poucos dias e que possui conversas que caminham para esse tipo de assunto. Ainda mais quando nós brasileiras temos fama de gostar de uma safadeza, como dizem eles lá fora. Ligue-se, mulher, não fique mandando “nuds” para qualquer “apaixonado” que aparece, para não chorar depois na delegacia, porque vazaram fotos íntimas. Eles agora estão ameaçando com chantagens para receber dinheiro. Gravam tudo e ameaçam tornar público, se não receberem uma boa grana.

3- Ele vira e mexe fala de dinheiro. Ou porque é rico, ou porque não teve muitas oportunidades na vida, coitadinho. “Queria tanto uma camisa da seleção brasileira, dê-me uma de presente?”. Ah, nem é tão cara assim – pensa ela – e isso mostra que ele gosta do Brasil. “Queria muito saber as horas aí no Brasil e pensar em você, dê-me um relógio de ouro?” Ai que fofo, vai pensar em mim a momento, conclui a ignorante. “Eu te amo muito, me manda 10 mil dólares até o final da semana, minha linda gata/amor/princesa/jaan. Como eu sou louco por você, eu aceito euros também. Kisses”. De um modo geral, ninguém pede coisas/dinheiro para alguém por quem se está apaixonado. Ainda mais se não tiver um relacionamento de verdade. Ninguém que quer um caso sério tem coragem de pedir dinheiro ou qualquer outra coisa em tão pouco tempo de “relacionamento”. Principalmente homens! Eles se sentem envergonhados em pedir dinheiro a uma mulher, e se mal a conhecem, piorou. A não ser que sejam espertos e aproveitam-se do “instantâneo amor eterno” para conseguirem uma graninha.

4- A coitada adicionou o ser vivente há cerca de15 dias e ele já a pediu em casamento, diz que não vive sem ela e blá-blá-blá. E a enfeitiçada já está escolhendo o vestido de noiva e convidando as madrinhas. “Estamos apaixonados, namorando firme, ele contou tudo de sua vida, já vi fotos da família dele e nós já conversamos por um mês inteirinho!”. Oh, pessoa ingênua, volte para a Terra! Você gosta de conversar com alguém? Ok! Acha alguém muito bonito, legal e pensa muito nessa pessoa? Ok! Faz planos com alguém do outro lado do mundo? Está ok, também. O único grande problema é que mal conhece o dito cujo. Ver fotos da família e falar 24 horas por dia com o sujeito não significa que o conhece. Isso não é amor! É carência, desejo, atração. Mas não é amor.

Ninguém começa amar em duas semanas. Ponto. Se ele diz o contrário é mentira. E se ele mente dizendo que a ama e não vive sem você, em que mais poderá estar mentido? E se você acredita que o ama, por favor, caia na real? Saia desse mundinho cor de rosa e ligue-se, pois isso é mera empolgação. “Ah, mas a fulana conheceu um gringo pela internet e está casada e feliz até hoje!”. Ninguém nunca disse que não existem finais felizes. Estamos alertando para não acreditar em todo cara que jura amor eterno em poucos dias, principalmente quando é de outro país bem conhecido pelos golpes aplicados em suas vítimas, quando nunca se viram, não conhecem o cheiro da pele.

Mulher, se o sujeito tem se mostrado sério, sincero e não surtou numa de casamento relâmpago, vale levar numa boa, sem pressa, com atenção a qualquer ponta solta ou contradição que notar, sem querer correr para o país dele, principalmente quando esse possui uma cultura totalmente diferente da sua. Pesquisar sobre o país, crenças e cultura de modo geral é ótimo para saber onde está se metendo. Peça que ele faça o mesmo em relação ao seu país. Como não vai dar para usar o Google Tradutor para sempre, que tal aprender a se comunicar no mesmo idioma dele, antes de correr e mandar fazer o vestido de noiva? Não seja uma tola, motivo de chacota para ele.

Faça também com que ele conheça a sua família e costumes pessoalmente (ele vem para cá, primeiro, nada de você ir para lá). E depois faça o mesmo. Ele vem morar no Brasil? Existe emprego à vista? Como vai se sustentar? Você não vai querer sustentar seu “príncipe encantado”, não é? Põe o bonito para trabalhar.  Converse com ele sobre tudo isso, não tenha vergonha, aliás, ele é o amor da sua vida, então não precisa ter medo de falar sobre esse tipo de assunto. Se ficar bravinho, fizer drama ou der uma de ofendido, não se faça de múmia. Abra o olho! Vai se mudar para a Índia? Como quer largar tudo aqui e ir para um lugar longe da sua casa, família, amigos, um lugar pobre e com um idioma, comidas e cultura completamente diferentes sem nem ter visitado o país antes? Vai morar com sua sogra (Oh!) levando um monte de parentes? Boa sorte, pois será sempre vista como uma “firanghi” por ela e familiares. A propósito, você é virgem? Na cultura indiana (e de países islâmicos) isso é primordial.  Não se esqueça de marcar a passagem de volta, pois muitas estrangeiras são postas na rua, quando o dinheiro delas acaba. Boa viagem!

Leiam também: ÍNDIA – MULHER ESTRANGEIRA X INDIANO
ÍNDIA – GOLPE DA UNIÃO COM ESTRANGEIRAS

*leitora de nosso site.

ARÁBIA SAUDITA – MULHERES NA CULTURA SAUDITA

Autoria de Lu Dias Carvalho

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De modo geral, a cultura muçulmana é a favor de que as mulheres casem-se bem novas, para preservar a honra, muitas delas ainda meninas, para nós ocidentais. O casamento precoce tem por objetivo afastá-las da tentação sexual. É arrumado pelos pais, sendo encabeçado pela mãe, que tem a obrigação de escolher o melhor partido para o filho, uma vez que à garota cabe apenas dizer sim. Garotos e garotas aceitam a escolha dos pais, sob a alegação de que eles são sábios para escolherem.

Na Arábia Saudita, país que goza de uma condição econômica privilegiada, onde, em consequência, existem muitas famílias abastadas, os casamentos são geralmente ajeitados dentro da própria família, principalmente quando essas são importantes, para que a herança não vá migrar para outras bandas, em caso de divórcio. Desse modo, elimina-se qualquer tipo de preocupação, e, além disso, a união entre primos, normalmente de primeiro grau, unifica ainda mais a família. Ao contrário de nós ocidentais, não há qualquer preocupação com a consanguinidade, ou assim aparentam. Como se trata de um país muito fechado, não sabemos como se dá esse encontro entre os genes dominantes, pois a genética não perdoa. Tanto podem nascer filhos excepcionais para mais ou para menos.

Ao contrário de nós ocidentais, pois em nossa cultura a noiva é a peça chave do casório, no mundo muçulmano são os pais do futuro nubente que põem as cartas na mesa, aprovando ou não, a escolhida do filho. Isso quando ele mostra a sua preferência, já que em família torna-se mais fácil o contato entre homens e mulheres. Uma vez dado o “de acordo”, eles procuram os pais da pretendida, levando a proposta, que é normalmente aceita, pois todo pai quer casar sua filha com um bom partido, e então são feitas todas as combinações.

Desde que ganha um filho homem, a preocupação primordial da mãe saudita é garantir-lhe uma noiva especial, rica e bem preparada. A garota também precisa ser de boa família, sadia e bonita. Uma vez encontrada a eleita, as duas mães, começam a discutir sobre o provável casamento. Estando as mães satisfeitas com o negócio, os pais são os novos atores, responsáveis por definir o dote, que também pode ser negociado em dinheiro e joias.

O regime saudita é extremamente rigoroso com as mulheres. Nenhuma parte da pele ou fiapo de cabelo  pode ficar à vista de um homem, que não faça parte do círculo familiar mais próximo da mulher. Nesse país, as mulheres vestem uma capa negra, denominada “abaya”, que é completada com um lenço preto e um véu fino, usado no rosto. Nem mesmo os olhos podem ser expostos. Tampouco as mulheres têm permissão para rezarem nas mesquitas. Elas são literalmente encarceradas na maior parte do tempo. Há inclusive, avisos em vitrines e lojas, proibindo sua entrada, ainda que ali vendam peças para elas.

Aos homens, contudo, é-lhes facultado o direito de sair e até passar a noite na companhia de amigos, sem que suas mulheres e familiares possam questionar. Digo “suas mulheres” porque podem ter até quatro mulheres, ao mesmo tempo, obedecendo aos ensinamentos do Islã. Homens e mulheres jamais fazem encontros juntos ou participam de festas no mesmo ambiente. Também não cabe a elas fazer qualquer pergunta relativa ao que acontece fora de casa, na vida do marido.

Existe uma hierarquia em relação às esposas. Aquela que se casou primeiro é a que goza de mais privilégios. No caso de ter sido ela a primeira a dar ao marido um filho, além de ser prima em primeiro grau, terá seu prestígio triplicado.

O marido deve dar um tratamento igual às esposas, excetuando o caso acima mencionado, compartilhando tudo igualmente: presentes, tempo e até mesmo pensamentos. A mulher que fugir à regra, não aceitando com magnanimidade os casamentos do marido, como uma norma sagrada do Islã, não terá o “paraíso” como recompensa. Deve haver muita harmonia no lar, entre as quatro famílias, tendo os filhos que honrar e respeitar todas as esposas do pai.

As mulheres sauditas sempre rezam para que venha um menino em lugar de uma menina. O filho é o preferido, e por isso, a mulher que só pare filhos homens é tida como abençoada por Alá. Ela sente que é invejada por muitas outras mães de garotas.

Como ficou bem claro, a cultura saudita é extremamente machista, possivelmente uma das mais severas com as mulheres. Os homens estão à frente de tudo. A eles cabem todas as decisões. E as mulheres? A elas cabe a tarefa de prepararem o lar, de modo a agradar o marido quando esse se encontrar em casa. Nada pode haver que o incomode ou lhe traga desprazer.

Fonte de pesquisa
Sobre a Sombra do Terror/ Jean Sasson, Najawa Bin Laden, Omar bin Laden

Indicação de leitura:
O Reino Sombrio: uma mulher na Arábia Saudita/ Carmen bin Laden
Os Bin Laden – Uma Família Árabe no Século Norte-Americano/ Steve Coll

Nota: imagem copiada de 9ets.com

ÍNDIA – COMO SÃO OS INDIANOS

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Muitas pessoas possuem sobre a Índia um conhecimento totalmente desvirtuado, pensando encontrar ali um país exótico, onde abunda a espiritualidade. Exótico sim, mas extremamente materialista, onde a chamada espiritualidade não passa de um rótulo, para atrair turistas. Foi o escritor francês, Marc Boulet, ao escrever o livro “Na pele de um dalit”, que narra a sua experiência como um intocável (dalit), quem pôs o país a nu, elucidando verdades profundas, até então escondidas. E pode-se dizer que pouca gente conheceu a cultura indiana tão de perto e a fundo quanto ele, na pele de Ram Munda. Segundo ele, muitos dos conhecimentos obtidos, antes de ir a esse país, eram totalmente falsos. Vejamos a Índia e os indianos sob sua ótica:

1. Os indianos são intolerantes e violentos. Eles sentem uma profunda indiferença pela sorte do outro. Ignoram-no! Simplesmente se recusam a enxergá-lo.

2. Os poderosos tratam os mais pobres com uma violência vista em poucos lugares do mundo. Tratam-nos como escravos, coisas sem valor algum. Pois o respeito e a piedade pelos mais fracos não existem no aclamado país da espiritualidade. Os pobres e miseráveis são sempre oprimidos e esmagados. Mesmo quando os indianos praticam a caridade, fazem-no pensando na “própria” evolução e não no outro.

3. A violência contra os considerados intocáveis é pregada nos textos sagrados, nas castas e no egoísmo hindu. Qualquer coisa é motivo para que apanhem. Tudo o que fazem é visto como insulto às castas mais ricas. A polícia é brutal. Nem os loucos passam imunes. A violência parece ser a resposta para tudo. Os indianos estão sempre repetindo: “Quero bater em você!”. Trata-se de um povo brutal e sem generosidade.

4. Os hindus (praticantes do hinduísmo) de casta elevada são incoerentes na busca pela pureza, pois a conduta deles é totalmente orientada pela religião. Embora sigam uma dieta vegetariana e sem álcool, sendo que os mais ortodoxos não comem nem cebola e alho, considerados impuros, a maioria consome drogas à base de cannabis. E muitos comem carne de cabra ou de frango e se embriagam às escondidas. Sem falar no grande número de trapaceiros, sempre querendo obter vantagem, passando o outro para trás.

5. Os brâmanes são fechados e intolerantes, embora assumam uma aparência honesta e civilizada. É verdadeiro que fomentam a violência contra os intocáveis, que têm horror a eles. pois são cruéis e perversos.

6. Gurus abundam na Índia. Em cada cruzamento é possível ver, no mínimo, um guru, um filósofo ou um santo. Verdadeiro ou impostor. A maioria deles é uma fraude, vive a tirar dinheiro dos incautos. O país também é farto em adivinhos, curandeiros e astrólogos. E ali nada se faz sem uma consulta prévia a eles.

7. É surpreendente o julgamento que os indianos fazem sobre os ocidentais, em relação às mulheres. Dizem que os ocidentais não respeitam as mulheres, ao olharem diretamente em seus olhos e se sentarem perto delas. A moral indiana proíbe qualquer gesto que possa despertar a sexualidade, de modo que as relações sociais entre homens e mulheres ficam no campo do estritamente necessário. A tradição hindu reza que a mulher é apenas um vício concentrado sob o umbigo e um instrumento do diabo para tentar os homens. Ela é comparada ao jogo e ao álcool. E, para eliminar esse vício é necessário que se case na puberdade.
As famosas Leis de Manu, que governam a sociedade hindu estipulam que “Deus atribuiu à mulher a cólera, a desonestidade, a malícia e a imoralidade (…) Do nascimento até a morte, ela depende de um homem: primeiro de seu pai, depois de seu marido e, após a morte desse, de seu filho (…) Não tem o direito de possuir bens.” .

8. Antigamente, as viúvas eram sacrificadas na pira funerária do marido. Os britânicos aboliram esse costume, ainda comum nas aldeias afastadas. Normalmente, se há cadeiras, os homens sentam-se nelas, enquanto as mulheres assentam-se no chão. Eles comem antes delas e as trancam em casa. Isso acontece até entre os intocáveis, onde as mulheres possuem mais liberdade, podendo sair, fumar e beber.

9. Os maridos batem em suas mulheres pelas faltas cometidas, sem que elas possam se queixar a sua família. Ela pertence ao marido, como se fosse um objeto, e dela ele pode dispor como bem lhe aprouver. As Leis de Manu rezam que “Um marido, mesmo bêbado, leproso, sádico ou violento, deve ser venerado como um deus.”.

10. O casamento hindu não passa de uma máquina de fazer filhos. A mulher nunca é vista como uma amante, mas como cozinheira e mãe dos filhos. As uniões são arranjadas e endógamas. As tradições ligam a mulher ao marido como o patrão está ligado ao escravo. Com o tempo, o amor e a amizade podem nascer, assim como nascem entre o cachorro e seu dono. A condição vivida pelas mulheres incentiva o assassinato. Como o divórcio é uma infâmia para o marido, só a morte da esposa dá uma liberdade honrosa a ele. É comum a mulher ser borrifada com gasolina e queimada viva. Na maioria das vezes o motivo é o dote.

11. A endogamia (casamento entre indivíduos do mesmo grupo, casta…) é vista pelo hinduísmo, como uma maneira de melhorar a raça indiana, de purificá-la, de modo que não venha a se degenerar. Na Índia, os seres humanos são acasalados como os animais domésticos no Ocidente: segundo o pedigree, ou seja, a casta. Não se cruza um vira lata com um buldogue, assim como um brâmane não se une a um ferreiro. E caso um cruzamento desses venha a acontecer, dele nascerá um “chandal”, seres que originalmente constituíram a classe dos intocáveis.

12. Os indianos acham-se especiais em tudo, superiores aos estrangeiros. Consideram-se mais civilizados do que qualquer outro povo e acham a cultura indiana a melhor do mundo, de modo que, qualquer outra está abaixo dela. Sentem pelo estrangeiro um grande desprezo. Veem-no como um bárbaro, um intocável. Todo aquele, que não pratica o hinduísmo, aos olhos dos hindus, não é civilizado e seus costumes ficam abaixo dos costumes dos intocáveis.

13. Os estrangeiros são repugnantes, porque comem o cadáver de um animal sagrado, a vaca. Destacam o fato de os ocidentais, ao defecarem, limparem-se com papel higiênico, em vez de se lavarem. Por isso continuam sempre sujos. Criticam também o fato de os estrangeiros assuarem o nariz em um pano, que guardam no bolso, para uma nova utilização, pois os indianos não usam lenço. Eles apertam as narinas, uma de cada vez, e expulsam o muco do nariz. Fazem isso em qualquer lugar público, até mesmo no meio da rua, quando se sentem à vontade, sem se preocuparem com os micróbios lançados na atmosfera.

14. O mesmo eles fazem com os excrementos. Consideram que conservar matérias impuras no interior do corpo não é auspicioso. E diante de tal justificativa, abaixam a calça na rua. Não há preocupação com a limpeza coletiva, apenas com a individual. Sentem um grande desprezo pelas castas pobres. E sempre dizem pertencer a uma casta superior à que pertencem de verdade. Mentem muito!

15. Na Índia come-se sem talhar, com os dedos da mão direita. A mão esquerda é usada para lavar o ânus. Não se concebe a ideia de o estrangeiro usar as duas mãos para o mesmo fim. Dizem que os hábitos alimentares e higiênicos dos estrangeiros causam repugnância. E que eles tornam impuro tudo o que tocam. Por isso, recusam-se a usar um utensílio usado por um estranho.

16. O estrangeiro é muito visado em todo o país. Não pode passear sem ser parado a todo o momento por mendigos, traficantes, fedelho com endereços de encontros amorosos, vendedores ambulantes, homens “santos”, barqueiros, barbeiros, astrólogos, sacerdotes que benzem… Há sempre alguém importunando, querendo vender alguma coisa, ou oferecendo algum tipo de serviço. O indiano é metido a sabichão. Não possui respeito pelo estrangeiro, mas sim pelo que pode extrair dele. Chama-os de “macacos vermelhos”. Também evita o contato com esses, para que não possa se sujar.

17. Apesar da falsa impressão que um estrangeiro possa ter sobre o recato dos indianos, esses adoram falar sobre sexo e dizer palavrões. Coçam os testículos publicamente e os ajeitam o tempo todo, como um desejo de mostrar virilidade. E se julgam os tais na arte do amor. No entanto, a sexualidade dos indianos carrega problemas, como os encontrados em qualquer outra civilização: impotência, brutalidade nas relações, ausência de intimidade, casamentos de conveniência, etc.

18. O indiano não pronuncia três expressões comuns a um povo educado: Desculpe!/ Obrigado!/ Por favor! Não é um povo cortês, é descortês mesmo. E não se melindra com nada, tampouco sabe o porquê de ter que se pedir desculpas. Nunca acha que esteja incomodando. E, mesmo que estivesse, isso não tem a menor importância. O próprio hinduísmo insiste nos deveres do indivíduo em relação a si mesmo. O que torna as pessoas egoístas e más.

Fonte de pesquisa
Na Pele de um Dalit/ Marc Boulet.

Nota: imagem de Os Simpsons