Arquivo da categoria: Janelas pro Mundo

Artigos excêntricos de diferentes partes do mundo

IRÃ – CASAMENTO TEMPORÁRIO X PROSTITUIÇÃO

Autoria de Lu Dias Carvalho

ICATEM
A realidade é que os homens e as mulheres jovens têm relações sexuais. Se essas relações são definidas dentro de uma estrutura islâmica, não teremos o perigo da prostituição. (Semanário iraniano “A Esperança da Juventude”)

Se eles são realmente sérios, devem estudar o assunto no âmbito da sexualidade, o controle da natalidade, doenças sexualmente transmissíveis, a moral, a religião e as relações de gênero. (Shahla Haeri sobre os defensores do sigheh)

Deus proibiu o álcool, por isso permitiu o casamento temporário. (Clérigo iraniano)

No Irã, é proibido aos casais ainda não casados, fazerem sexo ou andar de mãos dadas na rua. O descumprimento da regra pode levá-los a serem multados, presos ou açoitados. Contudo, existe uma forma de casamento que joga por terra toda a sisudez moral iraniana: o casamento temporário (sigheh). Para oficializá-lo, o casal só necessita comparecer diante de um mulá. Se a mulher quiser, poderá dizer não, o que implicaria numa série de problemas para sua família, ao desonrar um homem rico com a recusa.

Ao contrário do que desejam as mulheres iranianas, o sigheh não se trata de um casamento vitalício, mas de uma união com um determinado tempo estipulado no contrato, podendo ser de uma hora, uma noite, três meses, etc. Trata-se de arranjos com o intuito de oferecer prazer ao homem, podendo ser renovável, caso a mulher agrade-o. À família dela é oferecida certa quantia em dinheiro, que, se aceita, será paga no ato da assinatura. Se quiser, o garanhão também poderá lhe oferecer joias durante o período em que estiverem juntos. E, sempre que for renovado o sigheh, novo pagamento é feito. É como se fosse um contrato de serviços sexuais. Enquanto no casamento vitalício é a família da moça quem paga o dote, no sigheh dá-se o contrário: ela recebe o preço estipulado em contrato.

Muitas mulheres, que entram no imbróglio do casamento temporário, sonham com a possibilidade de permanecerem com o contratante indefinidamente, coisa dificílima de acontecer, pois, se endinheirado, o sujeito prefere sempre mudar, em busca de carne fresca. Sem falar que os homens ricos só se casam com mulheres de classe alta e virgens, Normalmente, as que aceitam o sigheh são moças pobres, que não podem pagar um dote.

No Irã, as esposas (podem ser em número de quatro) são as responsáveis pelo herdeiro e seus gozam de muitos privilégios, porém, os filhos tidos com a contratada serão tidos como legítimos e  sustentados pelo pai, contudo, jamais  terão o mesmo status dos gerados pelas esposas vitalícias, sem falar que, mesmo gerando filhos, a mulher tomada em contrato jamais terá direito à herança do genitor, ou qualquer outro direito, podendo vir a esmolar na rua.

Não é honroso para uma família dizer que tem uma filha em sigheh, por isso, muitos contratos são mantidos em sigilo, pois a moça passa a não ser aceita nas chamadas famílias respeitáveis. Muitas vezes, o contratante é totalmente indiferente ao que sua contratada faz durante o dia, que continua a morar na casa dos pais. Somente quando ele a quer, ordena que ela apareça na sua alcova. Um homem rico pode ter várias delas. Acabado o contrato, a mulher fica numa situação lamentável, pois perdeu a virgindade, sendo a condição de virgem exigida para um casamento. Após perder a virgindade, a vida da mulher não mais diz respeito à família quanto às escolhas feitas. Ainda assim, deve fingir que é virgem, pois ninguém constituiria uma família com uma desvirginada.

Antes de ser levada ao contratante pela primeira vez, a garota é encaminhada a um “hammam” (estabelecimento público de banhos) de mulheres, onde tem os pelos depilados e a sobrancelha arqueada, ficando com a pele como a de uma garotinha. Seus pés e mãos são pintados de hena. Trata-se de um banho completo. Faz-se a Grande Ablução com água quente. Em casa é vestida, adornada e tem as sobrancelhas e pálpebras pintadas com Kohl. Ao sair de casa, é coberta com um xador e levada até a casa do futuro amante. Após o primeiro encontro, ela passa a ser banhada, depilada e vestida pelas empregadas do dono da casa. Depois de pronta, é conduzida ao aposento do “venerável” machão, senhor absoluto da vontade de sua nova fêmea, que tudo fará para ter o contrato renovado.

Segundo dizem, a prática xiita do casamento temporário (sigheh) existe desde o tempo de Maomé, quando ele o indicou a seus amigos e soldados. Mas não são todos os iranianos que aceitam o sigheh, considerando-o praticamente como uma forma legal de prostituição, que anuncia que a mulher já não é mais virgem. Alguns preferem o sexo ilícito, se mantido em segredo. Mas diante do desemprego no país, que impossibilita o pagamento do dote, e de uma população muito grande de jovens, os casamentos vêm sendo adiados. Por isso, o sigheh tem sido discutido pelos clérigos como solução, ou seja, a possibilidade de se fazer sexo “legalmente” antes do casamento.

Segundo Shahla Shekat, editor de uma revista mensal feminina de nome Zanan, existem bons motivos para a prática do sigheh:

1- maior liberdade nas relações entre homens e mulheres;
2- a satisfação das necessidades sexuais;
3- acabar com a politização do sexo;
4- permitir que os jovens liberem sua energia, atualmente voltada para as manifestações de rua;
5- acabar com a obsessão do país pela virgindade.

O fato é que no Irã, um homem pode ter quatro esposas permanentes e tantas temporárias quanto desejar, podendo abrir mão do contrato quando bem quiser, mas às mulheres não é dado direito algum, a não ser o da sujeição. E eles ainda dizem que os ocidentais é que são promíscuos. Haja hipocrisia!

Fonte de pesquisa
Os Fios da Fortuna/ Anita Amirrezvani/ Editora Nova Fronteira S.A.
https://www.library.cornell.edu/colldev/mideast/tmpmrig.htm
A Lei do Desejo/ Shahla Haeri (indicação de leitura)

Nota: imagem copiada de www.motherjones.com

ÍNDIA – O CÓDIGO DE MANU E AS MULHERES

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Os idealizadores do Código de Manu julgavam que a coação e o castigo eram essenciais para se evitar o caos produzido na sociedade, advindo da decadência moral humana. Havia nele uma estreita correlação entre o direito e os dispositivos sacerdotais, os problemas de culto e as conveniências de castas. Trocando em miúdos, a aplicação do direito dizia respeito à casta do sujeito e à sua condição social. E, como não poderia deixar de ser, a mulher encontrava-se em extrema desvantagem, numa condição de completa passividade e submissão dentro de tal código, sendo tratada como objeto a ser manobrado e julgado pelo homem.

Vejamos como as mulheres eram vistas naqueles tempos, observando os artigos do Código de Manu:

• As mulheres devem ser vigiadas dia e noite por seus protetores. Mesmo quando elas são inclinadas para os prazeres tidos como inocentes e legítimos, devem se submeter àqueles de quem são dependentes.
• Uma mulher não possui vontade própria. Na infância encontra-se sob a guarda do pai; na juventude está sob a guarda do marido e na velhice encontra-se sob a guarda dos filhos (homens).
• Um pai deve dar a sua filha em casamento no tempo certo; um marido deve se aproximar de sua mulher na estação favorável e, após a morte do pai, o filho deve zelar pela mãe. Se assim não agirem, serão repreensíveis.
• Os protetores devem livrar as mulheres de suas más inclinações, ainda que essas sejam fracas, pois, se elas não forem vigiadas, farão a desgraça de suas famílias.
• Os maridos, por mais fracos que sejam, devem zelar pelo comportamento de suas mulheres, pois essa é uma lei suprema para todas as classes.
• Ao fecundar sua mulher no cio, o marido nela renasce sob a forma de um feto.
• O marido deve guardar sua mulher com muito cuidado, para preservar a pureza de sua linhagem, pois ela pare um filho com as mesmas qualidades de quem o gerou.
• Os meios violentos não conseguem manter a mulher no dever, mas os meios abaixo, sim:
• Ela deve ser responsabilizada pelo marido: a purificar os objetos e o corpo, fazer a receita de rendas e despesas, preparar os alimentos, conservar os utensílios do lar e cumprir o seu papel de mulher.
• Mesmo que guardada em sua casa por homens fieis e decididos, a mulher não se encontra em segurança, pois somente aquela que guarda a si mesma, pela própria vontade, está em segurança.
• Seis ações desonrosas para uma mulher casada: beber licores embriagantes, separar-se de seu esposo, conviver com más companhias, andar de um lado para outro, dormir em horas indevidas e ficar em casa de outra mulher.
• Pois mulheres assim não examinam a beleza, não observam a idade, e, mesmo que seu amante seja belo ou feio, ele é um homem e elas o gozam.
• As mulheres possuem paixão pelos homens, humor inconstante e falta de afeição, portanto, devem ser guardadas com severa vigilância, para que não sejam infiéis a seus esposos.
• Manu deu às mulheres o amor de seu leito, de sua casa, o apetite sexual, a cólera, as más inclinações, o desejo de fazer mal e a perversidade.
• As mulheres são privadas do conhecimento das leis e das orações de expiação, assim, as mulheres culpadas são a própria falsidade.
• A mulher adquire as qualidades do homem a quem se uniu por um casamento legítimo.
• Os deveres da mulher são: parir filhos, criá-los e cuidar todos os dias de sua casa.
• A mulher que não trai seu marido e que possui o corpo, pensamentos e palavras puros, quando morrer, habitará a mesma morada de seu esposo.
• Mas se ela tiver uma conduta repreensível em relação a seu esposo, sendo exposta à infâmia, após sua morte, ela renascerá no ventre de um chacal, sendo afligida com doenças como a consumpção pulmonar e a elefantíase.
• Segundo a lei, a mulher é o campo (a terra) e o homem a semente. Da cooperação entre os dois nascem todos os seres animados.
• A terra é chamada a mãe primitiva dos seres; mas a semente, ao germinar, não desenvolve nenhuma das propriedades da mãe.
• O poder procriador do macho é superior ao poder feminino, pois a progenitura é distinta pelos sinais do poder masculino.
• Segundo a lei, uma mulher não pode ser liberada da autoridade de seu marido nem por venda, nem por abandono.
• Uma jovem só pode ser dada em casamento uma vez apenas.
• Se o esposo de uma jovem falecer após o casamento, o irmão dele deverá tomá-la por mulher, aproximando-se dela na estação favorável, até que ela conceba um filho.
• Um homem pode renegar sua mulher, mesmo depois de casados, se ela tiver sinais funestos ou moléstias, ou seja poluída, ou que foi tomada como esposa por meio de fraude.
• Se um pai dá uma filha em casamento e não alerta o esposo quanto a qualquer defeito que ela tenha, o marido poderá anular seu casamento.
• Se o noivo vem a falecer, a jovem deve se casar com seu irmão, se ela concordar com isso.
• Se o esposo, partiu para cumprir um dever fervoroso, a mulher deve esperar oito anos por ele; se foi por motivo de ciência ou glória, ela deverá esperar seis anos; se foi por seu prazer, deverá esperar apenas três anos, indo depois procurá-lo.
• Um homem só deve aguentar a aversão de uma mulher durante um ano, depois desse prazo, se ela continuar a odiá-lo, deverá tomar tudo que ela possui, dando-lhe apenas o necessário para subsistir e se vestir, e não mais habitará com ela.
• Mas se ela tem aversão por um marido insensato, culpado por grandes crimes, eunuco ou impotente, ou doente de elefantíase ou de consumpção pulmonar, não será abandonada ou privada de seus bens.
• Uma mulher de maus costumes e mau gênio, e atacada de moléstia incurável como a lepra, deve ser trocada por outra.
• Se a mulher for estéril, ela deverá ser trocada no oitavo ano; se seus filhos morreram, no décimo ano; se só pare filhas, no décimo primeiro ano; se fala com azedume, deve ser trocada imediatamente.
• A mulher substituída legalmente, que sai da casa do marido com raiva, deve ser detida e repudiada na presença da família reunida.
• Mesmo que a filha ainda não tenha chegado à idade de oito anos, quando deve se casar, o pai deverá dá-la em casamento a um homem distinto e de exterior agradável, e de sua mesma classe.
• É preferível uma jovem em idade de se casar, ficar na casa do pai até sua morte, do que ser dada a um homem de más qualidades.
• Um homem de 30 anos deve se casar com uma jovem de 12; um de 24, uma de oito.
• As mulheres foram criadas para dar à luz filhos e os homens para gerá-los.

Fonte de pesquisa
Código de Manu/ Editora Edipro

Nota: Maternidade, obra de Di Cavalcante

ÍNDIA – INDIANOS SEDUZEM NA INTERNET

Autoria de Lu Dias Carvalho

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O artigo Índia – Golpe da União com Estrangeiras, que tem por objetivo alertar as mulheres brasileiras contra o “golpe do casamento com indianos” via internet, vem batendo recordes de acesso. O texto tem recebido inúmeros comentários, sem falar naqueles que me são repassados diretamente por e-mail, uma vez que muitas mulheres sentem-se envergonhadas por terem caído no “conto do vigário”. Uma delas chegou a raspar as suas aplicações no banco para enviar dez mil dólares ao pilantra bom de lábia que se dizia apaixonado por ela, para que comprasse parte do enxoval em seu país e viesse para o Brasil, onde se casariam. Depois disso nunca mais teve notícias do ladino. Hoje ela faz tratamento antidepressivo. E não é só no Brasil que isso vem acontecendo, mas em várias partes do mundo. Casos semelhantes são registrados em Portugal, Espanha, Japão, Argentina, etc.

Caros leitores, nós podemos ajudar, fazendo com que um grande número de mulheres tome ciência destas tramoias que vêm se alastrando como erva daninha. Peço aos que participam de redes sociais que compartilhem os artigos relativos ao assunto. Precisamos desmascarar esses pilantras que usam da boa-fé de mulheres ingênuas e carentes para roubá-las. Abaixo posto alguns comentários de leitoras, que se viram envolvidas com os tais “príncipes indianos” e que deixaram aqui neste site seus relatos:

O mal dessas meninas é nunca acreditarem nas verdades e nos conselhos de quem já viu muito, já ouviu muito e já presenciou muita gente quebrar a cara. (Deby Calcinha)

Eu já sabia um pouco sobre eles. Por pouco não caí em um golpe. Namorei um indiano durante bom tempo, e estava realmente apaixonada, mas ele queria que eu o ajudasse com a “módica” quantia de US$10.000, e fez o maior escândalo quando eu disse não tê-la. Mesmo se tivesse, não daria, apaixonada fiquei mais desajuizada não! (Hellen P. Figueiredo)

Comigo aconteceu algo bem parecido. O indiano, por quem eu estava apaixonada, questionava-me muito sobre quanto era o valor de meu salário aqui no Brasil, se eu tinha conta em banco e o valor que detinha nela. Veio com uma história de que precisava urgentemente de uma quantia de 1.000 dólares, em 15 dias. Em nenhum momento, ele me falava em empréstimo, era para eu lhe dar o dinheiro. Foi daí pra frente que a minha ficha começou a cair. (Dirce)

O meu “gatinho indiano” é engenheiro, de família tradicional, come com as mãos e chupa os dentes. Eu continuo o namoro virtual, mas daí a querer uma vida em comum é outra história. Não daria certo de jeito nenhum. Mas quem quiser pagar para ver, que o faça. Tem gente que não aprende nunca e leva no lombo. As mulheres indianas também são muito sem-vergonha. Elas atacam junto com os maridos, tentando seduzir e obter vantagem em cima das estrangeiras. Já me deparei com dois casais assim. Mas eles eram amadores, a farsa apareceu nas primeiras conversas. Casais mais espertos, mais profissionais são perigosíssimos. (Maura)

Estou me relacionando com um indiano muito mais jovem que eu. Ele tem 27 e eu 47, ele é muçulmano e eu cristã, ele quer se casar comigo e vir para o Brasil. Eu quero até me casar com ele, porém preciso de mais informações, porque a dona do jogo sou eu, e qualquer coisa saio fora. (A.S. Ramos)

Estou muito triste ao ler os relatos. Namoro com um indiano, e sempre soube que era casado. Ele diz que eu decido, se quero morar lá ou aqui, e, que vem ao Brasil para me conhecer, e quer me engravidar logo, para eu ir embora com ele. Mesmo dizendo 1.000 vezes por dia que me ama, eu não confio… apaixonada, mas ajuizada. (Dani)

Conheci um indiano pela internet, e no 3º dia já dizia que me amava e queria se casar comigo. Nas conversas, questionei-o como iríamos nos casar, se as famílias indianas não aceitam casamentos com estrangeiras. Respondeu que as coisas por lá mudaram. E que viria me buscar, conhecer minha família e depois voltávamos para a Índia. É ruim, hein, largar meu país e minha família por causa de um homem desconhecido! Tô fora, antes solteira feliz do que casada infeliz e sem minha família. (Juliana)

Um cara indiano me pediu para adicioná-lo no Facebook, como eu já conheço a fama deles e essa história do golpe, eu ia recusar, mas gostei das postagens sobre artes, e adicionei-o, mas já avisei à figura que não estou procurando namorado. Se vier com segundas intenções eu o excluirei. (Andréa)

Conheci um indiano pelo aplicativo Wechat, que falou todas as lorotas já citadas. Chegou um momento em que me pediu dinheiro para as despesas diárias dele. Eu, na lata, disse que não era nem pai ou mãe dele, e, que tinha lutado muito para conseguir minha estabilidade. Como já disseram, eles mentem por natureza. Ninguém conhece o outro pela internet, nem namorando, com convívio diário se conhece, imagine na internet e ainda mais com um abismo cultural enorme. (Luana Porto)

É impressionante como eles são envolventes, sedutores e falam o que toda mulher quer ouvir. Com apenas uma semana já dizem que amam, só falam em casamento, não vivem mais sem você, chamam o tempo inteiro, parece que não trabalham, não dormem, não comem. Vivem exclusivamente de “amor”. Mesmo estando com o ‘pé no chão’ embarquei nesse jogo de conquistas, mas o pior estava por vir: a informação de que ele era casado com uma brasileira com esquizofrenia. Jurou que isso ia se resolver o mais rápido possível e, que eu esperasse por ele. Resolvi investigar. Descobri que tem uma conta (oculta) no Facebook, um casamento oportunista, pois conheceu a esposa através da internet e veio para o Brasil, e engana a família dela. Quando finalmente fui me retirar dessa confusão, ele mostrou quem era realmente: enlouqueceu, me insultou, humilhou e me ameaçou. Resolvi escrever o meu depoimento para que sirva de exemplo. (Ana)

Estou conversando há um mês com um indiano, via WhatsApp. Ele já quer se casar. E aconteceu o que mais me IMPRESSIONOU… ele me pediu dinheiro, em dólares. Minha “ficha” ainda está caindo, mas juntando os fatos e acontecimentos de uns dias atrás, já havia percebido o que ele realmente queria, e anteontem ele atacou. (Cris)

Os comentários sobre as histórias vividas confundem um pouco; eu namoro um indiano, que quer vir para o Brasil. Agora eu fico com mais dúvidas ainda. (Alice)

A coisa é sinistra, esses caras só querem aprontar e se dar bem. Quanto às moças que vão se casar e o indiano virá viver aqui, cuidado. Alguns vão para a Europa, casam, adquirem a cidadania, divorciam e trazem a família para o país. Esses que topam viver aqui podem estar planejando o mesmo. (Andrea Machado)

O indiano me ligava 24 horas por dia, mandando mensagens no celular e no whatsapp. Era uma rasgação de seda, dizendo “Eu te amo minha namorada e futura esposa, você é minha vida” e um monte de balela. Estava pensando que me enganava. Ele sempre me apressando: “Venha e me leve com você!”. Há alguns dias, mexendo no perfil dele, vi que tem um relacionamento sério. (Luana)

Estou mantendo contato com um jovem indiano, muito amável e doce, além de lindo. Fala coisas interessantíssimas sobre amor… Estou dando corda, porque o tema amor é sempre muito lindo… E o rapaz, assim como os demais ditos acima, fala em vir para o Brasil, casar, trabalhar. Da minha parte, eu jamais deixaria meu país pra ir atrás de algo tão incerto e arriscado. Não deixarei jamais que a ilusão cegue meus olhos e faça com que eu fuja da razão. Todas as informações que li aqui no blog me ajudaram muito e me deram forças pra manter meus pés bem firmes no chão. (Vivielen)

Eu não tenho nenhum namorado indiano, mas tenho diversos amigos indianos no facebook, e eles são assim mesmo. A maioria dos que assediam as mulheres pela internet é casada, e na Índia não existe divórcio. Eles têm dois interesses: sexo e dinheiro. Um deles me disse que era divorciado, que queria vir para o Brasil e se casar comigo. Eu nunca acreditei nele, e, se tivesse acreditado, teria caído do cavalo, porque é casado, e havia mentido pra mim. Percebi desde o começo que levaria um belo golpe, mesmo sem ele me dizer nada. A chance de se conseguir um homem sério na Índia é muito pequena. (Gisleine Dias)

O “meu indiano” sabe usar bem as palavras, principalmente as de amor, tema que sempre toca o coração. As palavras ditas pelo moço são as mesmas que li nos demais relatos: “Eu te amo, você é minha vida, não vivo sem você, nunca conseguirei te esquecer, tentar te esquecer me mataria, quero ser seu para sempre…”. Outro dia, ele me pediu que lhe enviasse uma lembrança minha para estar carregando, um “locket” (medalhão). Quando lhe perguntei o porquê de um medalhão, a resposta foi bem romântica. Porque ficaria bem perto de seu coração… Eu lhe falei que poderia até lhe enviar uma lembrança, mas não seria algo caro. Ele insistiu que tinha de ser o melhor que eu poderia dar, por se tratar de uma lembrança de amor, e citou a palavra “joalheria”. Eu finjo que não estou entendendo nada… Afinal, é amor online, era digital. Posso estar aparentemente demonstrando ser uma donzela seduzida por um príncipe encantado, uma vítima do amor dos contos de fadas modernos…  risos. (Vivih)

Fecho a matéria com o sábio conselho da Vivih:

Nós temos acesso a informações e sabemos que a vida real é bem mais complexa. Deixo aqui uma pequena parte de minha experiência para que sirva de munição a qualquer amiga, que esteja vivendo a mesma experiência. Não se iludam, mantenham-se no controle da situação e não sejam vítimas dessa “laia” que usa de amor e carinho para crescer na vida, sem se importar em arrancar nossos românticos e vulneráveis corações.

CHINA – O CÍRCULO DOS ANIMAIS

Autoria de Lu Dias Carvalho
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A astrologia chinesa é diferente da ocidental, que se encontra relacionada com constelações específicas no céu. Cada ano no calendário chinês está associado a um determinado animal, levando em conta suas próprias características. Eles estão agregados a um ciclo de 12 anos. O Círculo dos Animais é tão antigo na história chinesa que evidências mostram que já existia no século VI a. C. Duas lendas explicam-no. Uma delas tem Buda como o responsável por sua origem e a outra, de origem divina, é atribuída ao Imperador de Jade no céu.

A primeira lenda conta que Buda, que sempre nutriu grande compaixão por todos os seres, convidou todos os animais da Terra para visitá-lo, porém, somente 12 deles se apresentaram. Em agradecimento a esses que atenderam o seu chamado, Buda agraciou cada um deles com um ano, ao qual estaria para sempre ligado. A distribuição deu-se de acordo com a ordem em que chegou cada animal, que foi a seguinte: Rato, Búfalo, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão e Porco.

A segunda lenda conta que o Imperador Jade, que morava no céu, ficou muito curioso quanto à aparência dos animais na Terra, pois nunca vira nenhum deles. Pediu a seu conselheiro para convidá-los a visitá-lo no céu. Mas, ao saber que eram incontáveis, resolveu deixar que esse fizesse a escolha.

O conselheiro resolveu primeiro convidar o rato e lhe pedir que levasse um convite ao gato. A seguir, optou por convidar o búfalo, o tigre, o coelho, o dragão, a serpente, o cavalo, a cabra, o macaco, o galo, o cão e o porco, num total de 12 animais. A hora marcada para o encontro seria às seis horas da manhã seguinte, na porta do céu.

O rato fez o convite ao gato, conforme fora instruído, mas esse lhe pediu para acordá-lo, pois tinha dificuldade em se levantar cedo. Como não conseguisse dormir, o rato ficou matutando sobre a possibilidade de o gato, que sempre fora muito mais esperto do que ele, pudesse ser escolhido antes dele. E, por isso, resolveu não o acordar.

O Imperador de Jade ficou triste ao notar que estava faltando um dos 12 animais. O conselheiro pediu a seu servo para descer à Terra e trazer o primeiro animal que encontrasse. E foi assim que o porco, visto a caminho do mercado com um fazendeiro, tornou parte no grupo.

O rato, sempre preocupado em ser notado, subiu nas costas do búfalo e passou a tocar flauta, o que muito encantou o imperador, conseguindo assim ser o primeiro da fila. O búfalo, por sua generosidade, ganhou a segunda posição. O tigre, como era muito corajoso, ficou com a terceira. O coelho, porque tinha um pelo muito bonito, ganhou a quarta. O dragão, por causa de sua energia ígnea, ficou com a quinta. A serpente, com seu belo corpo sinuoso, recebeu a sexta. O cavalo, com sua postura elegante, ganhou a sétima. A cabra, com seus fortes chifres, recebeu a oitava. O macaco, por ser muito frágil, ganhou a nona. O galo, por suas exuberantes penas, ficou com a décima. O cão, porque era sempre vigilante, ganhou a décima primeira. E o porco, por ter chegado por último, recebeu a décima segunda.

Quando já estava terminada a inspeção, o gato apareceu batendo nos portões do céu, porém em vão, pois não havia mais necessidade de animal algum. Ainda que não entrasse na listagem em razão de sua fraqueza por gostar de dormir muito, o gato não estava só, pois todos os animais possuíam qualidades e pontos fracos, como podem ser observados naqueles que compõem o Círculo dos Animais, também conhecido como “zodíaco chinês”.

Fonte de pesquisa:
A Astrologia no Mundo/ Peter Marshall

ÍNDIA – O CÓDIGO DE MANU E A VOZ DO CORPO

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Que o corpo possui uma linguagem que lhe é peculiar, ninguém mais tem dúvidas, mas que essa percepção já venha desde antes de Cristo é que nos causa surpresa, pois tudo era deduzido através da observação, ou seja, do conhecimento empírico, sem a ajuda da psicologia. Na Antiga Índia, no Antigo Egito e na China, por exemplo, esse conhecimento passava de pai para filho, sendo muito usado pelos sacerdotes e médicos, que o empregavam para fazer seus diagnósticos. O Código de Manu, redigido em sânscrito, possivelmente 1000 anos a.C., e tido como a legislação mais antiga da Índia, já traz claramente esta compreensão:

Art. 25. Que ele (o rei) descubra o que se passa no espírito dos homens, por meio de sinais exteriores, pelo dom de sua voz, a cor de sua face, seu porte, o estado de seu corpo, seus olhares e gestos.

Art. 26. Conforme o estado do corpo, o porte, a marcha, os gestos, as palavras, os movimentos dos olhos e da face, advinha-se o trabalho interior do pensamento.

Nosso corpo possui uma linguagem muito explícita, a ponto de revelar as nossas mais profundas emoções, por mais que tentemos contê-las. Quem, por exemplo, não conhece o antigo provérbio que diz que “os olhos são o espelho da alma”? Eles denunciam nossa tristeza ou alegria, espanto ou medo, ainda que permaneçamos mudos e imóveis. Muitas cartomantes, quiromantes e outros tipos de adivinhos, jogam com a reação das pessoas às suas perguntas, atentos à postura do corpo do cliente, pois ele é o reflexo da mente.

Segundo o Código de Manu, através do estado do corpo, dos gestos, das palavras ditas, da voz emitida, dos movimentos dos olhos, dos sinais expressos pela face e pelo porte em geral, é possível descobrir “o que se passa no espírito do homem”, a ponto de adivinhar “o trabalho interior de seu pensamento”.

Nós devemos sempre nos preocupar com as palavras que proferimos, pois elas refletem nosso caráter, nossa relação conosco e com o mundo. Mas devemos estar atentos, sobretudo, à linguagem que nosso corpo repassa, pois se enganamos os outros com palavras, o corpo trata de retificar nossa mentira, principalmente com nossas mãos, que jamais nos deixam mentir…

Nota: imagem copiada de alessandrocristian.blogspot.com

ÍNDIA – O CÓDIGO DE MANU E OS BRÂMANES

Autoria de Lu Dias Carvalho

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Os brâmanes sempre gozaram das delícias do poder que só foi um pouco enfraquecido, quando o budismo sacudiu a Índia. Mas esses sacerdotes, com a tenacidade que lhes é peculiar, deram uma volta por cima e reconquistaram o domínio, ainda na dinastia dos Guptas. A partir do século II da nossa era, os registros já mostram grandes doações, principalmente em terras, feitas às castas dos brâmanes. Segundo alguns historiadores, a maioria das escrituras era fraudulenta. E, como não podia deixar de ser, as terras dos brâmanes eram isentas de taxas, mas só até a chegada dos ingleses.

Através da leitura dos artigos do Código de Manu é possível observar como tudo na Índia convergia para os brâmanes, a casta mais alta que tanto dominava a religião quanto o Estado indiano:

• Ao fazer por si mesmo um exame de causas, o rei deve procurar um brâmane, preparado para executar tal função.
• E que esse brâmane seja o responsável por examinar os negócios submetidos à decisão do rei.
• Um país, habitado por “sudra” e ateus e desprovido de brâmanes, será destruído pela fome e moléstias.
• Quando um brâmane instruído descobre um tesouro, ele será todo seu, pois um brâmane é dono de tudo que existe.
• Se for o rei a encontrar um tesouro, ele terá direito apenas à metade.
• Quando se trata da salvação de um brâmane, não é crime fazer um juramento falso.
• Aos homens das três últimas classes pode-se infligir penas, quando prestam falso testemunho, mas um brâmane deverá sair do reino são e salvo.
• Um homem que tiver a imprudência de aconselhar um brâmane, relativamente a seu dever, deverá ser castigado com óleo fervendo na boca e na orelha.
• Se um homem de classe baixa escarra com insolência sobre um brâmane, ele terá os dois lábios mutilados; se urina, terá mutilada a uretra; se solta gases na presença do brâmane, terá o ânus mutilado.
• Assim como os reis, os brâmanes serão sempre purificados, ao reprimir os maus e favorecer os bons.
• Por subtrair animais de um brâmane, o ladrão deve ter a metade do pé cortada.
• Um “sudra” deve ser condenado à morte por violar a mulher de um brâmane.
• Se a mulher de um brâmane e o um homem de uma casta baixa cometerem adultério, espontaneamente, deverão ser queimados com fogo de ervas de caniço.
• Se um brâmane goza à força de uma mulher de outro brâmane, deverá pagar uma multa.
• Ao contrário de outras classes, cuja pena é a morte, o brâmane adúltero deverá sofrer uma tonsura (corte do cabelo similar a uma coroa).
• Um rei jamais deve matar um brâmane, seja qual for o crime cometido, deverá apenas expulsá-lo do reino, entregando-lhe todos os bens, sem lhe fazer mal algum.
• A maior iniquidade cometida no mundo é o assassinato de um brâmane, que jamais poderá ser condenado à morte.
• Ao se encontrar em necessidade, um brâmane pode se apossar dos bens de um “sudra”, seu escravo, pois um escravo nada tem que lhe pertença e nada possui que o seu dono não lhe possa tomar.
• O filho que um brâmane concebe por luxúria, com uma mulher servil, será tido como um cadáver vivo.
• Na falta de parentes para herdar uma fortuna, os brâmanes serão chamados a herdá-la.
• As propriedades de um brâmane jamais poderão voltar para as mãos de um rei, como acontece com as outras classes.
• Um príncipe não deve se apropriar do patrimônio de um grande criminoso, ele deverá ser oferecido a um brâmane virtuoso.
• Um brâmane, imbuído dos estudos dos estudos sagrados, é o senhor deste universo.
• Se um homem de classe baixa gosta de atormentar um brâmane, deverá ser punido com castigos corporais que lhe causem terror.
• Instruído ou ignorante, um brâmane é uma poderosa divindade.
• Mesmo que os brâmanes façam uso de vis empregos, eles devem ser sempre honrados, pois trazem em si algo de divino.

Fonte de pesquisa
O Código de Manu/ Editora Edipro

Nota: imagem copiada de newsrpg.wordpress.com