Autoria do Dr. Telmo Diniz
Tudo nessa vida passa. Tudo muda. Tudo está em constante transformação. O que hoje é importante, amanhã pode não ser mais. O que hoje é o melhor lugar do mundo, amanhã pode deixar de ser. Nada nos pertence. Coisas não nos fazem felizes. O que nos faz feliz são nossas ações e escolhas. O que deve nos motivar a seguir em frente é saber que tudo passa.
Na natureza, tudo passa! Nós, inclusive. O traço característico da existência é a não permanência dos acontecimentos. Você já pensou que a gente acorda e sempre deseja que o dia transcorra da forma que queremos. Não desejamos que nada “saia dos trilhos”. Porém as coisas mudam, sim, mesmo que você não queira. Pessoas e situações vão e vêm em nossas vidas, entram e saem na esfera de ação. Isso é assim mesmo! Felizmente, em minha opinião. Caso contrário, a vida seria um tédio.
Tudo passa! O que marca é a experiência adquirida. As culpas e mágoas também passam! Vejo a vida como um rio, onde os tempos difíceis correspondem às correntezas a serem enfrentadas e os tempos de calmaria é o tempo que passamos no remanso do rio; mas logo ali na frente vem uma nova correnteza e, quem sabe, cachoeiras. A vida é assim, com turbulências e calmarias. Mas fique tranquilo, se você está em um rio de altas correntezas, isso passará. No rio da vida, as águas do tempo curam tudo, pois diluem tudo que é passageiro. Coisas ruins que aconteceram, os dramas que se desenrolaram e as pesadas palavras também passam.
O tempo passa para todos nós. Perde-se o frescor da juventude para ganhar a maturidade e a sabedoria. Impulsividade cede lugar à cautela, enquanto as irresponsabilidades são substituídas pelo peso dos compromissos. Faz parte do milagre de estarmos vivos, caminhando, perseverando, esperando e sonhando. A vida só faz sentido quando as peças se juntam, quando o passado explica o presente, quando o hoje reflete o ontem, e o amanhã surge, clareando as pegadas de um caminho aberto e que, certamente, será diferente dali pra frente. Porque tudo muda. Somos todos inquilinos deste mundo imperfeito, mas cheio de coisas bacanas. Não devemos ter medo dos anos vividos, do tempo perdido, da falta de emoções, dos triunfos e, porque não, também dos fracassos experimentados. Afinal, aprendemos muito com eles. A vida transborda variações. Sempre mudando.
Como diz um amigo: “fique frai, não descabelai” (fique tranquilo, não se desespere. Tudo passa! Portanto, não se apegue tanto a preocupações ou insatisfações. Sua vida pode parar de avançar. O peso que você acumula te enraíza ao sofrimento. Respire fundo, relativize seus problemas e quebre as correntes. Não tenha medo das mudanças, elas são âncoras que quebramos para avançarmos com um pouco mais de sabedoria, de acordo com os acontecimentos do dia a dia. Se hoje você está triste, não fique. Tenha a certeza de que vai passar e tempos melhores virão.
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LuDias
Este texto parece que foi escrito para mim.
Não só o Dr. Telmo nos diz, também assim falava Chico Xavier: “Na vida tudo passa!”. Lembro que vivi outros, que se tornaram minha felicidade e se eternizaram em meu coração. Assim, perdoem-me, na verdade, aquilo que amamos eterniza em nossas lembranças. Podem mudar as circunstâncias, as paisagens, as distâncias, o chorar ou rir, até o gargalhar, sinto que muitos nunca deixaram solitário meu espírito, aqueles sentimentos tão profundos que existem guardados em nosso coração. E mesmo durante a ausência deles sinto a sua presença como se nunca tivessem partido.
Neste trilhar de pensamentos, vejo pessoas que se preocupam com seus problemas, no dia a dia, e, diante deles, não percebem, e acabam não ficando sensibilizados com o que pode estar acontecendo com seu vizinho, seu amigo e até, certamente, seu ente querido mais próximo. Mas tão logo percebem, claramente, que não estamos tão só e que há pessoas que se importam e muito conosco. Isto nos faz recobrar nossas forças e tentar lutar, pois o barco continua sua viagem pelo rio de nossa vida, mesmo, como diz, Dr. Telmo:
“A vida é assim, com turbulências e calmarias. Mas fique tranquilo, se você está em um rio de altas correntezas, isso passará. No rio da vida, as águas do tempo curam tudo, pois diluem tudo que é passageiro. Coisas ruins que aconteceram, os dramas que se desenrolaram e as pesadas palavras também passam”.
Talvez, por vezes, sentimo-nos sós, como se as pessoas ficassem ausentes de nosso redor, como se não importassem com a nossa existência. Este sentimento assalta-me, em alguns momentos, como acontece com todas as pessoas neste mundo, máxime quando as mais queridas de nossa vida cedem lugar a preocupações intensas e, que nos legam incertezas e dúvidas, principalmente quando nos tornamos idosos e sabemos, conscientemente, que a vida poderá ser mais breve e, logo, poderemos não estar presentes para estender as mãos àqueles que mais amamos, auxiliando-os nos momentos mais difíceis do caminhar pela, por vezes, dolorosa estrada de nossa existência.
Nesse momento, há uma grande angústia em nosso coração. E não há quem possa afirmar que não sentiu um vazio, de repente, em seu existir. Certamente será um mentiroso. E é, neste momento, que o nosso mundo desaba, parece detonado, inundado pela maré da sensação de impotência. Eu preciso continuar, mas sei que não estarei presente no momento em que, talvez, as pessoas que amo mais precisariam. E é neste instante que podemos avaliar, com muita precisão, a importância do papo que você teve com seu amigo, aquelas horas que ele lhe dedicou, buscando animá-lo certamente trouxe-lhe alívio e esperança.
Aprendi, assim, que, se um dia, em nosso viver, acharmos que devemos encerrar nosso sonho maravilhoso, tenham a certeza absoluta de que não iremos apenas cessar um sonhar e um viver intensamente, com alegria e tristeza convivendo, mas cortaremos a árvore que plantamos, vimos crescer e que hoje está florida, linda como o coração de todos os idealistas. Aprendi que há de se pensar que amanhã o sol irá nascer, que iremos encontrar, talvez, uma saída, alguém que pode continuar nosso trabalho, uma cura para alguém que amamos. Quem sabe ainda podemos nos tornar presente, mesmo ausente na vida deles. Aprendi, e uma amiga foi muito importante para isto, que podemos despertar de um sonho triste.Tudo pode mudar, pois os momentos não são iguais.
Tudo passará!
Ed
Penso eu que o melhor modo de viver a vida é vivendo apenas um dia de cada vez. Não nos adianta encucar com o passado ou nos preocuparmos com o futuro. Quem vive bem o seu dia está também se preparando para o outro que virá. Se assim agimos, garantimos o nosso presente, o passado que virá em consequência do presente, e o futuro. As turbulências ou calmarias serão levadas com tranquilidade, certos que estaremos de que tudo é passageiro, só valendo a pena guardar o que de bom acontece-nos, tornando-o perene. É assim que tenho procurado viver. Tenho buscado enfrentar tudo com paz e tranquilidade, seguindo sempre adiante.
Seu comentário está repleto de sabedoria. E é assim que deve ser. Estou feliz por reencontrá-lo aqui no blog, pois tem muito a ensinar-nos. Bem-vindo à nossa casa.
Abraços,
Lu
LuDias
Muito obrigado!
A semana que vem irei participar e muito com o Vírus da Arte.
Abraços!
Edward
Será sempre um prazer contar com a sua presença.
Abraços,
Lu
Que delícia ler seu texto doutor Telmo! Veio de encontro à minha frágil e por vezes saborosa forma em ver ou levar a vida…. Não sou lá muito de dar conselhos. Até já os dei, aos montes, mas hoje abstenho-me – ou me dou o direito em não preocupar-me com o bendito, salvo exceções, que sempre existem, mas, como gostaria de que o conselho fosse esse: tudo passa! Das dores aos amores, das lágrimas aos risos, das certezas às não certezas… Tal qual o rio que representa tão bem esse doce passar. Suas correntezas simbolizando nossos tempos difíceis; após, a calmaria e o doce balanço para, logo à frente, quem garante, não haja uma enorme cachoeira? Viver é isso!
“…Perde-se o vigor da juventude…” Sim, esse também passa, mas nos traz deliciosas experiências, que boas ou más, mostram-nos um outro significado para o simplismo que nos tolhe. Simples demais desejar que nada mude. Ruim, também! O que apaixona é a mudança, o que ainda não veio, não saboreamos, não experimentamos, não vivemos, e viver é estar à mercê do girar dessa maluca e saborosa, por vezes assustadora experiência, que é A VIDA!
Quebrei minhas âncoras. Não sei em que tempo, tampouco por quanto tempo, mas avanço, por vezes com passos lentos, noutras veloz e furiosamente, mas fincada no firme propósito de extrair da vida o que ela nos oferece de melhor! Sigamos, afinal, tudo passa! Somos, conforme sua deliciosa observação, inquilinos deste mundo imperfeito, mas cheio de coisas bacanas, tão cheio, que num repente, nós nos deparamos com pessoas que expressam uma visão que vem de encontro às nossas últimas inseguranças, aquela do será? Sim, será, mas não sabemos como, então, vivamos, porque viver ainda é o melhor dos segredos que temos para desvendar! A vida num baú! Suas surpresas e sustos, mas também seus tesouros!
Um grande abraço!