Autoria de Lu Dias Carvalho
O painel Madona dos Querubins, também conhecido por Madona e Criança com um Coro de Querubins, é uma obra do pintor italiano Andrea Mantegna (1431-1506), considerado um dos artistas mais importantes do início do Renascimento. Foi aluno de Francesco Squariciona. As esculturas de Donatello e as pinturas de Andrea del Castagno e Jacopo Bellini exerceram grande influência sobre ele. Trabalhou na Corte dos Gonzagas em Mântua. Sua obra destaca-se pela exatidão anatômica das figuras, pelos ricos detalhes e pela perspectiva perfeita, influenciando não apenas pintores italianos, mas também os do norte dos Alpes.
A belíssima composição de Mantegna mostra a Virgem Maria e seu Menino ocupando o centro da pintura, sob um céu azul, cheio de nuvens. Rodeiam-nos 13 querubins, sendo que da maioria deles são vistas a cabeça e as asas. Eles trazem a boca aberta, cantando louvores à Virgem e a seu Filho. Encontram-se rodeados por flocos de nuvens. O último anjo, à esquerda, é o único a mirar o observador. Muitos deles têm os olhos voltados para o alto.
A Virgem Maria, usando um vestido vermelho, com um manto azul escuro sobre o mesmo, abraça seu Menino e traz a cabeça inclinada para baixo, como se encontrasse alheia ao momento. Seu semblante denota preocupação. O Menino, nu, de pé em seu colo, enlaça o pescoço da Mãe e traz os olhos voltados para cima.
A composição em destaque mostra a influência de Giovanni Bellini sobre Andrea Mantegna, inclusive chegou a ser atribuída ao segundo, até a sua restauração em 1885. Faz parte da terceira idade do pintor. Há na pintura serafins e querubins, conforme mostram as cores das asas. Todos fazem parte da primeira esfera da hierarquia angelical, mas possuem funções diferentes. Fotografias antigas, tiradas antes de a pintura ser restaurada, apresentam um quadro totalmente diferente deste.
Ficha técnica
Ano: c. 1845
Técnica: painel
Dimensões: 70 x 88 cm
Localização: Museu de Brera, Milão, Itália
Fontes de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia
Enciclopédia dos Museus/ Mirador
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Lu
Seu texto é muito esclarecedor, demonstrando o sentido da pintura de Maria e Jesus e os anjos, todos crianças ao entorno. Não sou a pessoa que possui conhecimentos suficientes para poder opinar sobre a pintura, máxime de grandes artistas. Porém, o que me chama a atenção, como leigo, é a preocupação dos anjos serem crianças. E Jesus, criança, era a esperança para o mundo. E vejo que as crianças, mesmo sendo anjos, demonstram, para mim, que uma das mensagens da pintura é a preocupação que a humanidade deve ter com as crianças, no sentido de ampará-las e dar a todas condições para um futuro glorioso, repleto de amor.
Jesus criança é a esperança que nasceu. E todas as crianças carregam o amor de Cristo, quando nascem. Depois terão condições de serem amor ou ódio. Por isto, acredito que a mensagem, contida no coro de querubins, é que a criança, quando nasce tem amor em seu coração, que pode se consolidar ou se destruir, conforme todos nós a tratarmos. O amor gera amor, eis o resumo da mensagem.
Ed
Para opinar sobre uma pintura basta apenas ter sensibilidade, coisa que você tem de sobra. Gostei muito dessa sua forma de interpretação da pintura e nela acredito piamente:
“… demonstram, para mim, que uma das mensagens da pintura é a preocupação que a humanidade deve ter com as crianças, no sentido de ampará-las e dar a todas condições para um futuro glorioso, repleto de amor”.
“… a criança, quando nasce tem amor em seu coração, que pode se consolidar ou se destruir, conforme todos nós a tratarmos. O amor gera amor, eis o resumo da mensagem”.
Tudo o que disse é a mais pura verdade!
Abraços,
Lu