Autoria do Dr. Telmo Diniz
A dor nas costas é uma queixa extremamente comum na população em geral – cerca de 80% dos indivíduos adultos terão este tipo de dor em algum momento da vida. Atualmente, essa incidência tem aumentado em decorrência de má postura, excesso de peso e maior longevidade. Assim, pessoas costumam usar medicações para o alívio da dor e do incômodo, porém estudos indicam que alternativas, bem menos agressivas, podem ser mais úteis.
A região da coluna onde a dor é mais frequente é a lombar. Essa dor, também conhecida por lombalgia, na maioria das vezes é causada por contraturas ou distensões musculares, ocasionada por um simples movimento de levantar um peso de forma errada ou um movimento súbito de flexão do tronco – o conhecido “mau jeito”. Entretanto, existem inúmeras outras causas, como:
- artrose da coluna,
- hérnia de disco,
- posturas incorretas no trabalho e em casa,
- traumatismos,
- osteoporose da coluna com fraturas espontâneas,
- estresse psicológico causando tensão muscular,
- obesidade,
- neoplasias, dentre outros.
Portanto, uma pessoa com dor nas costas de forma persistente e sem um diagnóstico definido deverá buscar ajuda médica.
Você, caro leitor, já deve ter sido acometido de uma dor nas costas em algum momento. E é muito comum entre a população a automedicação nestes casos. O uso de medicações analgésicas, relaxantes musculares e anti-inflamatórios é extremamente comum e, em muitas das vezes, necessários. Porém, o que me chamou a atenção para falar deste tema foi a publicação de um estudo feito pelo Colégio Médico Americano, maior associação médica dos EUA, que apresentou novas diretrizes para o tratamento das dores nas costas. Fruto de uma análise criteriosa sobre as mais variadas terapias disponíveis, o documento, publicado no periódico “Annals of Internal Medicine”, chamou a atenção por colocar em segundo plano, tanto nos casos de dor aguda quanto naqueles de doença crônica, a solução medicamentosa. Em lugar disso, a entidade orienta os profissionais a priorizar outras terapias. Entre as opções consideradas mais indicadas do que os remédios, são citadas:
- terapia com calor,
- massagem,
- acupuntura,
- exercício físico,
- terapia cognitivo-comportamental,
- tai chi,
- ioga, entre outras.
A pesquisa afirma que os médicos devem explicar aos seus pacientes que a dor lombar aguda e subaguda geralmente melhora com o tempo, independentemente de tratamento. Devem evitar a prescrição de exames desnecessários e de remédios potencialmente prejudiciais, especialmente aqueles à base de narcóticos. Nos casos crônicos, a prescrição medicamentosa irá depender do diagnóstico médico.
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