O genial Pablo Ruiz Picasso, além de ser conhecido como revolucionário, visionário e vanguardista, foi também famoso pelo número de mulheres que amou.
Quando o artista morava no bairro boêmio de Montmartre, em Paris, e estava com 23 anos de idade, ficou conhecendo a modelo Fernande Olivier, que viria a se tornar sua primeira companheira. Os dois viveram juntos durante sete anos. O motivo que levou à separação foi a descoberta de que sua companheira havia tido um caso extraconjugal. Embora muitas vezes se mostrasse infiel, o artista não tolerou o fato de ter sido traído, deixando evidente o machismo da época, ainda presente em nossos dias.
Tempos depois, Picasso entrou em contato com Marcelle Humbert, conhecida pelo nome de Eva Gouel, que era amante do pintor Marcoussis. O pintor e Marcelle começaram a ter um relacionamento amoroso. Ele a chamava de “Ma Jolie” (Minha Linda). Mas ela morreu vitimada pela tuberculose, deixando Picasso muito abatido emocionalmente. O casal viveu junto cerca de quatro anos. É importante notar que, aqui, ele aceita uma mulher que trai o seu homem.
No ano seguinte à morte de Eva, Picasso recebeu uma proposta do poeta Jean Cocteau para trabalhar numa produção do Ballet Russo, de Sergei Diaghilev. E foi aí que ficou conhecendo a bailarina russa Olga Koklova. Quando o grupo de balé foi se apresentar na América do Sul, Olga e Picasso optaram por ficar na França. Os dois casaram-se em Paris. A russa, além de bela, era extremamente ambiciosa, chegada ao convencionalismo e ao luxo. O casal teve um filho, Pablo. Mas a vida do artista junto a Olga tornou-se difícil, pois ela preferia a vida social à arte do marido.
Nove anos após o casamento com Olga, Picasso conheceu Marie-Thérèse Walter, que tinha apenas 17 anos. Apaixonou-se pela garota tomando-a como amante, enquanto seguia casado com a bailarina russa. O relacionamento foi ocultado até o nascimento de Maria Concepción (Maya), fruto dos amantes. E, para complicar mais ainda a vida do pintor, Fernande Olivier, sua primeira companheira, publicou o livro Picasso e Seus Amigos. O artista tentou impedir que esse fosse publicado, para não piorar seu relacionamento com a esposa Olga. O casamento com a russa acabou em 1937, após 19 anos.
Um ano após o fim de seu casamento com Olga Koklova, e ainda se relacionando com a amante Marie-Thérèse, Picasso travou conhecimento com a fotógrafa e intelectual de esquerda, de origem croata, Doara Maar, que se transformou em sua nova amante, que passou a ser a sua modelo preferida. Anos depois, passou a viver com Françoise Gilot, enquanto ia se distanciando de Marie-Térèse e Doara Maar. Com Françoise teve dois filhos: Claude e Paloma. Oito anos depois, iniciou um romance com Geneviève Laporte, uma garota de apenas 22 anos. Assim que soube da nova relação do companheiro, Françoise Gilot abandonou-o.
Picasso já estava com um novo affair, um ano depois. Dessa vez tratava-se da divorciada, mãe de uma filha, Jaqueline Roque. Casaram-se sete anos depois. Jaqueline foi uma esposa dedicada e enfermeira na velhice do pintor. Treze anos após a morte de Picasso, Jacqueline acabou se suicidando. Quando Picasso estava com 83 anos de idade, Françoise Gilot, uma de suas últimas amantes lançou o livro Life With Picasso (1964), em que o mostrava como um velho devasso.
Depois de possuir tantas mulheres, resta a dúvida de quem Picasso realmente amou? Ou será que amou todas elas?
Nota: retrato de Olga Koklova pintado por Picasso.
Fonte de Pesquisa:
Picasso / Coleção Folha
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