Chardin – O CASTELO DE CARTAS

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Autoria de Lu Dias Carvalho

A composição intutulada O Castelo de Cartas, também conhecida como A Casa de Cartas, é uma obra do pintor francês Jean-Baptiste-Siméon Chardin que, usando temas realistas da vida cotidiana, tão a gosto do estilo rococó, apresentava coisas simples, mas graciosas, sem apelar para os assuntos galantes e frívolos. Antes de introduzir a figura humana em seu trabalho, o artista era conhecido por suas naturezas-mortas. Ele pintou quatro versões com tal temática, sendo esta a última delas. A caracterização física e psicológica do menino lembra-nos as conhecidas pinturas de Paul Cézanne, intituladas “Jogadores de Cartas”.

A cena em questão, uma pintura de gênero, é tranquila e de grande intensidade poética. Um garoto de bochechas rosadas, sentado de perfil, encontra-se diante de uma mesa de madeira, com os olhos voltados para baixo, colocando cartas de baralho em pé, depois de dobrá-las ao meio. Ele se mostra absorto e calmo. Apesar de próximo, não tem nenhum contato com o observador, como se não quisesse ser interrompido em seu jogo ou brincadeira. Já colocou nove cartas de pé, trazendo na mão esquerda outas três já dobradas. Está vestido de acordo com sua época.

A mesa de fundo verde traz uma gaveta semiaberta, com puxador em formato de bola na ponta, onde se vê um valete de copas e outra carta desconhecida, pois se encontra de costas para o observador. Sobre a mesa são vistas três moedas e dois outros objetos indecifráveis. A assinatura caprichosa do pintor encontra-se no corpo da mesa, à esquerda.

Ficha técnica
Ano: c.1735

Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 82 x 66 cm
Localização: Galeria Nacional de Art, Washington, EUA

Fontes de pesquisa:
Enciclopédia dos Museus/ Mirador

1000 obras-primas da pintura europeia/ Könemann
http://www.wga.hu/html_m/c/chardin/1/09h_card.html

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