Autoria de Lu Dias Carvalho
O pintor alemão Hans Baldung ficou famoso pelo fascínio que nutria pela morte, muito presente em sua obra, possivelmente em razão da religião cristã, que via pecado em tudo, devendo ser ele um ardoroso devoto. Não foram poucos os seus quadros em que tal figura mostrou-se presente, sendo a obra O Cavaleiro, a Mulher e a Morte, um deles. Trata-se de um de seus primeiros trabalhos.
A mulher, à época, era vista como a responsável pelo mal existente no mundo, em razão de ter levado Adão à desobediência. Quanto mais jovem e bela fosse, mais perigosa ela se mostrava, estando a morte sempre à sua espreita. Ela deveria compreender que sua juventude e beleza eram efêmeras.
Na composição acima, a morte encontra-se escondida num canto estreito da estrada, à espreita, quando por ali passa um jovem cavalheiro com uma moça na garupa de seu cavalo baio, vestindo um elegante vestido de cor-de-rosa. A morte puxa o tornozelo esquerdo da moça, mas o cavaleiro, elegantemente vestido de vermelho, arrebata-a dos dentes da pérfida, que fica com parte de seu vestido entre eles. O cavalo refuga assustado, levantado a cauda.
Um osso no chão lembra a efemeridade da vida. E pedaços de tecidos parecem lembrar que outras jovens já caíram no ardil da morte. Uma bela paisagem desenrola-se ao fundo.
Ficha técnica
Ano: c. 1501
Técnica: óleo sobre madeira
Dimensões: 35,4 x 29,6 cm
Localização: Museu do Louvre, Paris, França
Fonte de pesquisa
1000 obras-primas da pintura europeia/ Editora Könemann
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