LUTANDO CONTRA OS TRANSTORNOS MENTAIS

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Autoria de Ivo Ramalho

Eu me chamo Ivo e tenho 30 anos. Fui diagnosticado com Síndrome do Pânico (SP) e Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) há dois anos. Tudo começou num sábado pela manhã, quando acordei com uma tremedeira e dormência no corpo, sentindo calafrios, palpitação no coração e dor no meio do peito. Levantei-me desesperado. Senti como se meu mundo estivesse desabando. Pedi aos meus pais para me levarem, com urgência, ao hospital. A primeira coisa que veio à minha cabeça é que estava tendo um infarto, e tive muito medo de que algo acontecesse. Passei por alguns exames e fiquei em observação por algumas horas, sendo que nada foi constatado. Os médicos me disseram que não tinha nenhum problema.

Após a primeira ida ao hospital, aconteceram outras mais. A cada retorno eu me sentia pior, achando que era o meu fim. Em uma dessas idas, tive muitas dores na garganta e meu estômago queimava muito. Encaminharam-me a um gastroenterologista, pois poderia ser daí que vinham minhas dores e tais sensações no peito. Iniciei o tratamento após receber os exames que apontavam uma esofagite erosiva. Fui acompanhado por uma nutricionista, que mudou radicalmente minha alimentação. Obtive melhoras com as dores, porém, fui tendo mais crises de pânico, o que me deixava cada vez pior. Passava mal na faculdade, no trabalho, no supermercado, e em qualquer lugar. Não dormia, sentia muito medo, chorava sem motivo aparente e não conseguia enfrentar minha rotina. E novamente cheguei a pensar que estava tendo problemas de coração. Fui a um cardiologista que me pediu alguns exames. Nada foi constatado. Minha saúde estava em dia. Ele me tranquilizou e orientou-me a buscar ajuda psiquiátrica. Nessa altura eu estava sem chão, já não ia trabalhar, a vida na faculdade estava difícil e saía de casa cada vez menos. Não conseguia me relacionar com ninguém, pois tinha uma angústia tão forte dentro de mim, que afastava as pessoas.

Fui ao psiquiatra, um ótimo médico por sinal. Digo isso porque tinha preconceitos a respeito dessa especialização. Ele me disse que eu enfrentava uma depressão em razão da pressão na faculdade, no trabalho, com a família e as muitas incertezas sobre meu futuro. Junto com a depressão, ele disse que eu sofria de SP e TAG e que precisava de tratamento com psicoterapeuta e fazer uso de antidepressivo. Senti-me amedrontado de início e pedi para ele me dar um tempo, a fim de que eu pudesse tomar uma decisão a respeito do tratamento com o remédio. Continuei passando mal por mais de um mês e, no retorno, acabei aceitando o antidepressivo recomendado. Tive medo de tomar o medicamento antes por pura falta de informação. Comecei a ler na internet sobre os efeitos que trazia, e que não eram nada agradáveis, mas o que não estava nada agradável era a situação em que me encontrava.

Iniciei o tratamento com a dosagem recomenda. Após algumas horas, eu pensei que iria morrer. Tudo havia voltado: dores pelo corpo, aperto no peito, palpitações, uma agitação fora do comum, muito frio e tontura. Senti muito medo e, não mais aguentando tais sintomas, fui ao hospital por uma possível segurança. O médico de plantão disse-me que era possível existir uma reação normal ao medicamento, e que deveria entrar em contato com meu psiquiatra. Através do contato feito, meu psiquiatra recomendou-me tomar a metade da dosagem durante uma semana, e depois a dose inteira. Confesso que fiquei com muito medo de ter todos os sintomas novamente, só voltando a tomar o remédio uma semana depois, após me sentir mais seguro e estar com a minha família por perto.

Os sintomas continuaram mesmo com a dosagem pela metade. Quando tomei a dose inteira, eu me sentia ainda com dores de cabeça e muito vazio por dentro. Somente após um mês com o remédio e com a ajuda de terapias semanais, comecei a melhorar e deixar a depressão e a Síndrome do Pânico para trás. O medicamento foi muito importante, assim como as terapias e os exercícios físicos. Passei a enfrentar meus medos e a criar uma rotina mais saudável. Também me senti uma pessoa melhor, diferente de antes, mais perceptivo com meu corpo e com as pessoas a minha volta, e a achar mais graça na vida. Uma coisa importante e que fez muita diferença foi a minha espiritualidade, ou seja, a fé em Deus.

No ano passado fui dispensando do trabalho em que estava. Tinha tirado licença pelo INSS para seguir com o tratamento e, ao retornar, havia sido mandado embora. Estava com 10 meses de tratamento e uso de antidepressivo, porém, com a perda do emprego também acabei perdendo meu convênio, ficando mais difícil manter as consultas e os remédios. No final do ano passado fui diminuindo a dosagem até não tomar mais o antidepressivo. Sei que não deveria ter feito essa retirada, sozinho, porém, já não conseguia pagar mais as consultas e me sentia muito bem. Fazia acompanhamento psicológico pelo menos uma vez por mês e seguia com minha vida normalmente.

O ano de 2017 estava indo muito bem. Dediquei-me aos estudos e recebi muito apoio da minha família. Porém, em agosto, passei por um episódio de SP. Tive alguns tremores, palpitação e tontura. Custei um pouco a dormir e acordei cansado. Dois dias depois veio nova crise, só que muito mais forte. Na noite seguinte encarava outra crise aguda de ansiedade e pânico. Comecei a enfrentar dores pelo pescoço, costas, pernas e muita dor de cabeça. As crises tinham voltado piores e as dores insistiam em permanecer o dia todo. Era insuportável! Eu me sentia um lixo e não conseguia sair da cama, pois tudo voltou, afetando meu dia a dia, meus estudos e meu convívio com as pessoas. Cheguei a pensar que era o fim, e a qualquer coisa diferente que acontecia o medo de morrer tornava-se real. Retomei o tratamento psiquiátrico. E nesta retomada, acabei descobrindo este espaço maravilhoso. Venho acompanhando este blog há algumas semanas. Descobri-o quando reiniciei meu tratamento. Este espaço só tem me ajudado, pois ao ler e ver as dúvidas que cada um traz e as aflições pelas quais passa, faz-me sentir menos sozinho com meus medos. Passei a compreender que não sou uma pessoa estranha. Existem milhares como eu.

O tratamento está no começo, ainda sinto dores de cabeça, no estômago e um aperto no peito. Tenho dificuldades para dormir, achando que não me levantarei no dia seguinte, ou, que serei acordado com uma crise. Isso tem afetado meu dia a dia, pois não são todos que entendem. É difícil para eu me levantar, mas tento encarar. O mais difícil são as noites, pois, se estou na rua fico preocupado, se estou em casa também fico, e morro de dores pelo corpo. Há dias em que estou bem e noutros muito ruim, com medo de que meu coração pare, que eu caía e ninguém me ajude. Ainda evito sair sozinho, e somente saio com quem conheço há mais tempo. Sei que muito também depende de mim, e, com a ajuda necessária, todos nós sairemos desta, mas, no começo do tratamento, esta doença castiga muito e nos derruba.

Deixo o meu relato para outras pessoas que se encontram em situação parecida. Nós iremos vencer! Tenho muito medo ainda, porém estou tentando viver um dia de cada vez. Sinto que com mais tempo de remédio eu conseguirei enfrentar meus problemas e desafios, superando tudo e sentindo bem comigo mesmo. Sigo tentando…

Nota: O Grito, obra de Edvard Munch

 

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19 comentaram em “LUTANDO CONTRA OS TRANSTORNOS MENTAIS

  1. Thaline

    Boa-tarde, pessoal!

    Hoje estou no 20º dia, me sinto bem, porém não 100%, parece que ainda não sou eu mesma. Ontem fui ao parque com meu namorado, andamos de bicicleta, demos risadas e nos divertimos. Porém, quando estávamos indo embora, uma sensação ruim apareceu de desânimo misturada com tristeza, isso é normal? Hoje já consigo comer normalmente, porém agora sinto um pouco de falta de ar quando como. Sinto o lado direito do meu rosto pesado, um músculo que passa pela garganta parece que algumas vezes que engulo me incomoda, olho no espelho e enxergo um lado diferente do outro, porém meu namorado fala que está normal. Será coisa da minha cabeça? Sei que tenho que ser paciente, que o tratamento pode demorar um pouco a alcançar seu resultado máximo, mas lá no fundo o medo de não voltar a ser a mesma pessoa me assombra. Mas vou continuar sendo POP e esperar pelos dias melhores que se Deus quiser virão.

    Lu, obrigada por sua resposta, ela realmente nos traz alívio e tranquilidade. Mais uma vez obrigada por esse cantinho, espero em breve postar o meu relato de suma melhora.

    Abraços

    Thaline

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Thaline

      Você ainda não saiu da fase difícil que acontece no início do tratamento. Fique tranquila, portanto, pois tem muito ainda a melhorar. Tudo o que diz sentir está dentro do quadro da normalidade. Seu namorado tem toda a razão, pois são realmente coisas da sua cabeça, uma vez que sua mente ainda se encontra fragilizada. Procure afastar tais pensamentos sempre que eles aparecerem. Tudo não passa de criação mental, sem um laivo de realidade. Inclusive essa sensação ao engolir diz respeito ao aparelho digestivo que é o mais afetado quando nos encontramos em desequilíbrio. Leia o texto OS ANTIDEPRESSIVOS EM NOSSA VIDA. Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  2. Thaline

    Lu e amigos

    Depois de ler muitos relatos que me animaram e alguns que me deixaram com um pouco de receio, resolvi escrever também e tirar algumas dúvidas.

    Fui diagnosticada com TAG. Comecei a fazer uso do Oxalato de Escitalopram 10 mg, faz 16 dias. Nos primeiros dias ainda tive as temidas crises (essas que a psiquiatra me receitou Rivotril 0,25 mg para acalmar) junto a algumas reações como diarreia, sensação de bolo na garganta, não conseguia comer nada, sentia sonolência durante o dia, mas durante a noite o sono era perturbador. Hoje faz duas semanas que não passei mais por elas. Havia passado apenas a primeira semana, e já comecei a sentir algumas melhoras. Não fiz mais uso do Rivotril, voltei gradativamente a comer, cada dia melhor, e apesar da psiquiatra ter receitado o Zolpidem 10 mg para dormir, não fiz uso do mesmo nenhum dia. Pelo menos uma vez toda noite acordo, o que melhorou é que agora consigo voltar a dormir rápido.

    Porém quando iria iniciar a terceira semana, há 4 dias atrás, parece que recaí. Acordei um dia à noite achando que ia ter crise, levantei inquieta, pois meu coração acelerou e meu corpo esquentou, no outro dia fiquei com dor de cabeça o dia todo. Já comecei a pesquisar coisas na internet. O que me intriga e me deixa nervosa é o zumbido na cabeça, que não passa; comecei a percebê-lo uns dias antes de ter a primeira crise. Fui ao neurologista, fiz tomografia e graças a Deus não deu nenhuma anormalidade, o mesmo falou que o zumbido é por conta do estresse, mas parece que ele não vai passar nunca, alguém sente isso?

    Procuro sempre pensar que minha vida é boa e que tem pessoas em situações muito piores. Procuro pensar positivo, pensar que outras pessoas também já passaram por isso e conseguiram superar. Mas lá no fundo, o medo de que eu não melhore, que o remédio não faça efeito, ainda persistem, principalmente quando algum sintoma aparece.

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Thaline

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, todos os antidepressivos trazem transtornos adversos que levam algum tempo para passar, dependendo de cada pessoa. Na fase inicial do tratemento são comuns as oscilações na melhora. Não se preocupe, pois, passada a fase dos transtornos ruins, você terá melhor qualidade de vida. Aconselho-a a só pesquisar em sites sérios, para que sua cabecinha não dance com informações infundadas. O fato de não estar necessitando de fazer uso de medicamentos complementares significa que seu organismo está respondendo bem ao antidepressivo. Isso é ótimo!

      Thaline, esse ruído na cabeça (ou no ouvido) tem sido relatado por alguns comentaristas. Não sei precisar em quais textos, pois são muitos os comentários. Mas não tardará em desaparecer. Tenha paciência e fique tranquila. Continue pensando positivamente. Pesquisas mostram que as pessoas otimistas tendem a melhorar mais rapidamente. Seja POP (paciente, otimista e paciente), sempre! Continue em contato conosco.

      Abraços,

      Lu

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  3. Celina Telma Hohmann

    Ivo
    Seu relato, com bastante clareza nas palavras, é comum no nosso mundo das lutas contra o que não não conseguimos controlar. Parece evidente que nos servimos da escrita para tentar nos livrarmos dos pesadelos que tudo isso nos causa. Encontro-me em plena fase crítica da Síndrome do Pânico e paralisada para tantas coisas, incluindo aí, ser gentil com quem precisa de um colo, de um entendimento, daquele gostoso: eu o entendo! Ainda comentarei com mais carinho como o entendo! Mas é muito bom você ter conseguido expor o que o atormenta!

    Um abraço, amigo das desventuras e dessas coisas que nos atrapalham, mas que passam…

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    1. Ivo Ramalho

      Celina

      Realmente a escrita tem sido minha amiga, o que não consigo falar, expresso escrevendo e isso tem me aliviado. Faço um diário de relatos que me vem acontecendo e sinalizando o quanto sou forte, sim, para enfrentar esta situação que me deixa fora de controle. Eu me paraliso e sinto dores, porém enfrento cada dia mais e mais, nem que seja com um pequeno passo, mas sei que logo darei mais um e mais um. Em breve tudo irá passar, pois vamos enfrentando o pânico que logo ficará pequeno, e não será mais ele a nos carregar.

      O blog tem me ajudado muito a entender e conhecer outros relatos e por que não amigos nesta desventura, não é mesmo? O lance é ser POP em todos os momentos e não esquecer que temos uns aos outros, mesmo que atrás de uma tela cheia de palavras, mas que nos ajuda muito em momentos de escuridão. Uma hora iremos rir de tudo isso e chorar não será problema.

      Abraços

      Ivo

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  4. Raquel Santos

    Ivo,
    obrigada por compartilhar sua história conosco. Saiba que não está sozinho, e nesse cantinho podemos esclarecer nossas dúvidas, trocar experiências, sentir mais confiantes com o tratamento. Estou no 25º dia tomando oxa 20 mg, confesso que ja estou bem melhor, passei a enxergar a vida com outros olhos. Tenha fé acima de tudo, acredite na medicação, pois ela realmente é muito eficaz no tratamento. Em breve você passará dessa angústia que é o início do tratamento e verá que valeu a pena. Desejo lhe paz.

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    1. Ivo Ramalho

      Raquel

      Poder dividir o que sentimos é essencial para que outras pessoas procurem ajudam. Temos muitos preconceitos quando se trata de ir ao psiquiatra e sobre o que as pessoas irão falar, quando ficam sabendo. Por isso devemos deixar claro que o quanto antes se tratar, mais breve conseguiremos enfrentar nossos medos. O lance é ser POP e logo sairemos desta e ficaremos mais fortes.

      Abraços,

      Ivo

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  5. Poliana

    Lu e amigos

    Caramba… fico imensamente feliz de ter encontrado este espaço (só hoje, mas, antes tarde que nunca)! Já li tantas experiências e me identifico com muitas histórias aqui descritas.

    Tinha crises de ansiedade, esporádicas, desde os 15 anos. Na fase adulta, elas foram se intensificando e durando mais tempo. Incomodando cada vez mais… Passei a fazer psicoterapia e meditação quando tinha as crises. Durante algum tempo sentia melhora. Porém, em julho deste ano, agora com 30 anos, tive a pior das crises. Dias inteiros passando muito mal, taquicardias, desespero extremo, sensação de irrealidade, etc.

    Resolvi encarar meu problema de frente pela primeira vez e procurei um psiquiatra. Comecei a tomar o esc, com muito medo da piora nos primeiros dias. rsrs. Não foi fácil mesmo. Extremamente difícil. Mas, no meio das crises, passei a perceber que elas me tornavam alguém melhor. Mais responsável, mais cuidadosa comigo mesma, mais grata ao universo por acordar a cada dia. E passei a agradecer. Era um doloroso processo de depuração de mim mesma.
    Senti melhora total das crises em torno de 20 dias, aliando medicação e terapia. Nada de ansiedade. Zero. Graças a Deus!

    Já uso o esc há 2 meses. Atualmente me sinto ainda meio confusa. Acho que toda a reflexão que a crise e a terapia me trouxeram me tiraram total da zona de conforto e ainda tenho a sensação de estar meio perdida em mim mesma. Eu me sinto um tanto desorganizada e às vezes sem saber por onde recomeçar a colocar a vida em dia. Mas sou muito POP! E tenho muita fé de que em breve assumirei o controle da minha vida por completo.

    Deixo um abraço a você, Lu, por essa iniciativa tão bela, e FORÇA a todos os companheiros… NÃO DESISTAM!

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    1. LuDiasBH Autor do post

      Poliana

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em parte desta família que cresce cada vez mais.

      Amiguinha, quando as crises chegam com força total não existe outra saída senão buscar ajuda psiquiátrica. Como sabe, se não tratadas, tais crises tendem a ficar cada vez mais fortes e constantes, ficando a terapia e a meditação apenas como tratamento coadjuvante. E por piores que possam ser os efeitos adversos (passageiros), eles são irrelevantes diante das crises (permanentes, quando sem tratamento). Também acredito que, ao passarmos por tais fases, nós nos transformamos em seres humanos melhores, pois travamos contato com nosso interior e mais intimamente com o exterior. Tornamo-nos mais tolerantes concosco e com o próximo. Trata-se, portanto, de um aprendizado de vida, também.

      Poliana, o mais importante é que aprenda a viver um dia de cada vez. Se assim agir, logo terá o controle de sua vida em suas mãos. E seja tolerante consigo mesma e com as pessosas que a cercam. Será sempre um prazer tê-la aqui conosco.

      Beijos,

      Lu

      Responder
  6. Thaís

    Lu
    O que você acha do Citalopram, em relação ao Escitalopram, sei que são parecidos, mais qual é mais efetivo?
    Faria sentido mudar um pelo outro?

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Thais

      Seja bem-vinda a este cantinho. Sinta-se em família.

      Amiguinha, ambos são drogas que têm como substância principal o oxalato de escitalopram, contudo, o escitalopram é bem mais potente, ou seja, possui maior poder de ação, sendo, portanto, o mais receitado. Só para você ter uma ideia, 10 mg de escitalopram correspondem a 40 mg de citalopram. O médico terá que avaliar a real necessidade do paciente para ver qual dos dois deve ser receitado.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  7. Thaís

    Lu

    Eu estou tratando de crise de ansiedades há dois meses e melhorei bastante, mais ainda me encontro oscilando muito. Há semanas que passo bem e outras não, na tpm piora tudo. Será que o remédio ainda tende a me estabilizar, pois é tão ruim sentir que podemos ficar mal mesmo tomando remédio.

    Responder
    1. LuDiasBH Autor do post

      Thais

      Existem organismos que necessitam de mais tempo para que o antidepressivo aja totalmente. Como você já se encontra com dois meses, aguarde chegar aos três, mas, se ainda assim continuar sentindo tais transtornos, deverá retornar ao psiquiatra para que ele aumente a dosagem ou mude para outro medicamento. Realmente não há razão para tomar um antidepressivo e continuar tendo crises. Quanto à TPM, consulte um ginecologista para ver seu caso.

      Abraços,

      Lu

      Responder
  8. Talita Salles

    Ivo,
    gostei muito de você ter exposto o seu relato. Saiba que você não está sozinho, pois eu mesma já passei pelos mesmos sintomas e agora estou melhor, graças a Deus e ao tratamento com o antidepressivo. Sei o quanto não é fácil. Somente quem passa por esses problemas sabe o quanto é difícil, mas tenha sempre fé, pois tudo vai dar certo. Torço para que você seja POP, sempre.

    Abraços

    Responder
    1. Thaís

      Talita

      Quando você começou a se tratar, levou quanto tempo para se sentir sem nenhum sintoma, como desânimo, inseguranças, frio na barriga, enfim esses sintomas tão ruins? Estou há 2 meses e ainda oscilo muito nesses sintomas.

      Responder
    2. Ivo Ramalho

      Talita

      Obrigado pela torcida, também torço para que tudo fique bem com você. Saber que temos um apoio sempre deixa tudo melhor e este espaço é muito bom para isso.
      Sim, o lance e se manter POP.

      Abraços

      Responder
  9. LuDiasBH Autor do post

    Ivo

    O seu relato corajoso é de grande importância para todos nós que lidamos com os transtornos mentais. Com uma linguagem extremamente clara e honesta, você nos apresenta todas as fases pelas quais passa a maioria das vítimas, que vão desde o desconhecimento sobre a importância dos antidepressivos, passando pelo estigma de ter que procurar um psiquiatra e a falta de compreensão das pessoas em volta, aos transtornos adversos iniciais e incertezas quanto à eficácia do tratamento.

    Amiguinho, tudo é questão de paciência e de aguardar o tempo necessário para que o medicamento faça o efeito esperado. Passados os efeitos adversos inerentes à fase inicial, você obterá melhor qualidade de vida, pois este é o objetivo de fazermos uso de antidepressivos. Continue POP (paciente, otimista e persistente).

    Um grande abraço,

    Lu

    Responder
    1. Ivo Ramalho Autor do post

      Lu

      Eu te agradeço mais uma vez pelo espaço que nos deixa para podermos nos aliviar e dar força uns aos outros. Você é uma pessoa muito especial, pois nos responde e acalma. Paciência, fé e esperança são a chave de nosso tratamento, ou como você diz que devemos ser POP, já adotei pra mim.

      Abraços minha querida amiga!

      Ivo

      Responder

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