A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA NOITE DE SONO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Inicie seu dia à noite

Costumo observar em consultório, de forma bastante corriqueira, que as pessoas se sentam cansadas e fatigadas logo que iniciam o seu dia. “Doutor, parece que quando eu me levanto da cama, estou arrastando correntes”. Nossa produtividade depende, em boa parte, de uma noite tranquila e repousante. Noites mal dormidas acarretam, com o tempo, o desenvolvimento de uma série de doenças, como:

  • ganho de peso e obesidade,
  • hipertensão arterial,
  • falhas de memória,
  • resistência a ação da insulina com consequente desenvolvimento do diabetes
  • e problemas de crescimento em crianças e adolescentes.

Ciclo

Para que possamos entender melhor a questão, é importante falarmos do ritmo circadiano, que designa o período de 24 horas. Este ciclo é regulado por hormônios e determina nossa atuação psicológica e biológica, ou seja, tem influência em várias funções do corpo humano, como a digestão, nossas secreções, renovações celulares, entre vários outros. Em outras palavras, logo que nos acordamos, inicia-se a liberação do cortisol, que é o hormônio do estresse e da vigília. Ele promove a elevação da glicose no sangue, aumenta a temperatura corporal, incrementa a irrigação de sangue para os músculos, fornecendo ao corpo o que ele necessita para começar a “funcionar”.

Ao contrário, quando vamos nos deitar, inicia-se a produção da melatonina, que é responsável pelo aprofundamento do sono, pelos sonhos, etc. Promove o devido descanso ao corpo para que possa se renovar para o dia seguinte. O dia a dia corrido, o estresse cronificado, altos níveis de ansiedade, depressão e vários outros fatores físicos e psicológicos podem interferir neste ciclo.

Noites de sono de qualidade ruim levam necessariamente a quadros de irritabilidade, lentificação do raciocínio e a redução da concentração e da atenção no trabalho. Portanto, devemos nos lembrar de que, para termos um dia produtivo, é necessário uma noite de sono repousante.

Higiene do sono

Dicas para uma boa higiene do sono:

  • fixar um horário certo de ir para a cama e de acordar;
  • ir para a cama só quando estiver com sono;
  • evitar dormir durante o dia;
  • evitar passar tempo excessivo na cama tentando dormir (Quando não se consegue dormir, é preferível levantar e sair do quarto até que volte a sentir sono novamente);
  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas por, no mínimo, seis horas antes de deitar (O álcool pode alterar a arquitetura do sono e aumentar o número de apneias nos portadores de apneia obstrutiva do sono).
  • evitar refeições pesadas antes de dormir e o uso de bebidas estimulantes (como café, chá preto, verde ou mate e energéticos por no mínimo seis horas antes de deitar);
  • praticar exercícios físicos regularmente, evitando fazê-los próximos ao horário de dormir;
  • procurar relaxar física e mentalmente pelo menos duas horas antes de dormir;
  • não utilizar TV ou computador até tarde da noite, o quarto em que se dorme deve ser confortável, silencioso, escuro e com uma temperatura agradável.

O sono não traz a solução para os nossos problemas corriqueiros, porém, um descanso noturno de qualidade ajuda bem a resolvê-los logo no dia seguinte. Portanto, inicie seu dia com uma boa noite de sono.

Nota: Imagem copiada de gitanadealma.blogspot.com

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EXERCÍCIO – FALTA X EXCESSO

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Quem não pratica exercício algum e aqueles que o fazem em excesso têm a mesma possibilidade de morte prematura. É isso mesmo! Exercícios em demasia fazem tão mal quanto o sedentarismo. A conclusão é de um estudo dinamarquês. Para os cientistas que acompanharam a pesquisa, exercícios extremos não mudam chances de morrer comparado com quem não faz nada. A chave parece estar na moderação.

O estudo foi conduzido no hospital Frederiksberg, em Copenhague, onde estudaram voluntários saudáveis ao longo de 12 anos. Mais de mil praticavam corrida, ao passo que quase 4.000 não praticavam nenhum tipo de exercício. As menores taxas de mortalidade couberam aos praticantes de corrida de ritmo leve a moderado, enquanto os que praticavam corridas intensas não registraram estatísticas diferentes das do grupo sedentário.

As pessoas que correram num ritmo constante durante menos de duas horas e meia por semana tiveram menos chances de morrer no período. Já os que correram mais do que quatro horas por semana ou não fizeram exercício nenhum registraram o maior número de mortes. A conclusão é que o ritmo ideal de corrida é cerca de 8 km/h e de forma moderada. Além disso, eles concluíram que é melhor não correr mais do que três vezes por semana, num total de até duas horas e meia. Já as pessoas que praticavam corridas mais intensas, em especial aqueles que corriam mais de três vezes por semana com um ritmo mais forte do que 11 km/h tinham as mesmas chances de morrer que aquelas que não praticavam exercício.

Exercícios vigorosos provocam desequilíbrios no organismo, ou seja, quando a relação entre o treino e a recuperação está desproporcional. A prática de qualquer esporte gera um desgaste no organismo, caracterizado por pequenas lesões, desidratação e até variações hormonais. Esse desgaste precisa ser recuperado com uma boa alimentação e tempo adequado de descanso.

Conhecido por overtraining, o excesso de atividade física acontece quando a pessoa pratica suas atividades de forma incorreta, sem respeitar o tempo necessário de descanso ao corpo. Muitas vezes, o overtraining deve-se ao fato da pessoa sentir ansiedade em alcançar os resultados desejados, levando-a, normalmente, a ter também uma dieta inadequada. Dentre os sintomas do overtraining estão a perda de apetite e de peso, insônia, cansaço, estresse, agressividade e até depressão.

Retornando ao estudo, os pesquisadores ainda não sabem o que está por trás dessa tendência, mas acreditam que mudanças no coração durante a prática de exercícios extremos podem oferecer uma explicação. Em suas conclusões, os pesquisadores sugerem que “exercícios pesados, de resistência, podem induzir a alterações patológicas na estrutura do coração e nas artérias no longo prazo”. É sugerido que você não precisa correr maratonas para manter sua saúde. É recomendado 150 minutos de atividades moderadas por semana, ou seja, 50 minutos de caminha moderada três vezes por semana. É simples assim!

Nota: obra de Fernando Botero

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O PODER DA AUTOCONFIANÇA

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Você confia em si mesmo? Tem confiança no trabalho que desenvolve? É confiante em suas relações familiares e sociais? Consegue falar em público? Como anda sua autoconfiança? Se não anda boa, saiba que você pode fortalecê-la, melhorando, por consequência, sua autoestima.

Primeiramente, saiba que autoconfiança é a convicção que uma pessoa tem de fazer e realizar algo. Alguém que é autoconfiante tem um forte senso de convicção e certeza em si próprio. É uma pessoa que transpira serenidade, tranquilidade e é autoconsciente. O autoconfiante tem uma postura positiva com relação às próprias capacidades e desempenho, incluindo as convicções de saber fazer o que se propõe, de fazê-lo bem e de suportar as dificuldades para chegar aos objetivos propostos.

Alguns comportamentos são típicos de pessoas com baixa autoconfiança:

  • menosprezam a sua própria capacidade, ou seja, sempre têm dúvidas se são capazes de fazer algo;
  • normalmente são tímidas e reservadas;
  • fazem críticas a si mesmas;
  • são perfeccionistas;
  • ficam presas aos resultados negativos e falhas do passado;
  • possuem excessiva preocupação com os resultados negativos e de fracasso, mesmo que eles ainda não tenham acontecido;
  •  são pessoas que têm medo de realizar novos projetos, pelo simples fato de “poder dar errado”.
  • estão sempre querendo agradar a terceiros, ou seja, são pessoas que têm grande dificuldade de dizer “não”.

A boa notícia é que existem meios para melhorar e aumentar nossa autoconfiança. Primeiramente comece pelo seu visual. Se for homem faça a barba e o cabelo. Se for mulher, dê um “tapa geral” e comece a perceber como se veste. Isto é primordial para o bem-estar interior, para ambos os sexos. Pense sempre de forma positiva, ou seja, o que você planeja tem que dar certo. Nunca “entre na guerra” achando que vai perder. Pensamentos negativos têm poder. Pense nisso!

Prepare-se para a vida e para os projetos. Não basta pensar positivamente, devemos ter preparo para todos os nossos objetivos. A vida é concorrida e difícil e, portanto, não vamos conseguir fazer o que devemos caso não estejamos preparados. De igual forma, tente ser sempre gentil com o próximo. Pessoas generosas, em geral, se sentem bem consigo mesmas e são mais autoconfiantes. Seja moderado nas palavras e nos gestos. Pessoas com alto nível de autoconfiança falam devagar e em baixo tom. Não precisam gritar. Vá estudar para aumentar seus conhecimentos. Quanto mais souber em sua área de atuação, melhor será sua confiança. Enfim, sorria mais e passe à frente sua autoestima. Contamine todos a sua volta!

O poeta rondoniano Augusto Branco tem uma citação que resume bem a coluna de hoje: “Se você quer um pedacinho do Paraíso, acredite em Deus. Mas se você quer conquistar o mundo, acredite em você, porque Deus já te deu tudo o que você precisa para vencer”. Autoconfiança é premissa obrigatória para o sucesso e crescimento pessoal.

Nota: imagem copiada de sites.google.com

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VOCÊ OUVE, MAS NÃO OBSERVA!

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Autoria de Lu Dias Carvalho

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Nas unhas do homem, nas mangas do seu paletó, nos seus sapatos, nos joelhos da calça, nos calos do seu polegar e do seu indicador, na sua expressão, nos punhos da sua camisa, nos seus movimentos – em cada um desses traços a ocupação de um homem se revela. É quase inconcebível que todos esses traços reunidos não sejam suficientes para esclarecer, em qualquer circunstância, o investigador competente. (Sherlock Holmes)

O mal é que tendemos a julgar uma pessoa muito mais por suas palavras do que pelo seu modo de ser e agir, sem levar em conta a linguagem que nos repassa seu corpo. E ainda temos a empáfia de dizer que conhecemos X ou Y como “a palma de nossa mão”. Como é vã a nossa filosofia, pois a maioria de nós nem mesmo sabe como comporta o nosso próprio corpo do pescoço para baixo, quanto mais o de outrem.

Na sua linguagem o corpo não finge acreditar no que não crê e tampouco dá o dito pelo não dito. Jamais se coloca como lacaio da mente, fazendo sempre o que ela quer. Ele é um insubordinado que não se presta ao agrado servil. De modo que, para os bons observadores, o corpo é um excelente parceiro, pois retrata com fidelidade os pensamentos que viajam pela mente, sem se preocupar com a emissão de palavras que, segundo um dito popular, o vento leva.

A leitura das atitudes e do pensamento do homem foi o primeiro sistema de comunicação a ser usado, antes mesmo que aprendêssemos a falar. Mas a modernidade foi embotando tal preciosidade e dando, cada vez mais, espaço para a palavra oral, colocando o gestual do corpo em segundo plano. E no blá-blá-blá, na verborragia, na logorreia e na verbiagem nós fomos nos atolando, achando que dominamos o ó do borogodó. Nossos olhos tornaram-se menos sagazes, enquanto os nossos ouvidos tornaram-se senhores absolutos da verdade, mas sem muita sabença. Olhos e ouvidos deixaram de ser parceiros na análise e, consequentemente, contamos com menos testemunhas nas ações observadas. Vivemos na ditadura das palavras.

A mensagem corporal é tão rica, que mesmo a linguagem oral e escrita está cheia de expressões que indicam a nossa relação com o corpo. Observem algumas:

Levante a cabeça!
Não mais aguento o fardo que carrego nos ombros!
Abra os olhos, meu amigo!
Não tem vergonha na cara?
Está sempre empurrando com a barriga!
Ficou com dor de cotovelo!
Aquilo foi um soco na boca do meu estômago!

Assim, temos que ficar mais atentos, como nos ensina o famoso investigador Sherlock Holmes, personagem de ficção da literatura britânica, criado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle. E como nos diz o detetive: Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes. Portanto, abram os olhos, minha gente, e deixem de levar em conta apenas as palavras! Analise o conjunto todo: palavras, gestos corporais e ações.

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COMO TRATAR UMA PESSOA ARROGANTE

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Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Os arrogantes são como os balões, basta uma picadela de dor ou de sátira para dar cabo deles. (Madame Staël)

Os leitores que acompanham meus textos sabem que tenho especial apreço por temas sobre o comportamento humano, como a arrogância, por exemplo. Um arrogante bem conhecido nos dias atuais é o futuro presidente dos EUA, Donald Trump. Dia desses, tive o desprazer de deparar-me com uma pessoa extremamente arrogante e gostaria de compartilhar com o leitor noções sobre este tipo de indivíduo e como podemos (e devemos) tratá-lo.

Uma característica muito prevalecente no arrogante é a falta de humildade – ou seja, a pessoa se acha sempre superior aos outros. São indivíduos extremamente orgulhosos e altamente soberbos, bem como prepotentes – portanto, não ouvem ninguém, pois se julgam donos absolutos da verdade. O arrogante é muito individualista, sempre egocêntrico e frequentemente mal-educado. É só lembrar, mais uma vez, o teor de algumas das recentes entrevistas concedidas pelo então candidato norte-americano.

Podemos, na maior parte das vezes, identificar o arrogante pelo olhar e pelo tom de voz. É prepotente e se utiliza do poder para se sobressair ou para fazer valer a sua vontade. Mas este tipo sempre esconde, por trás da soberba, uma baixa autoestima. E o medo explica a forma rude como o arrogante trata as pessoas. Ou seja, está sempre atacando porque esta é a sua forma de defesa. Ataca por ter medo, simples assim! Não é à toa que a arrogância vem acompanhada da prepotência, pois o inseguro precisa muito se proteger. O arrogante passa a maior parte do tempo pensando em como proteger sua imagem – uma imagem que é falsa, claro.

Para os que desejam saber como lidar com pessoas arrogantes, alguns pontos são importantes, inclusive um treinamento – se necessário. Vejamos:

  • Converse olho no olho e não se sinta intimidado.
  • Permaneça firme em suas convicções.
  • Demonstre sua insatisfação. Você não tem que se sentir pressionado por alguém que claramente não é sensato. Portanto, não fuja.
  • Resista e não se deixe atacar quando tiver que se confrontar com pessoas assim.
  • Diga realmente o que sente. Seja honesto. Essa pessoa pode, inicialmente, nem ouvir os seus conselhos, pois essa atitude é típica do arrogante. Entretanto, o futuro certamente irá determinar qual é o lado sensato.

Engolir pessoas arrogantes pode não ser uma tarefa fácil. Entretanto, basta tratá-lo como não superior, ou seja, tratá-lo como uma pessoa comum (o que realmente é), como “pessoas normais”, e isso será suficiente para evitá-lo.

O arrogante está sempre buscando atrair a atenção para si, ou seja, sempre querendo um palco. A vida dessas pessoas é um verdadeiro circo ambulante. Sei que é difícil, mas tente ignorar os arrogantes, pois podem ser pessoas extremamente irritantes, que humilham os outros (em especial os mais fracos), tratando-os como incompetentes. Portanto, o meu conselho é se manter afastado de tipos como esses. Se não for possível, não deixe de manifestar suas posições com a firmeza necessária!

A crítica literária, filósofa e escritora francesa do período iluminista Madame Staël retratou bem a pessoa arrogante. Disse ela: “Os arrogantes são como os balões, basta uma picadela de dor ou de sátira para dar cabo deles”.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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QUAL SERIA O TETO DA VIDA?

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 Autoria do Dr. Telmo Diniz

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Qual seria o teto da vida ou o limite máximo da vida. Quanto tempo nós podemos viver? Poderemos chegar aos 150 anos? Vale a pena viver tanto tempo e a qual custo? Qual a importância e aplicação de estudos como este? A maioria das pesquisas atuais chega a um censo comum para o “teto da vida”, que estaria em torno de 115 anos.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos EUA, foram inspirados pelo caso de uma francesa que, por ocasião de seu falecimento em 1997, havia chegado aos 122 anos de idade, feito que até o momento não foi superado por mais ninguém e dificilmente o será, de acordo com estes pesquisadores. Esta pesquisa estudou dados de mortalidade de mais de 40 países e percebeu que os países mostraram um declínio contínuo nas taxas de mortalidade a partir de 1900. Entretanto, no grupo das pessoas com mais 100 anos, esse aumento do tempo de vida não acompanhou a tendência geral, ou seja, demonstrando que estamos aumentando o nosso tempo de vida médio, mas não está aumentando o tempo máximo de vida, de forma proporcional.

É importante o leitor entender que a gente envelhece porque nossas células também envelhecem, ou seja, a multiplicação das células e sua troca por células mais jovens vão gradualmente diminuindo, sendo que isto é determinado geneticamente. Os antibióticos, as melhoras nas condições sanitárias, as vacinas e o controle das doenças crônicas concorrem, em seu conjunto, para aumentar o tempo médio de vida, mas não em seu tempo máximo. Por exemplo, bebês nascidos nos Estados Unidos hoje podem tem uma estimativa média de vida de 80 anos, contra míseros 47 anos para os americanos que nasceram no inicio do século XX.

Apontar um teto para o tempo de vida dos seres humanos sugere que os avanços da medicina também terão um limite, sendo esse um dos pontos mais polêmicos do estudo. Para alguns especialistas, é impossível prever o impacto de futuras descobertas na área da saúde. Descobertas na área da genética poderiam mudar este cenário, elevando o tempo de vida das pessoas. Mas a que preço? Vale à pena? Com qualidade de vida, possivelmente sim. Entretanto, o que vemos hoje é que a expectativa de vida aumentou juntamente com condições de saúde crônicas, como os sequelados de AVC – por exemplo.

Não sei quanto a você, caro leitor, mas eu particularmente acho que somos finitos nesta terra e que para viver mais e por um tempo maior devemos manter regras básicas, adotando um estilo de vida saudável. Portanto, alguns pontos são importantes como: permaneça casado! Já falei por aqui que os solteiros têm uma expectativa menor de vida. Outros aliados para uma vida mais longeva são a prática regular de atividades físicas, ter uma alimentação equilibrada (como a alimentação dos povos do Mediterrâneo), ficar longe do tabagismo e um consumo moderado de bebidas alcoólicas. Enfim, não tenha a expectativa de viver 110 ou 120 anos, pois pode haver uma frustração lá adiante. Viva bem o hoje.

Ilustração: obra do pintor russo Leonid Afremov

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