Autoria de Lu Dias Carvalho
Os animais selvagens nunca matam por divertimento. O homem é a única criatura para quem a tortura e a morte dos seus semelhantes são divertidas por si. (James Froude)
Quem é capaz de fazer você acreditar em absurdos é capaz de fazer você cometer atrocidades. (Voltaire)
Os museus de tortura encontrados em várias partes do mundo mostram a violência que acometia o homem medieval. Segundo o escritor canadense Steven Pinker, o Museo della Tortura e di Criminologia Medievale, situado em San Gimignano, na Itália, é um dos mais chocantes, sendo necessário ter estômago forte para visitar suas saletas. Dentre os objetos de tortura ali encontrados estão o Berço de Judas, a Virgem de Nuremberg, a Pera, a Pata de Gato, o Garfo do Herege, dentre outros.
É impossível dizer que a tortura não mais existe em nossos dias, pois isso seria uma grande mentira. O diferencial entre a tortura de hoje e a da Idade Média encontra-se, sobretudo, na maneira como a primeira acontece. Enquanto a tortura nos nossos dias é desmentida, mas feita às escondidas, principalmente por governos ditatoriais para calar adversários políticos, ou para a extração de confissões de grupos extremistas, a medieval era escancarada, fazia parte das leis, era de conhecimento público. Não causava horror a ninguém, pois cultuava-se o barbarismo, numa verdadeira orgia de sadismo. E pior, essa tortura também era aplicada por quem deveria condená-la – a Igreja Cristã, que torturava as pessoas por blasfêmia, apostasia, adultério, práticas sexuais não aceitas, etc.
Os instrumentos de tortura, na Idade Média, eram feitos e aprimorados para, além da dor física, também causar humilhação à vítima, como a penetração em certos orifícios de seu corpo. Os torturadores não eram homens rústicos, como poderíamos imaginar, mas ao contrário, tinham conhecimento de anatomia e fisiologia, e, segundo o escritor humanista Steven Pinker, “usavam seu conhecimento para maximizar a agonia, evitar danos a nervos que pudessem amortecer a dor, e prolongar a consciência o mais possível antes da morte.”. Se a desafortunada vítima fosse uma mulher, a crueldade misturava-se ao sadismo erótico, sendo os seios e a genitália o foco principal da tortura.
Ao contrário dos dias de hoje, quando o uso da tortura causa horror, a medieval servia de entretenimento para o povo, que não via na prática nenhuma anormalidade. Ao contrário, quanto mais doloroso fosse o espetáculo, mais atraía multidões também sádicas, que sentiam prazer em ver a vítima gritar, procurar resistir e finalmente morrer. As pessoas ficavam horas e até dias, esperando a consumação final. Era como se fosse uma espécie de esporte coletivo, explica Pinker, pois havia uma forte interação com o público que “fazia cócegas, espancava, mutilava, apedrejava, sujava de lama ou fezes a vítima, às vezes matando-a por sufocamento.”.
Nota: imagem copiada de www.mundogump.com.br
Fonte de pesquisa
Os anjos bons da nossa natureza/ Steven Pinker/ Edit. Companhia das Letras
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Lu Dias
Hoje, a tortura é psicológica, vem através de assédios, mídias e afins. Que o diga nossa presidenta que já foi torturada fisicamente e agora moralmente. Sua fibra para aguentar tudo isso é característica que apenas as mulheres possuem, por isso uma salva de palmas para nossa governante.
Abração
Mário Mendonça
Mário
É por isso que temos que entrar firme nesta campanha. Não podemos permitir que calem a nossa voz. Essa gente tem medo da voz do povo. Ajude-me a compartilhar o link do texto.
Abraços,
Lu