Autoria de Celina Telma Hohmann
O homem das boas palavras, da observação atenta do que rodeia a alma e consegue, com doces toques, fazer-nos avaliar nosso estado anímico! Amo textos que provêm desse homem! Sou fã, e já adianto, nem acreditava que houvesse profissionais da área médica voltados às nossas carências, além do conforto físico, e, acrescente-se, um psiquiatra que vê além daquilo que carece somente de medicação.
Como sei o que é a falta de ânimo! E, vergonhosamente digo, passo por essa fase com relativa frequência. Não, não devia, afinal, o que me falta? Grosso modo, nada! Tenho bem mais que uma grande parcela dos que conheço e sei de uma parcela enorme que não conheço, mas estão aí, talvez ao meu lado, sem que eu os veja. Minha linha de conforto é não confrontar-me com esses desconhecidos e ficar com pena somente dos que estão ao alcance.
Sou um tanto paradoxal. Por vezes, arrependo-me do que deixei de fazer, noutras, pelo que fiz. Não deveria arrepender-me de nada! Não fiz o que não quis fazer e fiz o que quis, então, tive todas as chances. Fica então a pergunta: onde estou errando? Tenho a dádiva da vida, uma relativa inteligência (confesso que me julgo inteligente, sim!). Meus problemas são inerentes à condição humana, nada tão sofrível ou temeroso, são os obstáculos que contorno, às vezes, com algumas tropeçadas, mas ainda assim, tudo é contornável. Mas esse medo vem de onde? Do conformismo em não pular do penhasco, mesmo sabendo que lá embaixo há uma rede de proteção chamada Fé e Fé absoluta? Ou a síndrome do “coitadismo” me rodeia? Não pensei nisso até ler o texto.
Não tenho paciência para sentir pena de mim própria e nem me dou esse direito, mas o tal desânimo se instala e ruge, paralisa e faz-me viver por horas. Nas madrugadas, quando o silêncio se instala, resolvo meus problemas (na cama, claro, e sozinha, lógico, rs!), com os olhos fechados e a mente passeando por todas as coisas pendentes, que nessas horas, eu resolvo que resolverei pela manhã. Resolvo nada! A casa continua sem a reforma que fiz na meditação da madrugada e nas falsas promessas de que sairia à busca da forma de fazê-la. O exercício matinal – que também programei – fica à espera e os ossos, ah, esses reclamam, somando-se às reclamações caladas que acompanham a falta de ânimo! Por sorte, mantenho a benção de saber que amanhã pode ser tarde, mas…
Obrigada pelo belo texto! Um alerta para os meus conformismos que não levam à nada. Já comecei a sair dele: li o texto e expus meu comentário, sincero, sofrido#nemtanto, e estapeei minha incompetente vontade de extrapolar. Vou que vou. Prometo: volto!
Nota: imagem de Dr. Telmo Diniz
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Lu(zinha)!
Devo levar a sério a escrita. Nela, consigo ser autêntica e procuro, à minha maneira, dar umas “zoadas” na vida, mas, menina, ainda enfrento a fase do vou fazer (e não faço). Hoje foi um dos dias em que escrever poria para fora um montão de pensamentos que até poderiam ser aproveitáveis, mas… Prometo, um dia cansarão de tanto ler meus textos, rs.
Abraços!
Prezada Celina, obrigado pela gentileza do texto. Isto me estimula mais a continuar escrevendo a coluna.
Abraços cordiais,
TD
Dr. Telmo
Gosto, verdadeiramente, dos seus textos! Eles nos estimulam, fazem-nos perceber onde pode estar o erro, e melhor, sua delicadeza ao escrever prende a atenção, e fico feliz quando vejo que passou por aqui. Sempre nos presenteie com sua admirável e autêntica capacidade em transmitir o que tão bem conhece!
Celina
Muito bom este texto, continue nos brindando com muitos mais, que adorarei lê-los.
Abraços,
Moacyr
Praxedes, amigo, bem que eu poderia deixar meu lado vago de lado e diariamente escrever, mas, confesso, as ideias vêm, os dedinhos ficam malucos e nessa mistura, lá vem o tal bloqueio! Doidices? Acho que é o que melhor define!
Abraços!
Miss Celi
O Dr. Telmo é realmente um ser humano muito generoso, tanto nas palavras quanto nos gestos. Quando lhe solicitei postar seus textos no blog, ele anuiu com o maior despreendimento. E pessoas assim só podem ser dadivosas. Não é à toa que aqui conquistou tantos fãs.
Quanto a você, minha amiga, é uma escritora de mancheia. Não desperdice seu talento.
Beijos,
Lu